Ninguém quer emagrecer só para emagrecer, ninguém quer hipertrofiar só para hipertrofiar. Sempre tem algo a mais — e você, como profissional de saúde, tem que ter noção disso.”
A Carla Basílio já ajudou muitas mulheres a ter mais saúde com o seu projeto Guia Da Boa Forma.
Porém, ela decidiu mudar de abordagem: e, hoje, cuida da carreira e do marketing de dezenas de profissionais de saúde.
Para que eles consigam estabelecer uma presença online, se posicionar, e captar clientes.
E, com tudo isso, ajudar mais pessoas.
Por isso, este podcast é especialmente rico para dois grupos de pessoas.
O primeiro grupo são os profissionais de saúde. Ouvindo até o final, eles aprenderão muito sobre como crescer seu consultório e fidelizar pacientes com o poder da internet.
Já o segundo grupo são as pessoas comuns do dia a dia — que querem ter mais saúde.
E estão cansadas de ver informações rasas e contraditórias nas redes sociais.
Por isso — se você faz parte de um dos dois grupos acima — recomendo que escute o podcast atentamente até o final.
Porque abordamos assuntos de interesse geral, inclusive:
- por que a Carla resolveu ajudar profissionais de saúde a serem ouvidos no mundo online,
- tem cada vez mais informações disponíveis — isso é bom ou ruim?
- as pessoas estão ficando mais burras? Como evitar que isso aconteça com você,
- como você pode se proteger das desinformações e mentiras que encontrar,
- as 7 perguntas de ouro para se fazer quando ouvir qualquer coisa sobre saúde na internet,
- verifique a procedência da informação — veja quem “dá a cara a tapa”,
- por que entender sua motivação vai te ajudar a ter mais sucesso,
- por que investir em você (tempo, dinheiro, e atenção) vai te ajudar a ter mais sucesso,
- como usar as redes sociais para melhorar a sua vida,
Além destes assuntos de interesse geral, abordamos também algumas questões importantíssimas para profissionais de saúde, inclusive:
- será que você deve separar o perfil pessoal do profissional?,
- como parar de depender do boca a boca e da indicação para captar clientes,
- por que entender a motivação do seu cliente vai te ajudar a ser mais eficiente (e ter mais sucesso também),
- como responder os seguidores (ainda mais conforme seu perfil for crescendo),
- qual é o papel da produção de conteúdo no seu negócio,
- por que “produzir conteúdo grátis” não é tudo,
- como criar uma audiência (dica: pense no que está faltando no mercado),
- como crescer seu perfil do Instagram,
- por que ter uma presença online é uma proteção contra o inesperado,
e muito, muito mais.
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A transcrição completa do episódio está disponível abaixo.
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Conteúdo do post:
Transcrição Completa Do Podcast Com A Carla Basílio
Aviso: Este podcast está sendo oferecido a você pela loja Tudo Low-Carb.
A loja Tudo Low-Carb é onde nós pegamos todos os ingredientes que nós usamos nas nossas receitas.
Lá tem tudo, incluindo adoçantes, farinhas low-carb, chocolate 85% cacau…
Além de vários petiscos low-carb, como amêndoas, castanhas, chips de parmesão e muito mais.
Então, se você quiser investir na sua dieta low-carb e em um pouco mais de sabor, conheça a loja online Tudo Low-Carb.
Aviso 2: Este podcast também é um oferecimento do nosso programa completo Guia Dieta Cetogênica 2.0.
Com ele, você tem o passo a passo para transformar sua alimentação e se transformar na versão mais saudável (e mais em forma) de você mesmo(a).
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Guilherme: Olá, Tanquinho. Olá, Tanquinha. Seja muito bem vindo e bem vinda a mais um episódio do nosso podcast. E hoje temos conosco a Carla Basílio. Tudo bem com você, Carla?
Carla Basílio: Tudo ótimo. Como é que vocês estão?
Roney: Tudo bem por aqui também, Carla.
Para quem não se lembra, a gente já entrevistou a Carlinha, foi lá no podcast nº 5.
Nele, a gente falou um pouquinho sobre saúde fitness, porque a Carla é fundadora do Guia da Boa Forma — um site especializado em dicas de saúde e boa forma, principalmente, para mulheres.
Sendo que a Carla também é formada em publicidade e propaganda, pela UFRJ.
Mas hoje a gente trouxe a Carla aqui para falar de um outro assunto.
O tema do podcast de hoje é um pouquinho diferente.
Isso porque a gente vai falar de marketing.
Isso mesmo, da influência das mídias sociais na vida das pessoas, e também de como o marketing pode ajudar os profissionais de saúde.
Então, Carlinha, da onde surgiu esse seu interesse por publicidade e que te trouxe até aqui?
Carla Ensina Marketing A Profissionais De Saúde
Carla Basílio: Bom, em primeiro lugar, obrigada pelo convite, é uma honra estar aqui novamente falando com vocês, depois de tanto tempo — eu fui uma das primeiras no podcast.
Depois este podcast estourou, várias pessoas super famosas vieram falar com vocês, falar com a audiência de vocês, e eu tô tendo a oportunidade de retornar.
Bom, eu fiz publicidade porque eu sempre amei escrever, sempre gostei muito dessa parte de comunicação, e sempre gostei muito de fitness.
Eu comecei a treinar muito cedo, com 13 anos, em casa.
Eu pedi para a minha mãe comprar uma caneleiras para mim e via revistas assim, de saúde e boa forma e, enfim, me arriscava.
Aí com 14 anos eu entrei na academia, comecei a ser melhor orientada.
Mas enfim, desde muito cedo eu tenho essa relação, uma boa relação com atividade física, com alimentação saudável, já passei por vários mitos na alimentação, teoricamente saudável, até encontrar a low-carb — que, inclusive, é o que faço hoje em dia.
Eu criei o Guia da Boa Forma em 2015, que é uma empresa de marketing digital no nicho de fitness, como vocês falaram, era bem voltada para o público feminino.
Eu vendia produtos como afiliada, vendia produtos em parceria com profissionais da saúde e nesse meio tempo acabei fazendo parcerias.
A principal delas acho que foi com o Rafa, com o Rafa Lund.
A gente trabalhou juntos durante quase três anos, e isso me abriu o leque de possibilidades de trabalhar diretamente com profissionais da saúde, ensinando esses profissionais a estabelecerem uma presença digital sólida, né.
Tanto em rede social como em outros meios de comunicação.
E bom, eu tenho visto essa necessidade dos profissionais terem a vez e a voz deles, cada vez mais.
Porque tem muita gente que talvez não tenha tanta credibilidade, mas tá aí falando.
Enquanto esses profissionais que estudaram, que estão sempre se atualizando, que fazem a parte deles, ficam calados.
Eles acabam resumindo o que eles sabem ali ao consultório, de repente a uma aula com aluno, e não transmitem esse conhecimento a mais pessoas.
Então esse é um ponto que me levou a querer levar esse trabalho de marketing, ensinar marketing para esses profissionais.
Há Cada Vez Mais Informação Online — Isso É Bom Ou Ruim?
Guilherme: Perfeito, Carlinha.
E a gente sabe que hoje em dia tem cada vez mais pessoas, cada vez mais vozes, justamente transmitindo essas informações — e mesmo os profissionais aos poucos, com trabalhos como o seu, inclusive, estão também ficando mais presentes.
Qual que é a vantagem para a pessoa comum do dia a dia de ter tanta informação assim? Tem alguma desvantagem também?
Quer dizer, a pessoa abre o Instagram ou a rede social do momento para se conectar com a família e amigos, e aí tem posts dos mais variados tipos, desde respondendo uma dúvida ou dor que ela talvez tenha, até os benefícios do mamão.
O que a gente pode falar de tudo isso?
Carla Basílio: Olha, o lado positivo é o seguinte: a Internet trouxe a possibilidade de a gente pesquisar, de a gente produzir e compartilhar conteúdo, e assim a gente não é mais um mero espectador, né.
E eu acho isso bom porque a gente não pode mais ser refém das informações que são veiculadas nas grandes mídias, que na maioria das vezes estão associadas a interesses políticos, a interesses econômicos, interesse de vários de tipo de indústrias, e outros que a gente nem faz ideia.
E tem um outro ponto que é, o conhecimento relacionado a saúde, ele tá mudando o tempo todo, né.
A cada hora sai um estudo novo, um alimento que era considerado super saudável deixa de ser, aí depois um alimento que era considerado não tão saudável passa a ser saudável e tal.
E isso mostra que não existe uma acomodação em relação à ciência, os cientistas não estão acomodados, e isso é bom.
Mas, ao mesmo tempo, se a pessoa comum não for atrás dessa informação de ponta, ela provavelmente vai demorar algumas décadas até conhecer o resultado das pesquisas mais recentes.
Eu gosto até de dar o exemplo das pesquisas que foram feitas em relação à gordura trans, foram feitas na década de 1990, e até hoje os produtos têm gordura trans, como se nada tivesse sido descoberto.
Então, se a pessoa comum for esperar passivamente que as autoridades, que o governo, que quem quer que seja cuide dela, ela vai ficar bem prejudicada, vai ser bem difícil ela ter saúde de fato.
E, assim, o que eu vejo como desvantagem?
Hoje em dia, eu não sei se vocês já perceberam isso, mas infelizmente as pessoas estão ficando mais confusas.
E, eu diria até a palavra um pouco mais burras.
Por quê?
Elas não vieram burras de fábrica.
É porque existe um excesso de informação, justamente porque tá todo mundo podendo produzir e compartilhar conteúdo, muito desse conteúdo que está sendo compartilhado é duvidoso, é superficial, é de alguém que não estudou tanto assim aquele assunto, é de alguém que talvez não tenha tanta capacidade de falar sobre aquilo, e tá falando.
E aí junta o conteúdo que é de alta qualidade, que é super bem elaborado, super bem feito com aquele monte de conteúdo que não é tão bom assim, a pessoa fala assim “ué, mas quem tá certo e quem tá errado? Quem tem a razão e quem não tem?”
E muitas vezes, ela não tá levando em consideração o contexto dela.
Por exemplo, eu posso falar, eu posso escrever algum texto, ou um profissional pode escrever um texto sobre dieta para hipertrofia, né.
Ele vai falar assim, “esta é uma dieta saudável para quem quer ganhar massa magra”.
E aí algum desavisado vai ver aquele post ali e falar assim, “ué, mas tem que comer tal coisa? Tem que comer tal coisa?”
Sendo que aquela pessoa quer emagrecer.
Tô dando aqui um exemplo esdrúxulo, mas é para a gente entender como o contexto precisa ser levado em consideração.
E na rede social ou em comunicações que são muito rápidas, assim, que não dá para você se aprofundar muito, geralmente, a pessoa não leva o contexto dela em consideração.
Ela pode dar sorte de ser exatamente o caso dela, como pode não dar, e aí ela vai ficando cada vez mais confusa e paralisada.
A gente até tava comentando né, que é muito comum as pessoas perguntarem, “ah, quantos ovos eu posso comer?”
Como se ovo fosse um alimento, assim, de outro planeta.
A gente evoluiu comendo ovo, mas as pessoas fazem essa pergunta com muita frequência.
Por outro lado, quase ninguém pergunta assim, ah, “quantas trakinas eu posso comer?”
Justamente porque as pessoas estão confusas pelo excesso de informação, né.
Se elas souberem filtrar essas informações, ótimo, elas vão conseguir ter acesso a muita coisa que, se elas esperassem passivamente, elas não conseguiriam.
Mas, se elas não souberem filtrar e forem pelo caminho das facilidades, que é um caminho bem comum, elas vão se afastar cada vez mais da saúde que elas precisam, e do corpo, da autoestima, da beleza que elas querem também.
Como Você Pode Se Defender Da Desinformação
Roney: E nesse caso, Carla, qual que é a melhor maneira da pessoa que tá lá na mídia social e tá vendo um monte de tipo de informações, às vezes informações conflituosas, se defender e separar o joio do trigo?
Como ela faz para saber o que presta ou o que não presta?
Porque é muito difícil, ainda mais se ela não quiser sair do meio da mídia social.
Carla Basílio: O que que eu sugiro para as pessoas, né.
Sempre que ela vir alguma dieta milagrosa, alguma promessa mirabolante, “emagreça 8 quilos em uma semana, seque a barriga, etc, etc.”, ela começar a se questionar, fazer algumas perguntas.
Isso serve não só para dieta, mas também para alguma regra que ela ouve, por exemplo, tem que comer de X em X horas; só pode comer determinado alimento até tal hora, né, essas coisas assim cabalísticas
Ou um método de treino bombástico, algum suplemento que promete ganhos inéditos, essas coisas que você olha e a pessoa que tem um pouquinho de senso crítico, ela já desconfia.
Mas, como boa parte tá atrás do milagre, da pílula daquilo que vai trazer resultados rápidos, com menos esforço possível, essas pessoas acabam caindo.
Para as que estão em cima do muro, elas querem que seja o mais fácil possível.
Mas elas desconfiam, elas podem se perguntar “bom, isso funciona?“, esta é a primeira coisa.
Segunda coisa: “para quem isso funciona?”, “será que funciona no meu caso?”.
Aí você começa a se questionar, de repente o post tá falando de emagrecimento na menopausa, e eu não sou uma mulher na menopausa, talvez algumas coisas que estão ali não sirvam para o meu caso.
E eu tenho que procurar aquelas coisas que se alinham com o meu contexto específico.
A terceira coisa, por que isso funciona?
Qual é o mecanismo que tá envolvido.
Por exemplo, eu falei aqui de brincadeira de comer de X em X horas.
Para alguém que tá fazendo uma dieta de ganho de massa magra, dependendo do metabolismo da pessoa, do quanto ela consegue comer numa refeição específica, de quanto peso ela quer ganhar, talvez para o caso dela faça sentido ela ter que comer de X em X horas.
Não porque X é um número mágico, mas porque se ela deixar para comer só quando ela tiver fome, ela não vai conseguir atingir aquelas calorias específicas.
Então, assim, questionar: no caso dessa pessoa, isso funciona porque ela vai conseguir atingir o número de calorias que ela precisa, o número de nutrientes que ela precisa.
Aí a quarta pergunta é como isso funciona?
Como é que acontece esse mecanismo?
Quinta coisa que é super importante e que as pessoas não param para pensar, às custas de que isso funciona?
Porque você pode ver, sei lá, anabolizante funciona para ganhar massa magra, por exemplo, mas às custas de que?
Geralmente, muitas coisas que prometem um resultado rápido, vão custar a sua saúde.
Tem alguns atletas, pessoas fitness, musa fitness que usam anabolizantes, mas muitas vezes essas pessoas não estão tão preocupadas assim com a saúde.
Elas estão mais preocupadas com performance, com estética, elas vivem da própria imagem.
Então, assim, ter noção do que que está em jogo, muda muito a nossa percepção.
Algumas pessoas querem emagrecer e elas pensam assim, ah, quero ter sei lá, 11% de gordura, um percentual super baixo.
Você tem que entender que isso vai te gerar um custo.
Você vai conseguir manter isso no longo prazo? É sustentável?
Então, isso tem que ser levado em consideração também.
Outra pergunta que as pessoas precisam fazer: por quanto tempo isso funciona?
Se conecta exatamente à pergunta anterior, porque se eu quero emagrecer e me manter magra; se eu quero praticar atividade física de uma forma regular, para sempre, eu tenho que fazer algo que seja sustentável.
Se eu fizer algo que é muito drástico, eu preciso ter a noção de que aquilo vai durar por pouco tempo, que vai funcionar por pouco tempo, e o rebote pode ser bem pior.
E a sétima coisa que as pessoas precisam se perguntar é: quem está por trás dessa recomendação?
Será que é um profissional especificamente, ou será que é uma recomendação da indústria alimentícia, da indústria farmacêutica?
Eu sei que nem sempre a gente vai conseguir chegar nessa resposta, mas só o fato de a gente se questionar já traz muita reflexão.
Então, assim, repetindo:
- isso funciona?
- Para quem isso funciona?
- Por que isso funciona?
- Como isso funciona?
- Às custas de que isso funciona?
- Por quanto tempo isso funciona?
- Quem está por trás dessa recomendação?
Para mim essas são as sete perguntas de ouro para a gente entender se uma recomendação, se uma estratégia, se algo que a gente viu na Internet faz sentido ou não.
E aí uma sugestão extra, eu falava muito isso para as minhas seguidoras na época que eu era mais assídua no Guia da Boa Forma, quando você quiser saber de alguma regra, se alguma regra ou alguma recomendação é verdadeira ou não, ou pelo menos você entender quais são os pontos de vista a respeito daquilo, digita a palavra chave no Google, e mais a palavra mito.
Por exemplo, comer de três em três horas, mito.
E aí você vai entender que existe, porque que existe a recomendação de comer de três em três horas e aquilo que rebate aquela informação.
Isso vale para qualquer estratégia, para qualquer sugestão que você viu nas redes sociais, no mínimo você vai ter acesso aos dois lados daquela estratégia, e fica mais fácil de você decidir pensando aí no seu contexto.
Verifique A Procedência Da Informação — A Importância De “Dar A Cara A Tapa”
Roney: Ah, muitos bons pontos, Carla.
E, a gente que tá no mundo low-carb, com o Senhor Tanquinho, há tanto tempo, uma coisa que a gente percebe é que, como a dieta low-carb e cetogênica tem atraído cada vez cada vez mais holofotes, tem cada vez mais gente fazendo, cada vez mais gente tendo resultado.
Consequentemente, tem cada vez mais gente falando mal também.
E a gente percebe que tem muita gente que não tem nada a ver com low-carb, também querendo surfar nessa onda.
Então, por exemplo, a cada dia que passa tem novos perfis de Instagram e Facebook com o nome lá, Receitas Fit low-carb, receitas não sei o que low-carb… ou até usando o nosso próprio nome, receitas Senhor Tanquinho não sei das quantas.
E uma coisa que a gente percebe é que esses perfis geralmente não têm foto de uma pessoa, são fotos de uma receita, ou de qualquer coisa genérica.
E esses perfis são perigosos porque muitos deles não estão comprometidos com a saúde das pessoas, com a verdade da low-carb, com qualquer outra coisa.
Eles estão comprometidos em tentar angariar seguidores para conseguir vender para esses seguidores através do link da bio.
E muitas vezes esses perfis utilizam receitas que levam farelo de aveia, por exemplo; que levam açúcar demerara, leite em pó, e outros ingredientes que não são low-carb.
Isso é um perigo: tanto para quem quer emagrecer, que pode atrapalhar os resultados, e essa pessoa fala, ah low-carb não funciona.
Quanto porque tem pessoas que fazem low-carb para controlar a insulina sanguínea, controlar o açúcar no sangue, e aí essas pessoas podem ter outros tipos de problemas, se fizerem essas receitas de forma desavisada.
Então, uma outra dica que eu complementaria, seria para as pessoas verem a procedência, pesquisarem o perfil que elas estão seguindo.
Por exemplo, o Senhor Tanquinho, a gente tá há seis anos fazendo textos.
Se a pessoa for atrás da gente, entrar no nosso site para ver o nosso sobre lá, estamos há seis anos trabalhando com isso, tem mais de três mil posts no Instagram, tem a nossa cara em tudo o que fazemos, tem o nosso CNPJ, a gente é comprometido, a gente não tá de brincadeira.
Enquanto que esses outros perfis, que às vezes a pessoa vai seguir no desespero, porque viu as receitas bonitas, e acaba caindo numa grande roubada.
Então, acho que essa seria mais uma dica, pelo menos nesse nicho que a gente tá envolvido.
Carla Basílio: Nossa, sem dúvida.
Isso que você falou é super importante, é algo que eu recomendo demais aos profissionais que eu faço mentoria, que fazem parte dos meus cursos, treinamentos, etc.
Então é o seguinte, muitos deles perguntam assim, “Carla, eu tenho que ter um perfil profissional separado do perfil pessoal?”
E a minha resposta é, olha, você até pode ter dois perfis, eu não recomendo, porque a maioria não dá conta nem de um, quem dirá de dois.
Mas, não é nem por isso, é porque existem três elementos para você estabelecer uma presença digital forte, que você consiga captar clientes, consiga oferecer seus produtos, seus serviços, ser visto como autoridade.
Uma delas é a confiança, e é uma das mais importantes.
A confiança é um dos elementos mais importantes para você se estabelecer nas redes sociais, e a gente pode pensar em como isso se reflete, por exemplo, no boca a boca. Por que o boca a boca funciona?
Porque existe, justamente, uma transferência de confiança.
O meu amigo foi no médico, foi numa nutricionista, ele gostou muito, gostou dos resultados, eu não conheço esse médico, não conheço essa nutricionista, mas ele fala para mim, “Carla, vai lá, ele é muito bom, me entendeu assim, assim e assado”.
Ou seja, houve uma transferência de confiança.
Como é que você consegue estabelecer essa confiança nas redes sociais?
Justamente mostrando aspectos da sua vida pessoal de alguma forma, ou no mínimo mostrando seu rosto, né, dando a cara à tapa.
É muito mais fácil a gente confiar em alguém que tá ali mostrando o rosto, fazendo vídeos, aparecendo nos stories, se conectando com a audiência, porque é como se a pessoa tivesse algo a perder, ela tá se vulnerabilizando ali, então é mais fácil a gente confiar em pessoas que tão dando a cara à tapa.
E isso serve, esse conselho serve tanto para os profissionais que querem estabelecer essa presença digital — vocês estão aí há seis anos dando a cara à tapa de vocês, exatamente por isso, vocês se tornaram referência no que fazem — e por outro lado, serve para o público leigo pensar, “cara, esse perfil não tem nem foto de ninguém, não tem nenhuma pessoa aqui aparecendo. Se eu fizer essa receita e der errado, com quem que eu posso questionar? Com quem que eu posso falar, se eu comprar esse ebook aqui de receita e tudo der errado, as receitas todas falharem, com quem que eu posso reclamar?”
Não tem ninguém ali, então esse ponto é crucial mesmo.
Para Profissionais: Como Parar De Depender Do Boca A Boca E Da Indicação Para Captar Clientes?
Guilherme: Com certeza, Carlinha, são bons pontos para a gente levar em conta, avaliando como um leitor, como consumidores do conteúdo.
E você deu uma dica também, que acaba sendo útil para quem produz conteúdo: a importância de colocar a própria cara para mostrar que existe uma pessoa ali por trás.
Mas além de mostrar a própria face, como que um profissional consegue criar essa presença online?
Como ele ou ela consegue se diferenciar, mostrar que ele tem alguma coisa a agregar ali no meio.
Para que ele não precise mais depender dessa indicação — a gente falou que o poder da indicação é muito forte, mas como que a pessoa passa a não ser mais dependente disso?
Carla Basílio: É, em pleno 2020 não dá mais para a pessoa depender do boca a boca para ter clientes, ainda mais porque só no Instagram existem mais de 1 bilhão de usuários ativos, mais de 500 milhões de pessoas que usam diariamente stories, feed… com certeza o potencial cliente dos profissionais da saúde estão ali, até porque não é mais uma rede social só de jovens, né.
A grande questão é o profissional parar de querer falar com todo mundo, parar de querer agradar todo mundo e ter um posicionamento muito bem definido.
Por exemplo, na própria nutrição ou educação física — posso dar exemplo para vários — mas na educação física, o cara começa a produzir conteúdo profissional, começa a produzir conteúdo nas redes sociais, e aí ele fala para quem quer correr, para quer quer fazer musculação, para quem faz CrossFit, para quem quer fazer HIIT, para quem quer emagrecer, para quem quer hipertrofiar, para quem quer performance, para quem tá se recuperando de alguma lesão…
Cara, o conteúdo dele é completamente aleatório, é superficial, ele não consegue se conectar com ninguém, ele não consegue estabelecer um posicionamento único na mente das pessoas.
E é engraçado porque, quando um profissional da saúde quer fazer um curso, ele quer fazer uma especialização, ele não busca alguém genérico, que fica falando sobre tudo, estuda um pouquinho de cada coisa.
Não, quando ele quer fazer um curso, ele vai procurar alguém que seja referência naquela área.
Se eu quero fazer um curso sobre dieta cetogênica e performance, caramba, eu vou procurar alguém que praticamente só estuda isso, que só entende disso, que só lê sobre isso.
E da mesma forma acontece que se eu sou uma mulher que tá buscando emagrecimento, depois de ter filho, etc., etc., cara, eu vou querer um profissional que saiba exatamente quais são os problemas que eu tô passando, que consiga ter não só o conhecimento técnico, mas o conhecimento humano sobre o que eu tô vivendo.
Alguém que saiba exatamente os problemas e as dores que eu tô enfrentando.
Quando a gente fala de dores, são as dores emocionais, porque o nutricionista pode falar, ah, eu te ajudo a emagrecer.
Tá, isso aí é completamente superficial, você tem que falar o que que a pessoa tá passando, se ela veste uma roupa e nada fica bom, ela compra uma roupa na Internet, chega e não cabe nela.
Ela sai com as amigas e se esconde atrás das amigas quando vai tirar foto, porque não gosta de se ver nas fotos; recusa convites de ir à praia porque está acima do peso e não se sente confortável, etc., etc.
Então assim, quanto mais você especifica quem é o seu cliente ideal, quem é aquela pessoa com quem você vai se comunicar nas redes sociais, mais assertiva é a sua comunicação, mais você se destaca no meio desse monte de conteúdo completamente aleatório que tem aí, e mais fácil é você se estabelecer como uma referência, como uma autoridade no nicho em que você atua.
Então para mim, esse é um dos pontos mais importantes e fundamental.
E é engraçado que ele não serve só para as redes sociais, ele serve para a carreira do profissional como um todo.
Quando eu defino o meu nicho de atuação, especificamente low-carb, ou especificamente musculação voltada para a hipertrofia de mulheres, para a hipertrofia feminina, e assim vai, eu defino também a minha linha de estudo.
Eu não vou ficar mais estudando sobre treinamento para grávidas, treinamento para não sei o que, se eu defini que o meu nicho vai ser de mulheres que querem hipertrofia, por exemplo.
Só estou dando um exemplo aqui, existem vários nichos, e enfim, quando você define o seu posicionamento, isso também te dá direcionamento, tanto para a carreira, o que você vai estudar, sobre o que você vai ser conhecido, sobre como você vai ser conhecido, no que que você vai se especializar, o que te permite também cobrar mais caro, e também define, é um direcionamento do seu conteúdo nas redes sociais.
É engraçado, porque vários profissionais acreditam que eles não postam nas redes sociais porque eles nãos sabem o que postar.
Na verdade, eles estão paralisados pelo excesso de possibilidades. Se eu posso hoje começar uma presença digital escrevendo sobre emagrecimento, sobre hipertrofia, sobre lesões, sobre seja lá o que for, eu paraliso justamente por esse excesso, de possibilidades, eu travo aí.
Quando eu defino exatamente que vou falar com um público específico, exatamente essa definição me abre um leque de possibilidades para me comunicar com essa pessoa especificamente.
Como Responder Mil Vezes A Mesma Pergunta — Sem Se Cansar
Guilherme: Perfeito, Carlinha, faz muito, muito sentido.
E uma pergunta até que talvez muitos profissionais tenham, e é até uma dúvida que eu tenho também.
Você combate aqueles mitos e dúvidas comuns que as pessoas podem ter sobre:
- não preciso comer de três em três horas?
- por que tal alimento não é low-carb?
- quantas vezes por semana eu preciso treinar?
- como eu divido o meu treino?
e todas as dúvidas que você muitas vezes já abordou, mas continua recebendo.
Como que você faz para não cansar de falar várias vezes a mesma coisa? Como você encara essa questão?
Carla Basílio: Assim, como é que o profissional ele não vai enjoar de falar sempre as mesmas coisas, basicamente isso, né?
Roney: Isso.
Carla Basílio: Então, o que que acontece, a gente, o profissional da saúde geralmente ele exige certa disciplina do paciente, do cliente dele, seja para fazer exercício, seja para seguir uma estratégia alimentar, por aí vai.
E quando a gente fala de posicionamento de mercado, quando a gente fala de autoridade online, a gente precisa exatamente da mesma disciplina, de falar sempre das mesmas coisas.
Justamente pelo que eu falei, quando a gente quer contratar um serviço ou um produto, quando a gente quer fazer um curso, a gente procura alguém que seja um especialista naquela área.
E, quando eu quero resolver um problema, também, eu quero alguém que seja especialista naquela área.
Mas como eu vou ser reconhecido como especialista se a cada hora eu estou abordando um tema diferente?
A questão é, você definir quem é o seu cliente ideal, você definir quais são os desejos dessa pessoa, quais são os problemas que ela está enfrentando no dia a dia dela.
Porque, por exemplo, no emagrecimento, emagrecer é solução para muitas pessoas, desde a falsa magra, que tem um peso normal, mas o percentual de gordura é alto, até aquela pessoa que de fato tem obesidade mórbida.
Emagrecer é solução para todas elas, mas os problemas que cada uma enfrenta são completamente diferentes.
E aí o que eu mais vejo acontecer é o profissional, por exemplo, um nutricionista postar fotos de uma barriga enorme na rede social dele, para falar de emagrecimento, sendo que o público que ele mais poderia atingir são pessoas que estão com um sobrepeso, assim, razoável — três, quatro, cinco quilos.
As pessoas não estão obesas para aquele profissional especificamente, nesse exemplo.
Então, quando ele coloca foto de pessoas com barrigas enormes, na verdade ele acaba afastando o potencial cliente dele.
É só ele pensar, as pessoas que eu costumo atender, como elas são? A pessoa que eu mais gosto de atender, como ela é?
É exatamente com essa pessoa que ele vai se comunicar, e aí voltando, você pensa nos desejos do seu potencial cliente, que vão além dos objetivos.
O desejo ele é, vamos pensar assim, eu quero emagrecer, mas para quê?
Ah, eu quero emagrecer para correr de top, para me sentir bem na praia, para poder voltar a jogar futebol com os meus amigos, né, se for um homem falando; ou para poder, sei lá, me sentir bem com a roupa X, Y, Z; para poder ter disposição para brincar com os meus filhos, o que for.
Esse é o desejo, é a repercussão do objetivo.
Ninguém quer emagrecer só para emagrecer, ninguém quer hipertrofiar só para hipertrofiar. Sempre tem algo a mais, e você como profissional de saúde, você tem que ter noção disso.
O que eu sempre recomendo para os meus clientes é, quando você estiver fazendo uma avaliação com o seu cliente, com o seu paciente, pergunte para ele.
“Beleza, você quer emagrecer X quilos, mas para que? O que que vai mudar na sua rotina? O que você vai fazer de diferente?”
Porque, primeiro, isso vai fazer a pessoa pensar sobre esses motivadores dela.
E, segundo, você vai usar isso na sua comunicação nas redes sociais, é fundamental.
Um dos maiores erros que os profissionais cometem é justamente ter uma linguagem muito técnica, muito voltada para conteúdo e conteúdo e pouco comportamento.
Eles falam pouco das emoções das pessoas — e não adianta, venda é emocional, e seu decido contratar um profissional, um profissional de educação física, um nutricionista, o que for, quem decidiu primeiro foi a minha emoção, depois eu uso a minha razão para justificar.
É exatamente por isso que você tem que entender quais são os desejos, os problemas, os erros que a pessoa tá cometendo no dia a dia dela, para não alcançar aquele objetivo, e as objeções que ela tem em relação ao seu produto e ao seu serviço.
O que são objeções?
Muita gente não contrata um nutricionista, não vai num nutricionista porque acha que vai ter que passar fome o dia inteiro.
Ou acha que vai gastar rios de dinheiro com suplementos.
Ou acha que vai ter que passar o dia inteiro na cozinha fazendo comida.
Enfim, são crenças que as pessoas já têm em relação à determinada profissão, e a gente cria essas crenças, sobre tudo, sobre todas as profissões, e aí a função do profissional é quebrar essas objeções de acordo com o público que ele escolheu.
Não tem problema nenhum ele ser um profissional que passa muito, que prescreve muito suplemento, por exemplo, mas o que ele vai ter que deixar claro na rede social é porque ele faz isso; com qual objetivo.
Se ele é o profissional que, pelo contrário, não prescreve muito suplemento, ele vai deixar claro que a abordagem dele é aquela.
Em muitos contextos, a gente tem que pensar que não existe certo ou errado, mas que existe aquilo que se alinha com determinado tipo de pessoa e com determinado tipo de objetivo.
É exatamente essa clareza que o profissional tem que ter. Por isso que eu falei que primeiro você define o seu posicionamento, quem é o seu cliente ideal, com quem você vai se comunicar, não dá para querer abraçar todo mundo.
E aí, a partir disso, você pensa em desejos problemas e objeções, e o seu conteúdo vai estar sempre circulando em torno disso.
Várias vezes você vai repetir as mesmas coisas, porque as pessoas erram nos mesmos pontos.
A maioria está errando no mesmo ponto, a maioria está tendo os mesmos problemas.
Então você vai mudar a abordagem com que você faz os posts, você vai mudar as histórias que você traz, você vai mudar os depoimentos que você traz dos clientes, você vai mudar a maneira como você explica determinada coisa, mas os assuntos principais sempre vão se repetir.
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Roney: Perfeito, Carla. Fechando isso, naquela questão que a gente falou no começo, que você falou anteriormente sobre o emburrecer das pessoas, você acha que parte da culpa disso é delas estarem constantemente sendo bombardeadas por informações de todos os lados, dos vários perfis que elas seguem, e de ter informações de tudo que é jeito?
Você acha que elas ficam mais acomodadas em não querer ir atrás das informações e não se esforçar para entender, porque sabe que é só perguntar, e aí a pessoa vai responder?
Ou então: ela nem pergunta diretamente para quem fez a postagem, ela pergunta para alguém que comentou na postagem, que é uma pessoa que ela nunca viu na vida, principalmente se a pessoa falou que teve algum tipo de resultado, né?
Então, nesse contexto, você acha que é um problema ter muita informação?
E isso faz o emburrecer das pessoas, e ao mesmo tempo, você acha que os profissionais, as pessoas têm que… os donos dos perfis, tem que responder a todas as perguntas ou eles têm que dar uma filtrada também para não ficarem loucos?
Afinal, quanto maior o perfil, mais gente perguntando coisa que às vezes não tem nada a ver.
Carla Basílio: A melhor maneira de você responder algum, a maioria das perguntas, é você falando, “olha, isso depende muito de cada caso, alguns pacientes meus, alguns clientes meus precisaram de X, Y, ou Z, mas outros se prejudicaram com isso, por exemplo”.
O que você precisa fazer é ter um acompanhamento, é ter um direcionamento, e sempre encaminhar a pessoa para isso, porque no final das contas, o profissional ele tem que estar ali na mídia, primeiro, para ser algo bom para ele.
Para mim isso é fundamental: o profissional da saúde é alguém que já cuida muito de outras pessoas, ele já tem essa pressão interna e externa muito grande, e então, assim, ele precisa se cuidar primeiro, e o se cuidar primeiro aí é cuidar da saúde mental dele, da sanidade dele na rede social.
Isso inclui encontrar métodos sustentáveis de produção de conteúdo, e aí uma dessas fórmulas é você transformar aquilo que você já faz na rotina em conteúdo.
Um exemplo comum, tem muita gente que fala assim, ah, o que que eu posto nos stories?
Tá, você acabou de fazer uma consulta, comenta ali nos stories o que que aconteceu naquela consulta.
Poxa, hoje eu atendi um paciente, nem precisa falar nome, não precisa falar nada, atendi uma paciente que tinha muito problema de tpm, e aí a minha sugestão para ela foi fazer X, Y, Z, parará, porque usando esse medicamento, ou usando esse suplemento, usando esse tipo de alimentação, evitando tal tipo de coisa a gente consegue resultado tal.
E aí, o que acontece?
- primeiro, você consegue produzir um conteúdo relevante para o seu público;
- segundo, você não tá inventando nada do zero, você está só documentando o que você já fez;
- terceiro, você está deixando claro que você tem produtos e serviços, ou seja, você não está ali na Internet de brincadeira, você está ali para, de fato, construir a sua autoridade e captar clientes.
Acredito que a maioria tem esse objetivo.
Se você só fica produzindo conteúdo gratuito, gratuito, gratuito e não conduz as pessoas para uma solução completa, a tendência é que você sempre receba muitas perguntas desse tipo de pessoas querendo um milagre, querendo uma dica milagrosa que vai mudar a vida delas, e hoje em dia a gente sabe que nenhuma dica milagrosa, por si só, isoladamente, vai trazer o resultado que as pessoas querem.
Precisa de um passo a passo, precisa de um método, precisa respeitar a individualidade, precisa respeitar o contexto, precisa respeitar um monte de coisa.
Agora, se você não oferece o seu produto, o seu serviço como uma solução completa, como algo que, cara, olha, aqui na rede social eu não consigo te atender, não consigo te avaliar, mas a gente pode conversar, você conhecer melhor o meu trabalho, e aí vai ser muito mais fácil te ajudar.
Eu gosto muito de direcionar as pessoas no final de cada post, ou no final de uma sequência de stories, para o direct, porque no direct você pode conduzir para um fechamento, para uma venda, para a pessoa comprar um produto ou um serviço seu.
Ali ela vai se sentir mais a vontade de falar o que que ela tá passando, quais são os problemas, e aí você vai, olha, se a gente começar a fazer um tratamento ou, no meu consultório, na minha prática eu costumo fazer assim, assim, e assado.
Se a gente começar um tratamento ou uma consultoria online, o que for, eu vou poder te ajudar em X, Y ou Z, você tem interesse em aprofundar nisso, em receber a minha ajuda, o meu auxílio durante X tempo.
Enfim, sempre conduzir a pessoa para uma solução completa.
Esse excesso de conteúdo gratuito gera muitos problemas, primeiro essa questão das pessoas estarem cada vez mais emburrecidas, paralisadas pelo excesso de informação.
Segundo, muitas ficam viciadas no conteúdo gratuito, mesmo que ela já tenha percebido na prática que aquele conteúdo gratuito não tá gerando o resultado que ela quer, justamente porque ela não consegue assimilar e digerir aquilo.
E terceiro, o profissional, a pessoa que produz muito conteúdo, mas não oferece as soluções pagas, ele tá gerando um problema para ele, de falta de reconhecimento, de falta de capitalização mesmo.
Cara, os boletos não param de chegar, então a pessoa tem que ter essa noção.
E a gente tava falando de informação, hoje em dia todo mundo quer ser ouvido, todo mundo quer ter ali os seus 15 minutos de fama, e esse é o problema, a gente está vivendo numa sociedade super comunicativa.
Esse termo super comunicativa já é de 1980, já tem 40 anos isso, imagina hoje em dia como é ultra mega ou master comunicativa.
Só para vocês terem ideia, mais informação foi produzida nos últimos 30 anos do que nos 5.000 mil anos anteriores.
Então, assim, não é de mais conteúdo que as pessoas precisam.
O conteúdo da rede social é para direcionar para uma solução completa, é isso que as pessoas precisam ter em mente, e aí quando a gente fala, ah, mas se eu fizer conteúdo as pessoas não vão querer consumir o meu produto ou o meu serviço.
É o contrário: se você direciona a pessoa para um produto ou um serviço, ela não vai querer mais conteúdo, necessariamente.
Na minoria dos casos ela vai querer mais conteúdo, por incrível que pareça.
Hoje em dia as pessoas querem a curadoria, ou seja, algo que tenha, assim, faça isso e isso e isso, pronto.
Porque na rede social ela já tem que ficar lendo demais, ela já tem que ficar vendo muita coisa, ela já tem que tentar digerir muita coisa.
Quando ela compra um produto ou ela contrata um serviço, ela quer justamente não ter trabalho, ela quer direcionamento, foco, a curadoria, a organização da informação, porque na rede social por mais que a informação seja excelente, ela tá ali aleatória.
Então, num produto ou num serviço vai ter um passo a passo, algo realmente organizado para ela conseguir colocar em prática.
Então, assim, tem que acabar essa cultura do conteúdo pelo conteúdo, eu sou muito contra isso.
Por quê? Porque por muito tempo eu fui a pessoa que produzia conteúdo como um fim, e não como um meio para eu oferecer soluções mais completas, mais direcionadas, mais específicas.
E aí depois que eu mudei a minha abordagem, primeiro, eu tive resultados muito melhores, meus clientes tiveram resultados muito melhores, e os clientes deles, que são o público leigo, o público final, também tiveram resultados muito melhores.
Quando a pessoa, por exemplo, participa de um desafio pago, que seja, ou contrata uma consulta, ou contrata uma consultoria online, o fato de ela ter tirado o dinheiro do bolso dela e ter feito aquele investimento, faz com que ela se comprometa muito mais.
Quando alguém faz uma live gratuita ali no Instagram, de treino, de sei lá o que, as pessoas podem até gostar, achar legal, poxa que bacaninha isso aqui, que dica top, e tal.
Só que a gente não dá valor às coisas gratuitas, justamente porque tem demais.
Agora, quando eu falo assim, olha, tem um programa de três semanas que vai te ajudar em X, Y ou Z, e aí a gente vai fazer assim, assim, assado, e o valor e tal, se a pessoa pagar por aquilo, o comprometimento dela vai ser muito maior.
Então, acho que assim, a grande sacada é essa, o conteúdo é um meio para você oferecer os seus produtos e os seus serviços nas redes sociais, e é exatamente isso, para te ajudar a construir a sua autoridade, pessoas com resultado.
Pessoas que contratam o seu produto ou o seu serviço e têm resultado. Conteúdo não é um fim por si só.
Conteúdo Grátis Não É Tudo
Roney: Com certeza, Carla.
Isso que é o legal com o seu trabalho com a Anatomídia, que é mostrar para os profissionais que estão nas mídias sociais, que eles não precisam ter medo de vender.
Porque eu acho que isso era uma coisa que aconteceu, inclusive, com a gente no Senhor Tanquinho.
A gente ficou no começo fazendo muito conteúdo, sem saber o que vender.
E quando a gente teve um produto, a gente não sabia como anunciar porque a gente ficava, “ai, será que eles não vão achar que a gente é mercenário de estar vendendo, vão achar que a gente é charlatão, por não ser formado em nutrição”.
E aí depois, claro, agora já faz seis anos que a gente tem o site, a gente já tá mais tarimbado nisso, e a gente foi vendo que não: que, na verdade, oferecer produtos é uma via de mão dupla, é bom para todos os envolvidos nessa troca.
É bom para a gente que consegue sustentar o nosso trabalho, consegue sustentar uma porção de conteúdo gratuito que a gente faz, de vídeo, de texto, nas próprias mídias sociais, e é bom para a pessoa também porque a gente consegue entregar para ela muito mais, consegue entregar mais da nossa atenção, consegue entregar um material diferenciado.
Então, os profissionais podem parar de ter esse tipo de medo, e se porventura, vai aparecer — sempre aparece — aquela pessoa que fala, “ah, você só está fazendo isso porque você quer ganhar dinheiro”.
Pô, se essa pessoa trabalha de graça, 100% do tempo dela ela tá doando… Tudo bem também, a gente não quer esse cliente, a gente consegue viver com os outros.
Carla Basílio: Sempre vão existir essas pessoas que acham que a pessoa tem que estar ali dando o conteúdo de graça.
Sendo que o que eu sei, eu não aprendi de graça.
Pelo contrário: eu tive que fazer um monte de curso, um monte de formação, de imersão, de MasterMind de etc., etc., para poder aprender o que eu sei, fora faculdade, todo o meu conhecimento formal.
Vocês, a mesma coisa.
Profissional de saúde faz graduação, pós graduação, especialização, o diabo a quatro.
Se eles forem colocar na ponta do lápis, é de 70 a 100 mil reais em média, que eles gastar com os cursos, desde a faculdade até pós, etc.
Será que é justo estar ali na rede social oferecendo tudo de graça?
Eu não acho, e a gente escolhe como a gente vai ser tratado pelas pessoas.
Se eu foco no conteúdo gratuito, eu vou atrair pessoas que só querem conteúdo gratuito e que nunca vão pagar por nada.
Se eu começo a oferecer soluções pagas, seja em formato de serviços, seja em formato de produtos, desafios, programas de treinamento, etc., aos poucos eu vou atraindo pessoas que estão cansadas de dica gratuita, de conteúdo aleatório.
E elas querem algo pago justamente porque já cansaram de dar tanta cabeçada e preferem ter o auxílio, ter o acompanhamento de um profissional.
O Tipo De Pessoa Que Nunca Tem Resultado (Não Seja Esta Pessoa)
Guilherme: Com certeza, Carla. Nesse ponto, uma coisa que eu acho curiosa é que a pessoa que, igual o Roney mencionou, que ela parece que se sente no direito de que o mundo todo entregue coisas de graça para ela, sem ela nunca ter que investir para isso.
Ela é exatamente o tipo de pessoa que não tem resultado, porque ela espera que as coisas aconteçam sem um esforço, sem uma contraparte da parte dela, como se ela tivesse o direito de ter acesso a todas as coisas boas da vida — seja no caso de uma pele perfeita, do emagrecimento, do ganho de massa magra, de todas as coisas que ela quer aprender — como se o universo tivesse que dar para ela, de alguma forma ela “tivesse direito”.
Mas ela não quer fazer a contraparte, não tem entrega, nem nenhum esforço dela mesma — e, com isso, acaba não tendo os resultados também.
Então, já denuncia uma certa mentalidade que a pessoa talvez não esteja preparada para investir nisso — seja o tempo, a atenção ou o dinheiro dela.
Carla Basílio: Total, total. Esse tipo de público, eu faço de tudo para repelir.
Como é que a gente repele essas pessoas? Justamente fazendo ofertas, vendendo coisas nas redes sociais, para ser bem claro.
Porque eu não quero essa pessoa lá tomando meu tempo, pedindo dica, e no final das contas não consumindo nada.
Ninguém é obrigado consumir nada, mas também não fica torrando meu saco, tenho muita coisa para fazer.
A gente sabe que produzir conteúdo dá um trabalho do caramba, ainda mais quando você é consistente, quando você está aí há anos fazendo, como vocês há seis anos; como eu há tanto tempo também.
Trabalho com marketing de conteúdo desde 2013, então, assim, tudo que você puder fazer para repelir esse público é melhor, porque são pessoas que elas podem até fazer bem para o nosso ego de vez em quando, falar assim “ai, as suas dicas são ótimas, eu adoro seu conteúdo” e tal.
Mas que no final das contas não vai te indicar para ninguém, não vai comprar nada de você e, principalmente, o que você falou, Guilherme, que é fundamental: elas não vão ter resultado, porque elas não vão aplicar.
Elas só querem a esperança de que exista uma dica mirabolante que vai as ajudar, mas no final das contas elas não têm combustível emocional, esse tipo de pessoa não tem combustível emocional para operar uma mudança na vida dela.
Se ela não conseguiu, se para ela pagar, sei lá, 47 reais num produto… é absurdo, é porque ela ainda não operou mudanças significativas na vida dela em condição nenhuma, nem na vida financeira, nem na saúde, nem em nada, é uma pessoa muito complicada.
Como Crescer Seu Perfil Do Instagram E Canal Do YouTube
Roney: E, Carla, dos profissionais, para quem está ouvindo a gente, que tem um trabalho sério, mas não tem uma mídia social ou está muito no comecinho, a gente sabe que é difícil crescer um perfil, ainda mais agora que já tem um mercado, o Instagram já está cheio de perfis, o YouTube já está cheio de canais, então é um pouco mais difícil crescer quem está chegando agora.
Ou pelo menos essa é a impressão que eu tenho e você pode desmentir.
Mas, de toda forma, como você acha, quais que são as melhores estratégias para começar a ter os primeiros seguidores?
A gente sabe que não é necessário ter uma base de milhões de seguidores para conseguir vender o seu serviço, mas também, se você não tiver nenhum não vai adiantar você ficar postando coisa todos os dias ali.
Então, como você vê essa questão?
Carla Basílio: Se a pessoa tiver começando do zero, ela tem que encontrar alguma brecha de mercado.
Por exemplo, vou dar um exemplo aqui do nicho da saúde que eu acho que vai ficar bem claro.
Muita gente conhece o queima de 48 horas, que é um produto de hiit, pode ser feito em casa, etc.
Esse foi um produto que se consagrou e tal.
Depois, começaram a surgir vários produtos parecidos, mas para públicos específicos, por exemplo, o mamãe sarada.
É um programa de treinos que também pode ser feito em casa e tal, só que voltado para mulheres, mães, no caso.
E aí existem outros também voltados para públicos diferentes.
Então, assim, o profissional vai ter que olhar para o mercado dele e pensar, “bom, o que já tem sido feito aqui pelos meus colegas de profissão?”
E aí, de acordo com isso:
- o que tem sido feito;
- o que está faltando;
- o que eu poderia suprir;
- qual é o nicho que não tá sendo muito bem atendido?
E aí pensar: e, quanto mais nichado, melhor.
Por exemplo, eu não vou mais falar de emagrecimento para mulheres, apenas, eu vou falar de emagrecimento para mulheres na menopausa.
Ou eu não vou mais falar de exercício físico, só, ou musculação.
Eu vou falar de treino de força para quem segue uma alimentação low-carb, e aí quanto mais específico você conseguir ser, por incrível que pareça, mais qualificado vai ser o seu público.
E como vocês falaram, você não precisa ter uma rede de milhões de seguidores para conseguir fazer venda.
Na verdade existem muitas pessoas com dezenas de milhares de seguidores que não conseguem fazer, praticamente, venda nenhuma, porque o conteúdo delas não foi estratégico, não foi alinhado com aquilo que elas vendem.
A maioria dos meus clientes tem, assim, em média, né, mil seguidores, mil e pouquinho, e conseguem ter resultados muito bons, tanto para produtos digitais, quanto para os atendimentos deles.
Justamente porque eles segmentam, eles escolhem muito bem um nicho que eles vão atuar, entendem o que que os outros profissionais não estão oferecendo que eles podem oferecer, e encontram essas brechas, na verdade nos cursos, nas mentorias a gente consegue encontrar essas brechas.
Esse é o ponto principal, para a pessoa conseguir se destacar, não adianta ela falar sobre o que todo mundo já tá falando, fazer o que todo mundo já tá fazendo, ela vai precisar encontrar essa brecha, não só no mercado mas na mente das pessoas, usando justamente aquilo que já existe.
Eu vou dar um outro exemplo para ficar mais claro ainda. Se a gente for olhar para o CrossFit, ele não surgiu do nada, não existe nada que faça muito sucesso que surja do absoluto zero. Só na tecnologia, mas no mercado de saúde, de fitness, não.
Se você for olhar, o CrossFit é um contraponto da musculação.
A musculação é o treino tradicional, vamos dizer assim, três de oito, treinar até a falha, etc.
E aí o que que as pessoas reclamavam, ah, é um treino monótono, você faz sozinho, é sem graça, você tem que ficar fazendo por várias semanas.
E aí veio CrossFit e falou, “não, olha, vamos fazer treinos em grupos, cada dia vai ser um treino diferente, os exercícios são dinâmicos”.
Então, eles atenderam uma parcela do mercado que não estava sendo atendida pela musculação, e virou essa febre que é.
Eu, particularmente, amo musculação, até fiz CrossFit por um tempo, mas prefiro musculação.
Porém, existem muitas pessoas que não se adaptaram à musculação e precisaram dessa alternativa.
Você vai olhar para o mercado e vai pensar, “tá, no meu mercado o que que as pessoas estão fazendo, por que que as pessoas não estão conseguindo seguir uma alimentação saudável?”
Muitas não estão conseguindo porque seguem essa alimentação que, infelizmente, ainda é vista como tradicional, de muito carboidrato, etc.
Então, quando você fala de low-carb, você já está indo para um nicho, beleza.
Só que já tem bastante gente falando de low-carb, como é que você pode nichar mais?
Ah, vou falar de low-carb para mães, porque eu sei que mãe tem uma rotina corrida, e aí precisa de receitas mais práticas, e não têm tanto tempo.
Ou então eu vou falar de low-carb para crianças, vou falar de, sei lá… vou falar de low-carb para vegetarianos.
Quantos mais você conseguir especificar em nichos que já se tornaram muito abrangentes, melhor, mais você vai conseguir ser reconhecido como uma referência.
E é engraçado, porque assim, se surgisse hoje alguém que é referência em low-carb para vegetarianos, ou cetogênica para vegetarianos, vocês com certeza iriam entrevistar essa pessoa.
Vocês iriam indicar essa pessoa, porque ela cobre uma parte da cetogênica ou da low-carb, que talvez vocês não tenham se especializado tanto, e não precisam se especializar tanto.
Quando a gente segmenta assim, a gente acha que vão acabar as possibilidades, mas na verdade a gente acaba se tornando referência até para outros profissionais.
O cara que não souber convalidar com pessoa que quer fazer, que é vegetariano e quer fazer low-carb, vai indicar aquele que é referência no assunto.
Fez sentido, gente, para vocês?
Como As Redes Sociais Podem Melhorar A Sua Vida
Roney: Total, fez sim, Carla. Acho que era isso mesmo, eu gostei muito da resposta, achei que ficou bem completa.
A gente já falou bastante aí dos perigos das mídias sociais, de como crescer as mídias sociais para os profissionais.
A gente já falou aqui bastante das mídias sociais, dos perigos, de como evitar roubadas, de como crescer essas mídias sociais, no caso de quem tá querendo anunciar os seus serviços…
E agora, para terminar, como que as mesmas mídias sociais podem ajudar a vida das pessoas?
Tanto de quem está lá querendo melhorar suas finanças, melhorar o seu corpo, melhorar a sua saúde, como de quem está querendo atingir essas pessoas, os profissionais estão querendo divulgar os seus serviços.
Carla Basílio: Para fechar tudo que foi falado, acho importante as pessoas terem essa noção de que a rede social não é onde vai estar o melhor conteúdo de alguém, não é onde vai estar o ouro.
O que você tem que pensar ali é que a informação que está ali é um chamariz para algo mais completo, mais profundo, mais organizado, mais direcionado, de acordo com aquilo que você vai oferecer depois.
Tanto o profissional tem que ter essa noção quando ele estiver produzindo conteúdo, como a pessoa que está consumindo o conteúdo.
Ela não pode achar que lendo 5 posts sobre marketing digital, por exemplo, ela vai se tornar a expert em marketing digital.
Ou alguém que está querendo emagrecer, a pessoa está a anos querendo emagrecer, e tal, ela achar que lendo cinco postagens sobre emagrecimento, ela agora assim vai mudar todos os resultados da vida dela.
Não, não vai. Assim, ela tem que entender que o conteúdo ali pode ser muito legal, muito interessante, mas que existe uma solução completa por trás, e ela tem que buscar essa solução completa por trás.
Roney: Perfeito, Carla. Concordo inteiramente com você. Bom, acho que era isso que a gente tinha para tratar, eram esses os tópicos que a gente tinha pensado.
A gente queria saber se você tem alguma outra coisa para complementar, algum assunto que você acha que ficou faltando alguma coisa.
Carla Basílio: Olha, eu acho que para início de conversa é isso, tem muita gente que fala, “poxa, mas já tava muito tarde para começar a estabelecer uma presença digital e tal”, e a única coisa que eu posso falar para você é: estamos apenas começando.
O problema é que as pessoas acabam se restringindo ao Instagram, o Instagram, Instagram.
E sim, hoje em dia, 2020, a gente tá falando do Instagram, pode ser que ano que vem possa surgir uma outra rede social, mas é um caminho sem volta, e aquilo que você aprende criando conteúdo, estabelecendo uma presença no Instagram, você vai poder levar para outras redes sociais, para outras plataformas.
É um caminho sem volta, a gente precisa entender que a forma como as pessoas consomem conteúdo, compram produtos, contratam serviços mudou.
É só a gente pensar em como a gente se comporta quando vai comprar alguma coisa.
Ah, eu leio os comentários na Internet, para ver se aquilo é bom, eu pesquiso preço, pesquiso os resultados que as pessoas tiveram.
A mesma coisa acontece com o potencial cliente de qualquer profissional que esteja escutando aqui a gente.
Algumas pessoas vão lá no Google e vão pesquisar assim, “nutricionista em não sei aonde, personal não sei aonde”, e depois vão até o Instagram ver se essa pessoa tem um perfil no Instagram — muita gente se comporta dessa forma.
Uma outra parte já vai direto no Instagram, nem pesquisa no Google primeiro.
Então, assim, ter um perfil nas redes sociais, um perfil profissionalizado, que você sabe exatamente o que você está postando, para quem você está postando, com qual objetivo, com um objetivo muito claro, é uma obrigação hoje em dia.
O problema é que as pessoas ainda usam o Instagram muito como ferramenta de diversão, uma rede social para estar ali, para ela ver os amigos passeando ali.
E se ela quer ser vista como referência, quer se transformar numa autoridade, etc., ela tem que mudar, primeiro, essa visão que ela tem de rede social.
Rede social para ela, para essa pessoa que quer captar clientes e estabelecer autoridade online, é ferramenta de trabalho, é ferramenta de marketing dela, ela tem que produzir muito mais marketing de conteúdo que ela consome ali na rede social.
Claro que é um conteúdo como a gente já falou aqui, que é um meio e não um fim.
Mas, para você vender mais do que você compra, você tem que produzir mais do que você consome.
Esse é um ponto que eu acho fundamental.
É claro que marketing não é só a rede social.
O valor que você cobra, a sua comunicação, se você tem estratégia ou não de captação, de fidelização de cliente, a forma como você vende, tudo isso é o seu marco, tudo isso e muito mais pontos fazem parte do seu marketing.
Só que, hoje em dia, a rede social é uma ferramenta muito poderosa quando bem usada, e negligenciar isso é pedir para ser deixado para trás, o que a gente está vivendo, principalmente nessa era de corona crise, etc…
É de fato uma seleção natural.
Quem tá conseguindo se reinventar, se digitalizar, estabelecer uma presença digital, ter até produtos digitais, etc., tá conseguindo se manter, e muitos estão até crescendo com esse problema, estão se sobressaindo.
Agora, aqueles que estão presos ao modelo comum, que trocam tempo por dinheiro, que acham que marketing não é tão necessário assim, que não estabeleceram presença digital, essas pessoas vão ser esquecidas em muito pouco tempo, essa é a verdade.
Ter Uma Presença Online É Uma Forma De Se Proteger Contra O Inesperado
Roney: Com certeza, Carla, com certeza.
Muitas vezes as pessoas ficam confortáveis, onde elas estão. “Ah, eu não vou investir em mídia social porque já tenho os meus clientes”.
No caso de um restaurante, ah, eu não preciso de mídia social porque os meus clientes já são fieis, não sei o que.
Só que você nunca sabe o dia de amanhã, nunca sabe quando vai ter aí uma crise, ou cisne negro, uma coisa que você não esperava que acontecesse. E quando acontecer você não está preparado e tem que sair para correr atrás.
Então, a mídia social… a gente tá numa época que faz parte da vida de quase todo mundo, então não custa nada você já ter, já ir alimentando aos poucos, não ter medo nem vergonha da palavra marketing, todo mundo precisa ter algum tipo de marketing, nem que seja o boca a boca.
As pessoas às vezes se esquecem disso, para ter algum cliente, antes de mais nada, mesmo que seja o cliente no seu consultório, ali no seu espaço físico.
Então, acho que é super importante essa mensagem final que você deixou, e a gente também compartilha dessa opinião de que não está tarde.
Na verdade, tá começando e vai só crescer cada vez mais essa questão. E o importante é começar, não tem o começar tarde, o importante é começar.
Carla Basílio: Exatamente.
Aprenda Mais Com A Carla
Roney: E, Carla, foi muito boa a entrevista, e para quem está ouvindo a gente e quiser saber mais sobre o seu conteúdo, quiser saber do seus cursos, por onde as pessoas podem acompanhar o seu trabalho?
Carla Basílio: Principalmente pelo Instagram da @anatomidia, ou visitando site, baixando alguns conteúdos, alguns e-books, alguns materiais, no anatomidia.com.br.
Também por emails, se alguém quiser entrar em contato, fazer alguma pergunta, querer conhecer um pouquinho mais, fazer alguma pergunta específica, [email protected].
Roney: Perfeito, vai ficar tudo anotado aqui embaixo do seu episódio, e também vamos deixar o link para outra entrevista que a gente gravou, a entrevista 5, lá no comecinho, na qual a gente falou um pouquinho mais sobre saúde fitness e menos sobre marketing.
Carla, muito, muito obrigado pelo seu tempo, pela sua entrevista, pelo seu conhecimento, acho que ficou um episódio super rico.
Carla Basílio: Eu que agradeço, meninos, pelo convite.
Parabéns pelo trabalho de vocês, super consistente, é algo que eu admiro demais nas pessoas que têm sucesso.
Se a gente reparar todo mundo que tem sucesso tem muita consistência, e vocês são imbatíveis nisso.
Que o projeto que vocês têm tenha cada vez mais alcance, cada vez mais sucesso, podem contar com o meu apoio para isso.
A gente tá nessa aí há muito tempo, já viu muita coisa acontecer, já viu muita gente ficar para trás, e enfim, espero que esse conteúdo desperte, pelo menos plante uma semente na cabeça de muitos profissionais, que eles entendam que o trabalho deles precisa desse pilar, que é o marketing, que é saber se posicionar, que é saber oferecer os produtos para realmente a mensagem deles ser levada por um número muito maior de pessoas.
Roney: É isso aí!
Então obrigado mais uma vez, Carla, e obrigado também ao tanquinho e tanquinha que nos escutou até aqui.
Muito obrigado por sua audiência, lembrando que a gente solta episódios novos todas as segundas e sextas-feiras.
E, para você não perder nenhum deles, é importante que você se inscreva e nos siga, a gente está por todos os players de podcasts do mercado.
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A gente se fala num próximo desses episódios. Um forte abraço do Senhor Tanquinho.
OBS: É profissional de saúde e chegou até aqui? Conheça a comunidade Célula da Carla Basílio.
Sensacional!
Bom dia Quezia! Muito obrigado, fico feliz que tenha gostado do conteúdo.
Forte abraço.