A semelhança entre o modo de alimentação pet e humana é muito grande — porque a gente é manipulado pelo mesmo tipo de indústria.”
Você já parou para pensar que, se parte da informação vigente sobre alimentação humana está errada… então a informação sobre alimentação de pets também pode estar?
Hoje, trazemos a Denise Magalhães — que é veterinária e também seguidora de uma dieta low-carb — para falar sobre alimentação de seres humanos, seus animais domésticos.
E as incríveis semelhanças (inclusive os mesmos erros) que encontramos em ambos estes aspectos.
Mesmo se você não tiver animais de estimação, vale a pena escutar a entrevista toda, e saber tudo sobre:
- o que a Denise aprendeu sobre alimentação de pets na faculdade (e por que isso está errado),
- problemas de saúde comuns em cachorros e gatos causados pela alimentação errada ,
- ingredientes problemáticos encontrados em rações (fuja deles a qualquer custo),
- como pode a ração fazer tão mal? Uma explicação realista,
- a alimentação ideal — para humanos e pets,
- sobre a alimentação de humanos: quais as dúvidas mais comuns dos iniciantes,
- os piores mitos alimentares que insistem em não morrer,
- o desafio que a Denise faz aos críticos e haters (os ateus da low-carb),
- como lidar com 500.000 pessoas dando opiniões (nem sempre educadas),
- os hábitos saudáveis da Denise — muito além da alimentação,
- como a Denise alimenta seus próprios pets,
- a mensagem final da Denise para você,
e muito, muito mais.
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Abaixo você encontra nosso agradecimento aos apoiadores que possibilitam este projeto ser um sucesso.
E também a transcrição completa do episódio.
Para ser avisado de novos episódios, lembre-se de nos seguir no email e no canal do Telegram.
Tem episódios novos todas as segundas e sextas-feiras.
Conteúdo do post:
Obrigado Aos Apoiadores Do Podcast
Bem-vindo a mais um podcast do Senhor Tanquinho.
Somos Guilherme e Roney, e aqui a nossa missão é deixar você no controle do seu corpo.
Antes de irmos ao episódio em si, queremos agradecer aos apoiadores que tornam este projeto possível.
Apoiador #1 — Loja Online Tudo Low-Carb
Este podcast é um oferecimento da loja online Tudo Low-Carb.
E o que é a loja online Tudo Low-Carb? Bom, a tudo Low-Carb é uma loja que vende — como o próprio nome já diz — somente produtos que se encaixam numa dieta low-carb e cetogênica.
Lá você vai comprar de tudo, desde farinhas low-carb (farinha de amêndoa, farinha de amendoim, farinha de coco, farinha de linhaça), adoçantes (xilitol, eritritol, estévia), dentre muitos outros temperos e produtos naturais, feitos com comida de verdade.
O mais legal é que a gente conhece a dona da loja, Eliana, a gente já até a entrevistou aqui no podcast, e a Eliana nos garantiu que ela tá sempre procurando na Internet para garantir que a Tudo Low-Carb tenha os melhores preços dos adoçantes xilitol, eritritol e da farinha de amêndoa, que segundo a gente, são os ingredientes mais importantes se você quer fazer receitas low-carb.
Então, se esse é seu caso, se você quer comprar xilitol, eritritol e farinha de amêndoas com o melhor preço da Internet, é só você acessar a Tudo Low-Carb — porque lá é garantido que você vai encontrar.
E você pode aproveitar para comprar diversos outros produtos low-carb com qualidade.
Apoiador #2 — Medidor de cetonas Uaiketo
Esse podcast também é um oferecimento do Uaiketo — e o que é o Uaiketo?
O Uaiketo é um aparelhinho que serve para medir o seu nível de cetose através do hálito.
A gente achou muito interessante esse aparelho porque você pode saber o seu nível de cetose sem ter que furar o seu dedo ou fazer um exame de sangue para isso.
É um aparelho realmente revolucionário no mercado — e o mais legal é que o Uaiketo é uma tecnologia 100% brasileira.
O Iago, criador deste aparelho, entrou em contato com a gente, e a gente achou super legal divulgar essa iniciativa — é por isso que hoje o Uaiketo é um dos patrocinadores aqui do podcast.
A gente recomenda que você conheça esse aparelho, se a sua intenção é saber o seu nível de corpos cetônicos. É só acessar uaiketo.com.br.
Apoiador #3 — Nossos alunos do Guia Dieta Cetogênica
Este podcast só existe graças aos alunos do nosso programa VIP Guia Dieta Cetogênica.
O Guia Dieta Cetogênica é um curso em vídeo com todas as informações, passo a passo, para você seguir uma dieta cetogênica de sucesso.
E como bônus para você que escuta os nossos podcasts, a gente colocou dentro do programa, na área de membros especiais, todos os nossos livros e manuais digitais já publicados até hoje.
Então, são centenas de receitas. Tem também o nosso livro de apoio, com 120 dúvidas sobre alimentação saudável respondidas, com prefácio do Dr. José Neto, um livro super elogiado por profissionais como Dr. Souto, Dr. Rodrigo Bomeny, Danilo Balu e por vários e vários convidados que já passaram pelo nosso podcast.
E ainda tem tabelas, infográficos, textos explicativos, resumos em pdf, um grupo secreto no Facebook e muito, muito mais.
Então, convido você a conhecer o nosso programa Guia Dieta Cetogênica.
Transcrição Completa Do Episódio Com A Denise Magalhães
Guilherme: Olá, Tanquinho. Olá, Tanquinha, sejam muito bem-vindos e bem-vindas a mais um episódio do nosso podcast.
E a nossa convidada especial de hoje é a Denise Magalhães. Denise, se apresenta para quem não conhece você.
Denise: Então, gente, eu sou Denise Magalhães, sou bióloga, sou veterinária e administradora da página low-carb Brasil.
É um prazer estar aqui com vocês, é uma grande honra, e agradeço aos tanquinhos por terem me convidado.
Roney: Ah, o prazer é nosso de ter você aqui conosco, Denise.
Como a Denise mesmo falou, a gente conheceu ela primeiramente lá pelo Instagram, pela página low-carb Br. A gente recomenda seguir.
E justamente por a gente gostar muito dos posts da Denise, a gente resolveu convidar ela aqui para essa entrevista.
Como a Denise também falou, ela é veterinária.
Então a gente vai começar falando um pouquinho, justamente dessa parte sobre a alimentação de pets, e depois a gente vai ir para a parte mais de alimentação de pessoas.
A Verdade Sobre A Alimentação De Pets: As Faculdades Estão Erradas?
Então, Denise, você pode começar comentando um pouquinho de como é a alimentação, atualmente, de pets, a alimentação que você aprende na faculdade, que é recomendada pela maioria dos profissionais, e se essa seria ou não uma alimentação ideal para os nossos animaizinhos?
Denise: Então, a indústria alimentícia, ela faz um marketing pesado nas escolas de veterinária no mundo inteiro.
Então, nós, os veterinários, nós também somos vítimas do marketing da indústria, e os pets, coitadinhos né, vão comer de acordo com o que a gente aprende, infelizmente.
Mas, a gente sabe que dieta pronta, as rações comerciais estão longe de ser o ideal para os pets.
Porque elas têm ingredientes totalmente indesejáveis.
O que é o ideal para um animal comer?
É o que ele veio comendo durante a sua evolução na natureza, a mesma coisa acontece com a gente.
Nós deveríamos comer o que a nossa espécie determinou na natureza, o que o nosso DNA manda.
Eu costumo brincar que por maior que seja a crise na savana, o leão jamais comerá capim.
Porque o DNA do leão manda ele comer carne e pronto, a fisiologia dele combina com a carne.
Então não adianta a gente forçar uma alimentação diferente daquela com a qual a espécie evoluiu na natureza.
E com os pets é a mesma coisa, só que eles não têm escolha.
Se eles pudessem preparar o próprio alimento, com certeza eles não comeriam ração seca, colorida, cheia de milhões de ingredientes aí que a gente sabe que são inúteis, e inclusive alguns até tóxicos, que depois a gente pode falar aqui um pouquinho.
Então, o que acontece é isso, nós estudamos medicina veterinária, as indústrias de ração, indústrias pets, que são bilionárias, elas fazem um marketing pesado nos congressos, elas financiam tudo quanto é coisa que vocês possam imaginar, e aí a gente forma com aquela ideia que ração é a melhor comida que um cachorro ou que um gato podem comer.
Na verdade, quando você vai estudar mais um pouquinho, você vê que é muito pelo contrário.
Desde o advento de rações comerciais que foram ficando mais baratas, mas acessíveis para todo mundo, os cães e gatos começaram a ter problemas de saúde que não eram comuns.”
É o que eu costumo sempre comparar com a gente.
Por exemplo, diabetes tipo 2 é uma doença que a trezentos anos atrás era rara, e hoje, por exemplo, na veterinária você vê animais tendo doenças autoimunes, tendo alergias alimentares graves, que estão ficando cada vez mais comuns justamente por isso, por causa dos ingredientes inadequados das rações comerciais.
Então, é isso aí, a gente aprende, e prega isso… até acordar e falar “opa, espera aí que tem alguma coisa errada”.
Problemas De Saúde Causados Pela Alimentação Errada De Cachorros E Gatos
Guilherme: Com certeza, Denise, e tem muitas similaridades nisso de abandonar a evolução e de ter uma influência da indústria na formação acadêmica para a questão da alimentação dos pets e das pessoas, dos donos dos pets.
Acho que é importante a gente notar que esses bichinhos, se tiverem a ocasião de se alimentar com os alimentos que evoluíram comendo, eles não vão se tornar obesos e diabéticos como estão se tornando.
Existe essa mesma alimentação que engorda os humanos e os pets.
E que tipos de outros problemas podem vir desse tipo de alimentação além da questão que você mencionou de diabetes e de sobrepeso?
Denise: Então, hoje a gente vê com muita frequência artrites, algumas doenças autoimunes, que quando você troca alimentação, o animal começa a melhorar.
Às vezes é um animal que vem aí com uma inflamação crônica e ele toma corticoide, e ele é submetido a tratamento medicamentoso durante anos, e de repente você troca, você tira a ração e o simples fato de mandar o proprietário dar carne moída, fígado e uma farinha de osso ali, ele já melhora totalmente.
Então, a gente vê que realmente, as doenças alimentares, de fundo alimentar, elas são em número muito grande, mas os próprios veterinários brigam por isso, eles negam.
Eu mesma já neguei durante anos, eu era defensora ferrenha da ração, inclusive na minha família, a minha avó adorava dar resto de pedaço de frango para o cachorro, no sítio, e eu brigava, falava “gente, isso tá errado, não é possível, a ração foi desenvolvida por pessoas que estudam”…
E aí eu vinha com aquele discurso todo da indústria na minha cabeça, que eles fazem uma lavagem cerebral na gente mesmo.
Inclusive, se você conversar com vários veterinários, eles vão apontar para você uma série de pontos negativos de se dar comida de verdade para o cão, eles vão falar que o cão vai ter carência de cálcio, que vai ter risco de contaminação, risco de parasita, um monte de coisa que vem aí a indústria falando na nossa cabeça.
Isso é absurdo.
Quanto às doenças mais comuns — fora a obesidade, que é comum você ver animais de estimação obesos, os que são alimentados dessa forma — temos a artrite, como eu falei, o diabetes, principalmente em gatos, doenças do trato urinário em gatos, doenças renais…
Porque o gato, o felino, ele é um animal que, na natureza, a alimentação dele é muito úmida.
Então, quando você dá uma ração seca, o gato muitas vezes é muito exigente quanto à ingestão de água.
Se a água não tiver limpinha, ele não bebe. às vezes alguns gatos até só bebem água quando ela tá corrente, então muitas vezes o gato come aquela ração seca, e ele fica sem beber água, por exigência dele, da espécie mesmo, e a gente tem problemas de trato urinário muito comuns em felinos hoje por isso, entende?
Quando a gente começa a dar alimentação natural, muitas vezes o gato passa ali o resto da vida sem ter mais nada, então a gente tem que começar a pensar que o que a gente tá fazendo tem alguma coisa errada.
E sendo que hoje em dia, algumas doenças que na época que eu formei — eu tenho 27 anos de formada — não eram tão comuns, apesar de já terem rações comerciais na época, mas o número de pessoas que dava comida ainda era muito grande.
Hoje em dia é cada vez menor, né.
Ingredientes Problemáticos Nas Rações Comerciais
Roney: Com certeza, Denise.
E uma coisa que você citou, que eu gostaria que você falasse um pouquinho mais, é a respeito de quais são esses ingredientes problemáticos presentes nas rações comerciais, os problemas que eles causam, e quando que foi para você o ponto de virada, o ponto que como você falou, você acordou e percebeu que não era melhor para os animais dar uma coisa industrializada, mas sim alimentá-los como eles evoluíram comendo.
Denise: Então, a gente vê rações famosas, tem rações caríssimas, você compra aí um saco de ração por duzentos e tantos reais, e tem ingredientes que o animal jamais comeria na natureza, eu posso citar alguns.
Tem algumas rações bem populares que o primeiro ingrediente, por exemplo, é farinha de milho, glúten de milho que é totalmente desnecessário na dieta do animal, além de ser um componente alergênico.
Muitos animais sofrem de alergia alimentar, e quando você tira esse tipo de comida ele melhora, assim, em três ou quatro dias.
Arroz, tá em todas as rações, nas caras e nas baratas, soja, na grande maioria delas.
Ou seja: são ingredientes que eles jamais comeriam se eles estivessem por aí caçando.
Um ingrediente que eu queria chamar a atenção é o BHA, e ele não está em todas as rações, mas nas mais baratas sim, ele é um antioxidante, que é adicionado nas rações para conservar, e ele é altamente tóxico, então ele não deveria ser usado jamais em alimento de ninguém, nem de gente nem de bicho.
Então, a gente tem que prestar atenção nessas coisas.
Tem muita gente que fica muito assustado quando a gente fala “por que você não oferece comida para o seu cachorro?”
Mas comida, quando a gente fala em comida, não é resto do prato da pessoa, que tem gente que acha que é só raspar o restinho da panela ali, a rapinha do arroz com feijão e dar para o bicho. E não é isso.
Gato, por exemplo, é estritamente carnívoro.
Se você der uma saladinha pro seu gato, primeiro que ele não vai aceitar, segundo, se ele comer, ele vai ter carência nutricional severa.
Então, você precisa fazer uma alimentação com orientação do veterinário, do veterinário que aceita esse tipo de conduta, mas não é só sair dando de qualquer jeito, mesmo porque quando a gente opta por uma alimentação natural crua, que na minha opinião é a melhor, que é a alimentação que o animal comeria na natureza, essa alimentação ela tem certos cuidados que a gente tem que tomar.
Por exemplo, se você der um osso grande para um cachorro pequeno, ele vai quebrar o dente.
Ele pode engasgar, ou o osso ser muito grande, então a gente tem que tomar determinados cuidados, tem que calcular direitinho.
As vísceras são importantes também, não é só dar carne moída e achar que tá tudo bem, então todos esses cuidado têm que ser tomados, mas ainda assim, apesar de dar um pouquinho de trabalho, a resposta em termos de saúde é infinitamente melhor do que quando a gente abre o pacotinho, né.
Mas Como Pode A Ração Fazer Tão Mal?
Guilherme: Com certeza, Denise, e é engraçado porque as pessoas, muitas vezes, têm justamente essa resistência que você havia mencionado.
Como que um produto que é feito por profissionais, por uma indústria que passa por certificações, como que isso aí pode fazer tão mal para os bichinhos?
Como é que o pessoal acabou criando esse tipo de coisa que faz mal para os bichos, né?
Existe um grande complô por trás, é uma desinformação, o que está por trás?
Porque justamente, por mais que a gente escute, os donos de pets querem o melhor para seus pets e eles querem o melhor e escutam seus argumentos, e podem até ficar comovidos pensando “eu vou largar a ração”.
Mas muitas vezes eles não veem essa resposta, de maneira tão clara, de por que isso acontece. Por que é tão ruim assim para os bichinhos. Qual seria a resposta para essa objeção?
Denise: Então, se a gente for pensar aqui, um cão na natureza, ele evoluiu durante cento e trinta mil anos comendo caça, e de repente ele é obrigado a comer soja desidratada, qual que é o problema?
É lógico que vai ter problema, aquilo ali não é o alimento que combina com a fisiologia dele, ele foi feito para digerir determinados tipos de alimentos.
Eu tô falando do cão, mas quando eu falo do cão, eu falo pets de uma forma geral, todos os animais, inclusive aves.
Mas eu falo o cão que são os mais comuns, e gatos também.
Mas, o que que levou as pessoas a acreditarem que isso é melhor para o animal?
O marketing violento da indústria.
Então você pega aquele pacote maravilhoso que tem aquela foto com o prato cheio de carne e legumes, que a gente em casa não consegue fazer tão lindo, então isso tudo são estratégias para fazer vender, então o que eles querem é vender.
Então eles colocam lá uma palavra difícil no rótulo da ração, falando que tem um ingrediente super premium, que o seu cão vai ter o pelo brilhante, os dentes maravilhosos e não vai adoecer, vai viver não sei quantos anos.
Isso aí, a pessoa que é leiga, ela cai nessa, então ela vê aquilo ali, vê aquela ração bonita…
E eles colocam no produto geralmente um aroma muito chamativo, e o animal acostuma com aquilo.
Então, quando ele vê o pacote ele já começa, balançar o rabinho.
Só que na verdade, se ele tem a opção, com certeza, de um prato daquela ração e um prato da comida dele, de verdade, com certeza ele vai optar, na maioria das vezes.
Tem muita gente que fala, “ah, mas eu tentei dar comida natural e o meu cachorro não quis, ou o meu gato recusou”.
Isso pode acontecer sim pelo hábito, ele tá tão habituado àquele cheiro, àquela textura que ele demora acostumar com o que é muito diferente, né.
Um pedaço de fígado, por exemplo, é totalmente diferente na crocância, no cheiro, no aspecto, então ele vai demorar um pouco, ele vai achar estranho.
Apesar de a natureza dele mandar comer o natural, ele pode demorar sim um pouquinho. E aí a gente faz a transição.
Mas como eu já disse, as pessoas precisam procurar um profissional para fazer a transição de uma forma adequada.
Não é num belo dia você simplesmente pegar um bife de fígado e jogar na vasilhinha do seu cachorro e deixar lá, não é isso.
A gente tem que fazer a transição mesmo porque tem alteração nas fezes, tem um monte de questões aí que precisam ser cuidadas.
Mas, respondendo à sua pergunta, o básico é esse: é o marketing que faz as pessoas acreditarem — como a gente também, né.
Tem muita gente que acredita que biscoito tipo fit é mais saudável do que um bife né.
Então, se fazem a gente acreditar isso com o nosso alimento, que dirá o dos bichinhos, né.
A Alimentação Ideal — Para Humanos E Pets
Roney: É verdade, Denise. E, falando da alimentação para humanos, fazendo paralelo entre a de animais e de humanos, acontece mais ou menos a mesma coisa.
A indústria teve uma influência, ainda tem uma influência muito grande no que a gente come; a propaganda é feita para a gente comer lanchinhos a cada duas ou três horas, e os lanchinhos geralmente são, como você falou, biscoito fit, barrinha fit, shake fit…
E isso foi deturpando o que é a alimentação de verdade para os seres humanos, assim como deturpou também a alimentação de verdade para os animais.
E, qual são, assim, os paralelos que você vê entre a alimentação que seria ideal para humanos e pets, e a alimentação que é passada por veterinários para pets e nutricionistas, para humanos?
Denise: Então, existe uma semelhança imensa né, porque os profissionais são formados de acordo com o que a indústria quer.
Então, como veterinários, eles fazem a gente acreditar que aquilo é o melhor.
E a gente não pensa muito: você simplesmente passa pra frente sem muito raciocínio, sem muito estudo.
Aliás, eu queria falar uma coisa muito importante.
As indústrias alimentícias pets jamais fizeram um estudo comparando os benefícios de comida de verdade versus comida comercial.
Porque, se elas fizerem, elas vão gastar um dinheiro (que elas não estão a fim de gastar) para provar que o delas é pior — então é claro que elas não vão fazer esse estudo.
E aí os veterinários falam que não tem estudo nenhum mostrando que a comida de verdade é melhor: óbvio que não tem, porque a indústria não vai financiar isso.
E eu acredito que com humanos seja a mesma coisa.
Porque a indústria alimentícia humana, vocês sabem, ela é poderosíssima.
Inclusive ela está de mãos dadas com a indústria farmacêutica, então as duas juntas jamais vão deixar a ideia da comida de verdade sobressair.
Tanto é que muitos nutricionistas são contra essa alimentação mais natural, com comida de verdade, com baixo índice de amido e açúcar, de baixo carboidrato, que é o mais saudável — a gente sabe que é — por quê?
Porque na faculdade eles são ensinados isso.
Que a pessoa precisa de uma pirâmide alimentar com cinquenta e tantos por cento de carboidrato todos os dias na dieta; comer sete, oito vezes ao dia…
E eles são tão condicionados a falar isso que perdem um pouco a linha de raciocínio.
Quando eles se formam, é isso que eles ensinam, e a gente fica ali na mão deles.
Eu acho que a semelhança entre o modo de alimentação pet e humana é muito grande, porque a gente é manipulado pelo mesmo tipo de indústria.
O pessoal põe o dinheiro na frente de tudo mesmo e pronto, não tá ligando muito para o que acontece, ou para o que a natureza manda.
Então, aquela pessoa que vem nessa alimentação muito artificial, comendo coisas industrializadas o tempo todo, ela fatalmente vai adoecer um dia e a indústria farmacêutica entra, então, essa é a parceria aí que a gente conhece há muito tempo.
As Dúvidas Mais Comuns De Quem Inicia Uma Alimentação Saudável
Guilherme: Com certeza, Denise, com certeza tem aí forças muito grandes que, como você mencionou, acabam enganando as pessoas mesmo, e desinformando.
É por isso que as pessoas pensam que o biscoito fit integral é algo mais saudável que um bife, como você falou.
Porque elas foram marteladas com essas informações por todo esse tempo.
E, eu imagino que você tem a oportunidade de interagir com muitas e muitas pessoas — aliás, o seu perfil, além de ser um monte de informações de ótima qualidade, é bastante grande.
Você identifica um padrão de dúvidas comuns, ou de medos e receios comuns iniciantes, entre quem começa seguir você e que depois acaba desfazendo essas dúvidas?
Denise: Então, sobre o perfil… Ele é uma coisa que tomou um tamanho que eu jamais esperava. E, com isso, vem muita gente perguntar.
As pessoas gostam da gente, e querem tirar dúvidas, querem saber mais sobre aquilo que a gente tá falando; low-carb, o que é low-carb?
Eu quero aprender, me ensina como é que faz. e tal.
O pessoal realmente pergunta muito, porque eu acho que muitos são muito perdidos.
Eu mesma, antes de iniciar esse perfil, conheci a low-carb através de uma amiga que falou que a tia fez uma tal dieta chamada cetogênica.
E, como eu era professora de biologia, eu fui no Google procurar o que era a dieta cetogênica, e eu comecei a ler, comecei a… achei o doutor Souto, lógico, e devorei o blog do Dr. Souto.
Li tudo o que tinha escrito lá e aí eu falei, gente, mas isso é muito bom, eu preciso colocar, divulgar isso de alguma forma.
Então, com isso o perfil foi crescendo e as pessoas perguntam sim, as principais dúvidas são quanto a comer de três em três horas, quanto à ingestão de carne, muita gente tem muito medo de carne porque tem muita propaganda contra carne.
Às vezes até de profissionais de saúde, que falam que carne causa câncer, que carne afeta os rins, sobrecarrega o fígado, e não sei o que lá mais.
Então as pessoas têm muito medo de começar a comer uma comida limpa e adoecerem.
E isso é engraçado, porque mal sabem elas que é ao contrário né: se elas se livrarem desses industrializados todos, a saúde só pode melhorar.
Não tem como uma comida limpa, que vem da natureza, que a sua espécie evoluiu comendo, sobrecarregar os seus órgãos, como muita gente fala por aí.
Então, as principais dúvidas são essas, assim, se carne adoece, se excesso de gordura vai me dar infarto, se eu comer a pele do frango, se eu vou ter colesterol alto.
Então esses conceitos que estão muito presos na cabeça da gente, as pessoas realmente têm esse medo de mudar por isso.
Por isso que a gente está lá, para informar todo dia, de graça, para todo mundo que esses mitos aí não têm o menor sentido.
Os Mitos Mais Comuns, Que Insistem Em Não Morrer
Roney: Sem dúvidas, Denise.
E, falando nesses mitos, nas dúvidas das pessoas, quais são os maiores mitos que você vê as pessoas ainda insistindo?
Por exemplo, imagino que quando você posta algo que é contra o que as pessoas acreditam, deva ter uma enxurrada de críticas.
Quais são os que você vê as pessoas ainda defendendo com maior veemência?
Denise: Bom, tem muita gente que defende comer a cada três horas, jejum intermitente é um palavrão: como assim que eu vou ficar sem comer, eu vou desmaiar.
As pessoas têm esse medo, né.
Quando a gente fala em grãos integrais, porque grão integral é Deus, é como se fosse, assim, a receita da saúde eterna é o grão integral, então todo mundo acredita tanto nisso que quando você fala que existem grãos inflamatórios, que a dieta sem grãos é melhor do que aquela cheia de grãos, as pessoas ficam receosas de acreditar, muitos até atacam mesmo.
“Ah, mas eu emagreci vinte quilos comendo grãos”. Ok, mas às vezes o emagrecer não é tudo, você tem que ver o efeito daquilo a longo prazo no corpo.
Então, quando eu falo, quando eu posto lá que grão não entra na low-carb, ou que você pode comer bacon, você pode fritar o seu ovo na manteiga, o pessoal fica meio assustado às vezes.
Mas hoje já tem um número maior de pessoas que já experimentaram e já viram a mudança, inclusive em problemas crônicos.
Tem muita gente que, por exemplo, que tinha o ácido úrico alto, e atribuía isso a comer carne.
A pessoa passou anos ali sem carne, se privando de proteínas de origem animal, o ácido úrico nunca melhorou, ele baixou um pouquinho com remédio e foi isso.
E quando a pessoa começa a fazer uma alimentação low-carb ou cetogênica, ou paleo, com comida de verdade, ela percebe a melhora, aí ela observa que o que ela estava fazendo, não estava dando certo.
Então, tem muita gente que experimenta essa alimentação mais limpa, e depois vem contar pra gente.
Às vezes a pessoa experimenta por conta própria mesmo.
Tem os que atacam muito, tem uns que atacam sem experimentar, porque não aceitam de jeito nenhum, porque acreditam mesmo que carne causa câncer, que ovo aumenta o colesterol, dá infarto, essas coisas todas e não querem nem saber de experimentar.
E, também, paralelo à isso tem o vício em carboidrato, vocês sabem que os carboidratos refinados viciam a gente loucamente, e não é fácil de sair.
Eu sou um exemplo vivo, que eu sofri quando eu tive que abrir mão dos carboidratos refinados, e eu era totalmente viciada em açúcar, em pão, em pizza, em massa, em tudo quanto é tipo de coisa aí que vocês podem imaginar.
E foi muito difícil para mim.
Mas eu li, eu resolvi ler mesmo sobre o assunto, e me convenci de que eu precisava ter essa chance, foi a melhor coisa que eu fiz.
Então, eu acho que as pessoas precisam se dar essa chance, experimentar.
Ah, o cara é totalmente contra, ele acha que é um absurdo, que vai fazer mal.
Experimenta, quinze dias, vamos ver o que que acontece, ele mesmo vai falar.
Desafio Você A Experimentar
Guilherme: Perfeito, Denise, eu acho que você trouxe a atenção de vários pontos úteis, e dois particularmente me chamaram mais a atenção.
O primeiro, é o fato de que muita gente ainda pensa em comer de três em três horas, muita gente ainda têm medo de alimentos saudáveis.
E eu acredito que por a gente estar num meio que repercute um pouco, a gente fica pesquisando sobre jejum o tempo todo, falando sobre cetogênica, e tem perguntas às vezes de leitores, ou de alunos, ou de cliente nossos que são mais aprofundadas… A gente às vezes tem a falsa impressão de que todo mundo já sabe dessas coisas, e tem só dúvidas pontuais sobre sei lá, sobre a quinoa, uma coisa assim.
Mas não: na verdade, a maior parte das pessoas ainda tem esse paradigma de comer de três em três horas.
Então, às vezes a gente, justamente para acompanhar perfis super bons como o seu, como o deu vários médicos, inclusive de várias pessoas que vieram aqui no nosso podcast, vários pesquisadores, a gente acaba às vezes só repercutindo as mesmas informações desse conhecimento, e faz parecer que ele está muito disseminado.
Mas na verdade ele não tá, para a maioria das pessoas, isso ainda é um mundo novo.
E o segundo ponto que eu gostei muito da sua fala, foi o fator de você incentivar as pessoas a experimentar.
Porque não adianta, a gente pode ficar discutindo aqui até o sol se pôr sobre os carboidratos, a aveia, o impacto glicêmico, comer a cada três horas, jejum, autofagia, pode entrar no detalhe do detalhe, mas enquanto a pessoa não viver e não experimentar na prática os benefícios, se sentir melhor, ver o peso indo embora, os exames melhorando, ganhando elogio do médico e das pessoas ao redor dela…
Ela não vai saber realmente como é a low-carb.
Ela vai ficar muito na teoria, vai só ler a respeito. E só ficar na teoria sem nenhuma prática não vai trazer resultado nenhum. Não vai fazer bem nenhum a ela.
Então eu gostei muito desse ponto que você trouxe.
Denise: É isso. Às vezes a pessoa vem brigando e discutindo.
Eu até costumo falar “eu te desafio a fazer durante uma semana, vamos ver o que acontece”.
A gente tem uma lista de compras lá nos destaques, copia essa lista, vai no supermercado e não saia dela durante uns dias.
A pessoa às vezes volta e fala, nossa, que legal, a minha fome diminuiu.
É isso aí, enquanto a gente não experimenta, a gente não vê realmente o que acontece, não adianta você ficar lendo.
E é até interessante, porque tem gente que chega e fala, “nossa, eu sigo o seu perfil já tem mais de um ano, e eu queria tanto começar”.
Eu penso, gente, por que que não começou ano passado, né.
Mas é lógico, a pessoa tem medo, a gente entende.
Porque tudo, as informações que aparecem na mídia o tempo todo, ficam muito dentro da cabeça da gente, então realmente esse medo existe, existiu em mim e existem em todo mundo.
Até você dar o primeiro passo não é muito fácil, principalmente se a pessoa tem uma questão metabólica, de resistência à insulina, por exemplo, que tem aquela vontade louca de comer carboidrato o tempo todo, por uma questão metabólica mesmo, então você entende que as pessoas têm as dificuldades, mas aí a gente dá a mãozinha e puxa e ela vem, né. É isso aí.
Como Lidar Com Quase 500.000 Potenciais Críticos
Roney: Com certeza, Denise, a gente está aqui para disseminar informação e tentar “converter”, abrir os olhos da maioria das pessoas que a gente conseguir.
A gente vai conseguir de algumas, de outras vai ser mais difícil, mas a gente faz a nossa parte.
E uma coisa que eu queria te perguntar, é justamente a respeito dessa questão de lidar com o público.
O seu Instagram agora está com quase 500 mil pessoas de seguidores, é um perfil bem grande, e eu não sei exatamente quando você começou com ele (você pode falar na sua resposta).
Mas eu queria saber se ao longo desse seu tempo com esse Instagram, você foi mudando o jeito que você lidava com o público, se você teve que aprender a ter mais paciência, aprender a ter esse traquejo mesmo com as pessoas…
Porque, bom, a gente tem um perfil também no Instagram, que não é tão grande quanto o seu, mas que também tem bastante gente, a gente tá com 150 mil seguidores, mais ou menos agora, e a gente sabe que é complicado.
Tem muita gente que agradece, que elogia…
Mas, por outra lado, também tem muita gente que já chega com um monte de pedras na mão, não quer aprender, só quer falar mal, só quer agredir.
E imagino que no seu perfil, tanto por ser maior, quanto por mais gente chegar nele, assim, mais gente que conhece menos sobre low-carb e jejum chegar nele, deve ser ainda pior essa questão de lidar com o público. Eu queria saber da sua experiência, com relação à isso.
Denise: Então, tem muita agressão mesmo. Mas a gente, com o tempo, aprende a lidar.
Eu, em 2017, foi quando eu emagreci e eu resolvi começar a fazer Instagram com prato, assim, coisa boba, e eu lembro que eu tinha até curiosidade de voltar no meu primeiro post (eu só não volto porque eu tenho preguiça de rolar a tela até lá), mas foi um post simplesinho, assim, eu acho que um prato escrito coma comida de verdade, algo assim nesse sentido.
E o Instagram foi crescendo sem a minha intenção, cresceu e eu fui lidando.
Mas essa questão de agressividade das pessoas tem sim, e até algumas pessoas chamam a gente no direct para ofender mesmo, pessoalmente, e agora eu simplesmente bloqueio, eu não fico gastando o meu tempo com isso.
Já teve época que eu sofria, não sabia o que eu fazia, eu chorava por causa dessas pessoas, mas aí eu aprendi que não adianta.
Muitas vezes a pessoa ali tem aquela vontade de agredir mesmo, de bater boca e ficar ali azucrinando a vida da gente, e hoje eu simplesmente bloqueio e sigo a vida.
É claro que muitos agridem por não saber, e quando eu percebo que a pessoa precisa de informação, eu mando um link bom, uma entrevista boa, ou então um artigo legal para a pessoa ler, mesmo que eu pense assim “ah, ela não vai ler”.
Mas sei lá, pelo menos a gente planta a semente e vê o que acontece, tomara que cresça.
Então hoje, quando eu realmente vejo que a pessoa está precisando de um pouquinho mais de informação, essa é a estratégia que eu uso.
Porque não vai gastar meu tempo, não vai me estressar, eu simplesmente ofereço material para a pessoa se ela quiser ler mais um pouquinho, ouvir uma boa entrevista.
Os seus podcasts eu sempre indico, adoro todos, é uma gracinha, e aquele da Dra. Janaína, que ela fala de câncer e dieta cetogênica, é pra um dos melhores, foi excelente aquele podcast.
Então eu sempre estou copiando link de vocês e de outros canais aí que eu vejo que têm informações muito importantes e divulgo dessa forma, para quem não está muito a fim de ser bonzinho comigo.
Os Hábitos Saudáveis Da Denise
Guilherme: Ah, perfeito, Denise, muito obrigado também por divulgar a gente, a gente também sempre indica o seu perfil.
Porque, realmente, num mundo com tanta desinformação, como a gente falou, os poucos e bons que a gente conhece, a gente tem que passar adiante mesmo, então é por isso que a gente convidou você aqui para o nosso podcast.
É por isso que trazemos profissionais também aqui dar este espaço, dar um pouquinho da nossa audiência, e apresentar esses profissionais e perfis que tanto agregam.
E, Denise, a gente falou um tanto sobre alimentação também, mas a gente sabe que uma vida saudável não é só isso.
Então a gente queria perguntar quais são alguns outros hábitos saudáveis que você tem, que você acredita que são importantes para a gente poder manter a nossa saúde em dia, além da alimentação low-carb, com comida de verdade?
Denise: Olha, tem algumas coisas que eu não abro mão, como fazer um pouco de exercício.
Não é morrer de fazer exercício, carregar peso enorme, não é nada disso, é movimentar, pelo menos um pouquinho todo dia. Eu faço questão.
A gente agora estando em casa, eu tô trabalhando de casa na quarentena e tudo, mas ainda assim eu faço os meus exercícios dentro do possível.
Eu tomo um sol na frestinha da janela, e sempre que eu posso, eu saio um pouquinho, nem que for de carro para dar uma volta, para olhar uma árvore, para eu ver a natureza, eu passo perto de um parque, alguma coisa assim nesse sentido, que eu acho que é muito importante pra gente.
E, uma coisa que eu gosto muito de fazer também é meditação.
Quando eu falo disso, tem gente que é meio refratário né, fala, “nossa, mas pra que isso, eu não tenho paciência, e tal”.
Eu era a pessoa mais impaciente que vocês podem conhecer, mas eu comecei com cinco minutinhos por dia e hoje eu faço e acho muito bom, isso sim ajuda muito a gente a se reequilibrar, em todos os sentidos, principalmente na alimentação.
Porque às vezes muita gente come por angústia, come porque tá triste, porque tá deprimido, porque tem ansiedade, e a meditação ajuda muito.
Então, são vários pilares, a gente não pode se basear num só, não adianta você só comer bem e fazer o resto tudo errado, viver estressado, xingando todo mundo, dormindo mal, dormir bem também é muito importante.
Sempre estipular um horário para dormir, para acordar, isso é muito importante porque, principalmente, a gente ficando em casa, você tende a relaxar muito com horário.
Então você começa a acordar às nove, tomar café da manhã ao meio dia, almoçar às quatro e por aí vai, e isso não é bom.
A gente tem que educar a nossa rotina para ficar tudo bem, é isso daí.
Os Pets Da Denise — E A Alimentação Deles
Roney: Perfeito, Denise. E pets, você tem? Como que é a alimentação deles?
Denise: Então, eu tenho uma gatinha.
Eu já tive todo tipo de pet que você pode imaginar.
Lá em casa teve uma época que tinha um cachorro, um gato e um peixe, então eu falava que eu tinha a cadeia alimentar quase completa, mas a minha gatinha veio de um abrigo, e ela acostumou muito a comer ração nesse abrigo, e a gente adotou né.
Porque um gato que tinha ano passado morreu, eu nem gosto muito de falar porque foi um sofrimento terrível, mas como ela veio desse abrigo, a gente tá tentando fazer a transição dela agora.
E outro dia eu até achei muito engraçado, porque eu tava fazendo um bife e tirei uma tirinha e joguei pra ela, e ela ficou brincando com o pedaço de bife.
Eu falei essa é viciada na ração mesmo, não tem jeito.
Mas a gente tá tentando fazer a transição agora, e assim, como eu falei para vocês, não pode ser uma coisa muito de supetão porque o animal vai estressar, ele tem que aprender devagarzinho, reaprender a comer.
Então, pretendo dentro de pouquíssimo tempo conseguir que ela faça a transição e coma a comida que ela merece, né.
Roney: Perfeito, com certeza, Denise.
E, com relação às mídias sociais, como a gente já falou do seu perfil no Instagram, a gente vai deixar linkado aqui. Você tem algum outro lugar que compartilha informações que o pessoal possa te seguir?
Denise: Olha, eu tenho um canal no Telegram, mas ele é bem pequeno, eu até vou… depois eu vou passar para vocês para vocês linkarem, e ele é pequenininho, de vez em quando eu faço uns desafios lá, mas o que eu trabalho diariamente mesmo é só Instagram low-carb Brasil.
[Siga em t.me/lowcarb_br. Siga a gente também em t.me/senhortanquinho.]
Guilherme: Então, pessoal, quem tiver escutando a gente, segue a Denise lá no Instagram low-carb Brasil, é @low_carb_br. Segue a gente também, @senhortanquinho.
E Denise, eu queria saber se você tem uma mensagem final para quem escutou a gente até aqui, eu gostei bastante do viés de ação que você trouxe pra gente, e também do raciocínio claro, que é essa perspectiva evolutiva.
Se você pudesse deixar uma última mensagem, um último pedido para o pessoal, qual que seria?
A Mensagem Final Da Denise Para Você
Denise: A minha última mensagem é a seguinte: ninguém erra se optar por comida de verdade.
Tem muita gente que fica com medo porque tem determinada doença e acha que aquilo vai piorar.
Experimentem comida de verdade, isso nunca vai ser prejudicial para a gente, nunca, porque é o que tá no nosso DNA, é o que está na nossa fisiologia é o que vem da natureza, não é o que vem da indústria, então experimentem.
E os bichinhos também, quem tem pet aí, vale a pena consultar um veterinário que seja adepto à alimentação natural.
Hoje tem alguns canais que ensinam a pessoa a fazer a alimentação natural, só que eu recomendo sempre que consulte o veterinário para fazer a transição correta, às vezes o animal tem alguma questão, alguma doença crônica, ou alguma outra questão e precisa do veterinário para poder ajudar a pessoa nesse sentido.
Então, comida de verdade para todo mundo e sol e água, mais nada. Todo mundo vai ficar feliz, com certeza.
Roney: Mais uma vez, todos os estímulos que os nossos genes esperam, desde a alimentação até o sol e a água, e colocar o corpo em movimento.
E, Denise, muito obrigado pela sua entrevista, achei que ficou, assim, super completa, direta ao ponto e com um monte de informação super relevante, tanto para os pets, quanto para os donos dos pets, então, muito obrigado pela sua presença e pelas informações valiosas que você compartilhou com a gente hoje.
Denise: Meninos, eu quero agradecer demais a vocês pelo convite, foi uma honra enorme participar do podcast do Senhor Tanquinho, que eu sempre admirei, eu sou fã número um de vocês, escuto todos os podcasts novos, às vezes re escuto os mais antigos, e é realmente uma grande alegria estar aqui com vocês.
Um grande beijo, eu vou continuar recomendando a página de vocês, e isso aí, muito obrigado, um grande beijo para vocês, boa sorte para todo mundo, fiquem com Deus e muita saúde. Façam boas escolhas alimentares todo mundo aí, tá bom?
Roney: Tá certo, Denise, muito obrigado, tudo de bom para você também, e eu queria aproveitar para agradecer aos Tanquinhos e Tanquinhas que nos escutaram até aqui, muito obrigado por sua audiência.
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A gente se fala no próximo episódio.
Um forte abraço do Senhor Tanquinho.