Podcast #062 – Colesterol, Longevidade E Alimentação Low-Carb, Com Dr. Fabio Rieger

A partir do momento que eliminamos as doenças associadas ao excesso de peso e ao excesso de carboidratos, automaticamente impactamos nossa longevidade — nós vamos viver mais.”

Viver mais e melhor — de preferência com boa forma física, energia, vitalidade, e com exames perfeitos.

Eu aposto que os itens acima estão na sua lista de prioridades, não é mesmo?

Se sim, você vai adorar o episódio de hoje com o Dr. Fabio Rieger.

Pois, neste episódio, nós vamos falar bastante sobre um dos medos mais comuns (que podem te impedir de vivenciar justamente essa vida longa e plena): o colesterol.

Até porque, se você infartar antes da hora…  hasta la vista planos de ver seus bisnetos crescerem.

Por isso, por mais que o foco deste episódio seja o colesterol e sua relação com a alimentação…

Saiba que nós vamos bem mais a fundo do que isso.

(Embora você provavelmente já fosse se beneficiar enormemente só de conhecer a verdade sobre o colesterol.)

Por isso, recomendo que escute o podcast inteiro.

Para, assim, saber tudo sobre:

  • como o Fabio se interessou por alimentação low-carb (e se livrou da obesidade e da hipertensão no processo),
  • o colesterol realmente é um vilão? Com o que você precisa se preocupar,
  • qual a relação entre nossa alimentação e o colesterol no sangue,
  • comer gordura saturada pode fazer mal? SIM — mas só se você comer este outro alimento junto,
  • seu exame de sangue deu alterado? Saiba a simples conta que você deve fazer para descobrir se está correndo perigo,
  • como a low-carb mudou a maneira que o Fabio vê a medicina,
  • como usar o poder da empatia ao seu favor para inspirar mudanças de hábitos,
  • por que e quando começamos a temer o colesterol (o cientista por trás de tudo),
  • qual a influência da genética nos seus níveis de colesterol,
  • o que é hipercolesterolemia familiar (e o que pode acontecer se você tiver),
  • inflamação: qual a ligação entre a inflamação celular, o colesterol, e as doenças cardiovasculares,
  • como sua alimentação low-carb pode te ajudar a viver mais,
  • os hábitos saudáveis do Dr. Fabio (será que você faz todos eles?),
  • mudança de hábitos, trabalho, sacrifício — será que vale a pena?,
  • a mensagem final do Fabio para você,

e muito, muito mais.

Escute a entrevista toda no áudio abaixo.

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Você pode acompanhar o trabalho do Dr. Fabio Rieger:

A transcrição completa do episódio está disponível abaixo.

Transcrição Completa Do Episódio Com Dr. Fabio Rieger

Aviso: Este podcast também é um oferecimento do nosso curso completo Guia Dieta Cetogênica.

Com ele, você tem o passo a passo para transformar sua alimentação e se transformar na versão mais saudável (e mais em forma) de si mesmo.

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Guilherme: Olá, Tanquinho! Olá, Tanquinha!

Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast. E hoje temos conosco o Dr. Fabio Rieger.  Tudo bom, Fabio?

Fabio Rieger: Tudo bem, é um prazer estar com vocês. Obrigado pelo convite.

Roney: Nós que agradecemos sua presença em nosso podcast. O Fabio, para quem não conhece, é médico e tem um perfil bem ativo no Instagram (@dr.fabiorieger).

Ele já conhecia a gente e falou que aprendeu bastante sobre a dieta low-carb conosco.

Ele em breve irá contar esta história para vocês. E também existe um podcast chamado “Além do bisturi”, que ele mantém com o Dr. Ricardo Schneider.

O Ricardo Schneider foi nossa entrevista da última semana — então, quem tiver interesse também poderá escutar essa entrevista.

Mas agora vamos falar com o Dr. Fabio.

Fabio, se apresente para quem ainda não te conhece.

E depois fale um pouco mais sobre a origem do seu interesse nas dietas low-carb e cetogênica.

Fabio Rieger: Eu sou médico há 20 anos, me formei em 1989, com formação em Ginecologia e Obstetrícia e pós graduado em Medicina do Trabalho.

E, atualmente, estou finalizando a pós graduação em nutrologia.

A minha jornada rumo a dieta low-carb e o interesse em estudar alimentação e vida saudável veio justamente pelo fato de ter sido obeso.

Aproximadamente há 3 anos e meio atrás tinha obesidade grau 1, era pré-diabético e estava fazendo picos hipertensivos.

Então, resolvi mudar de vida e comecei a procurar alternativas que fossem viáveis, nas quais pudesse emagrecer e permanecer magro sem sacrifício.

Apesar que é “sem sacrifício” entre aspas: tudo exige sacrifício e mudança de hábitos.

Então, comecei a estudar sobre dieta low-carb e, coincidentemente, vocês foram um dos inspiradores.

Vocês são um dos primeiros perfis a falar sobre dieta low-carb no youtube e a fazer receitas.

Então, agradeço vocês, que me influenciaram e me ensinaram muitas coisas nesses últimos quatro anos.

E essa é minha história na low-carb, emagrecimento e alimentação saudável.

Colesterol: Será Que Você Precisa Se Preocupar?

Guilherme: Excelente!

Esse foi um bom resumo da sua história.

E trouxemos você aqui para falar sobre uma grande dúvida entre as pessoas que começam uma alimentação low-carb, que é mais pobre em carboidratos e mais rica em gorduras — porque isso é o contrário do que ouvíamos sobre alimentação nas últimas décadas.

E as pessoas preocupam-se com questões do tipo:

  • “eu não preciso de carboidratos para ter energia?”,
  • “se eu ficar sem comer glicose, meu cérebro ficará sem energia para funcionar” e
  • “essa dieta maluca vai me fazer infartar — ela irá me matar”.

Então, vamos falar um pouco, Dr. Fabio, sobre o colesterol.

E o que podemos falar para quem está começando a low-carb e tem medo desse ponto?

Fabio Rieger: Isso é uma questão que recebo muito em consultório a partir do momento que oriento uma paciente a fazer dieta low-carb.

É um dos principais medos.

Cortando carboidratos e estimulando o consumo das carnes, falamos para não ter medo da gordura natural dos alimentos e das gorduras saturadas.

E realmente, o colesterol é um assunto que tem vindo à tona. O medo das pessoas diante dos últimos 50 anos de terrorismo nutricional que tornou o colesterol um vilão.

E posso afirmar, diante de tudo que estudei em relação ao colesterol nos últimos estudos publicados, que muito pelo contrário, o colesterol não é um vilão para nossa saúde, e sim, o açúcar.

O açúcar é o grande responsável pelas doenças cardiovasculares, pela síndrome metabólica, diabetes e várias outras doenças relacionadas à obesidade e ao consumo dos carboidratos.

Rapidamente, o que seria o colesterol?

Ele é um álcool policíclico de cadeia longa, um esteróide, insolúvel em água.

Por isso, ele se liga às lipoproteínas para ser carreado no sangue, e essas lipoproteínas são as de baixa densidade — Low Density Lipoprotein , também conhecidas como LDL — e as High Density Lipoprotein —  que são conhecidas como HDL.

E o colesterol é apenas um vilão? Muito pelo contrário.

O colesterol tem funções muito importantes em nosso organismo.

Dentre suas principais funções, o colesterol forma a parede celular das nossas células, então, todas as células do nosso corpo são constituídas por colesterol.

Apenas essa função já é fundamental para a vida.

Sem o colesterol não haveria vida. além disso, o colesterol é precursor de vários hormônios, por exemplo, os hormônios sexuais como progesterona, testosterona e estrogênios.

Ele também é precursor da vitamina D, juntamente com a ação solar.

E por último, ele é responsável pela formação dos sais biliares, os quais são secretados pela vesícula biliar, auxiliando na digestão de gorduras no organismo.

Então, o colesterol é uma substância crucial para a vida e para o nosso organismo. Sem o colesterol não viveríamos.

Relação Entre Alimentação E Colesterol

Guilherme: Quando você fala sobre o colesterol sendo essencial para vida, muitas pessoas têm confusões entre o colesterol que elas ingerem em alimentos como, por exemplo, os frutos do mar e a gema do ovo, e o colesterol sanguíneo, medido a partir de exames, que pode ficar mais ou menos elevado.

Então, o que seria igual ou diferente entre esses dois “colesteróis”? Qual a relação entre eles? Se ela realmente existir.

Fabio Rieger: Existe. Para demonstrar seu funcionamento, vamos falar sobre o metabolismo do colesterol.

Para vocês terem uma ideia, em torno de 80-85% do colesterol em nosso sangue é produzido de maneira endógena.

Ou seja, nós mesmos produzimos o colesterol sem haver nenhuma relação com a dieta.

Em torno de 10-15% pode estar relacionado com o consumo deles na nossa dieta, principalmente das gorduras saturadas.

E como funciona esse equilíbrio?

O nosso organismo é muito inteligente, então, quando tenho uma dieta que é mais rica em gorduras saturadas (carnes mais gordas, pele do frango, gema do ovo, eventualmente alguns laticínios etc).

Então, quando temos uma alimentação mais rica em gorduras, o que acontece? Terei uma maior absorção do colesterol.

E essa maior absorção do colesterol, faz com que tenhamos um feedback negativo.

Ou seja, nosso organismo é inteligente. Ele detecta o aumento no consumo de alimentos ricos em colesterol, reduzindo automaticamente a produção desse colesterol endógeno, visando manter um equilíbrio nas quantidades de colesterol.

Esse seria o metabolismo básico envolvendo essa forma de equilíbrio.

E o que acontece quando temos uma dieta rica em carboidratos junto com as gorduras saturadas?

Nesse caso, entra o papel da insulina, a qual está relacionada a vários processos negativos, até com a própria obesidade.

E a insulina influencia diretamente nessa regulação do colesterol e nesse feedback negativo.

O que acontece quando como uma quantidade de gorduras saturadas, mas junto me alimento com produtos processados ricos em açúcares e carboidratos?

Eu vou absorver o colesterol na dieta e os açúcares.

E esses açúcares irão fazer o famoso pico de insulina.

A insulina age diretamente na enzima HMG-CoA redutase, a qual é responsável por fazer o equilíbrio entre produzir e não produzir colesterol.

Quando temos pouca insulina, a HMG-CoA redutase é inibida, e ao invés de haver a produção de colesterol, ela desvia a cadeia, levando a produção dos famosos corpos cetônicos, que acontece numa dieta cetogênica, ou em jejum.

Quando temos uma dieta rica em carboidratos com picos de insulina ocorre um desvio contrário, e ao invés de produzir corpos cetônicos, começamos a produzir mais colesterol.

Então, a insulina inibe esse feedback negativo, e além de consumir colesterol na dieta, continuo a produzir colesterol de forma endógena.

E daí sim, uma alimentação rica em gordura saturada, mas rica em açúcares e carboidratos, fará esse feedback ser suspenso e os níveis de colesterol subirem, podendo provocar problemas de saúde.

Colesterol: Por Que Temos Medo Dele

Roney: Queria aproveitar para fazer uma outra pergunta, qual é a origem desse medo em relação ao colesterol, o qual se mantém até hoje para maioria das pessoas.

E se mudar a alimentação, no caso para uma alimentação low-carb — que é o caminho que nós três e a maioria dos nossos seguidores fazem — pode influenciar nos níveis de colesterol.

Fabio Rieger: A alimentação low-carb, a partir do mecanismo que apresentei anteriormente, não provocará picos de insulina.

Então automaticamente, mesmo consumindo uma alimentação mais rica em gorduras saturadas, em carnes e nas gorduras naturais, continuaremos a produzir uma quantidade normal de colesterol.

Tanto que boa parte dos pacientes que realizam a dieta low-carb tendem a ter o colesterol mais baixo ou normal, justamente por não fazerem picos de insulina e ocorrer a inibição da produção do colesterol.

Outro ponto importante, existem dois tipos de moléculas do LDL, que é o famoso colesterol ruim.

  • Existe o LDL do tipo A, que é um LDL de baixa densidade.
  • E o LDL do tipo B, que é um LDL de mais alta densidade.

Esse LDL do tipo A não está relacionado aos eventos cardíacos — ao contrário do LDL do tipo B que está relacionado aos eventos cardíacos.

Então como saber quando devemos nos preocupar caso eventualmente nosso colesterol aumente com uma alimentação low-carb?

Para saber isso, é necessário estar atento aos valores dos triglicerídeos.

Muita gente fala: “não se preocupe, mesmo com LDL alto, se seu triglicérides estiver baixo,  pode ficar tranquilo que não há risco de eventos cardíacos”.

E por que falamos isso? Os triglicerídeos são metabolizados e sobem, principalmente, pelo consumo excessivo de açúcares.

(Explicamos isso no vídeo abaixo.)

Quando consumimos muito açúcar, esses triglicerídeos são armazenados no fígado, e posteriormente, vão para corrente sanguínea sob a forma do VLDL.

O VLDL poderá ser armazenado nas células de gordura ou transformar-se em energia.

Entretanto, o VLDL retorna como LDL do tipo B, estando relacionado ao infarto.

Então, quando seu colesterol está alto, juntamente com o triglicérides e pelo consumo de carboidratos, provavelmente esse LDL é do tipo B, sendo motivo de preocupação.

Mesmo que seu LDL suba, eventualmente, durante uma dieta low-carb, mas seus triglicérides estão baixos, então significa que esse LDL é do tipo A com baixa densidade, não aumentando os riscos cardíacos.

O que é trágico para uma pessoa é consumir uma quantidade excessiva de açúcares e junto ingerir gorduras saturadas.

Pois isso levará à uma produção exagerada de colesterol, triglicerídeos e LDL do tipo B, que seria ruim.

Guilherme: Então, quando uma pessoa para de consumir o excesso de carboidratos, especialmente açúcares e carboidratos refinados, sabemos que os níveis de triglicerídeos irão diminuir.

E isso irá fazer com que a maioria das pessoas que migram para uma dieta low-carb e cetogênica tenham uma melhora nos seus exames de colesterol — e, mais importante ainda, no seu risco cardiovascular. É isso?

Fabio Rieger: Isso, exatamente.

Além da redução de peso que é normal em uma dieta low-carb, você terá uma diminuição dos seus triglicérides, o seu LDL — elevado ou não — será do tipo A, de baixa densidade, que não aumenta risco cardíaco.

Então, numa dieta low-carb teremos uma baixa nos níveis de triglicérides e LDL do tipo B, diminuindo realmente o risco cardíaco.

Outra questão importante e que influencia diretamente nesse metabolismo e que muitas pessoas não sabem, não é apenas a gordura que transforma-se em colesterol, o próprio excesso de açúcar é também transformado em colesterol.

A molécula básica do colesterol é proveniente da substância denominada Acetil Coenzima A, e o metabolismo da glicose também é capaz de gerar Acetil Coenzima A.

Então, o excesso de glicose gera um excesso de Acetil Coenzima A, e automaticamente dessa forma iremos produzir em excesso o colesterol.

Não é apenas, portanto, a gordura saturada.

Não é à toa que vemos pessoas com baixo consumo de gordura, porém se alimentam excessivamente de carboidratos — principalmente os açúcares e farinhas refinados — e essas pessoas têm os níveis de colesterol elevados.

Justamente por esse motivo: o metabolismo da glicose leva a produção da Acetil Coenzima A e aumenta também a produção de colesterol.

Triglicerídeos, Açúcar, E Risco Cardíaco

Roney: Vemos, portanto, mais um motivo pelo qual a diminuição de açúcares e carboidratos também pode levar à redução do risco cardíaco.

Porque o excesso de açúcares influência na produção de colesterol e até mesmo de triglicerídeos.

Fabio Rieger: E sempre lembrando:os açúcares e os triglicerídeos estão totalmente ligados.

Os açúcares são substâncias extremamente inflamatórias e que aumentam o risco cardíaco.

E esse excesso de açúcar — além de aumentar a produção de Acetil Coenzima A e colesterol — também aumenta a quantidade dos triglicerídeos e, esse excesso de triglicerídeos faz com que ocorra um aumento do LDL do tipo B, que está associado a eventos cardiovasculares.

Então fica claro que o problema não é o consumo da gordura saturada, o que faz com que ocorra todo esse desvio para o lado negativo do colesterol e para o LDL do tipo B é o consumo dos carboidratos.

Os carboidratos desequilibram todo o metabolismo do colesterol, levando a produção excessiva do LDL do tipo B que aumenta o risco cardíaco.

A culpa não é da gordura, ela está totalmente relacionada ao consumo dos açúcares e carboidratos.

LDL, Exames De Sangue, E Valores De Referência

Guilherme: Excelente, acredito que sua resposta evidencia o potencial positivo para a saúde que uma dieta com percentuais mais baixos de carboidratos e mais rica em gorduras pode ter.

Porém, muitas pessoas começam a low-carb e aumentam os níveis de colesterol, especialmente de LDL.

Sendo que fomos doutrinados a fugir e temer esses resultados.

E muitas vezes no próprio relatório do exame laboratorial vem escrito quais os valores de referência que seriam “ótimos”.

O que podemos dizer para as pessoas que pegam seus exames e ouvem dos médicos — ou dos próprios valores de referência —  que os valores de LDL estão altos e que isso tem relação com a mudança na alimentação?

Fabio Rieger: Isso é uma situação relativamente comum e infelizmente dentro da medicina atual ainda temos ela muito enraizada.

Eu costumo fazer essa explanação rápida para os meus pacientes, de forma que consigam diferenciar os vários tipos de LDL.

Existe uma fórmula muito simples e que qualquer pessoa pode calcular para podermos saber se os índices altos de LDL nos exames são ocasionados pelo LDL do tipo B — que precisarei me preocupar — ou se são ocasionados pelo LDL do tipo A, não sendo preocupante.

A conta é muito simples: preciso pegar o valor do triglicérides e dividir pelo valor do HDL.

Se essa relação for menor que 1.7 significa que,mesmo tendo o LDL mais elevado, não preciso ficar preocupado.

Ele é um LDL de baixa densidade sem riscos cardíacos.

Agora, eventualmente, se essa conta for maior que 4 ou, pior ainda, acima de 6, muito provavelmente alguma questão está errada.

Ela não está fazendo uma low-carb correta. Está havendo um consumo elevado de carboidratos — e, assim, essa situação torna-se preocupante.

Então é muito simples, dividir seu triglicérides pelo HDL, se der menor que 1.7 está excelente.

Entre 1.7 e 4 ainda é considerado normal, não existindo preocupação.

Dieta Low-Carb: O Susto Que Os Pacientes Levam

Roney: Fabio, imagino que alguns pacientes chegam no seu consultório com o colesterol alto (ou isso é diagnosticado após exames).

Como é a reação inicial deles quando você fala: “é melhor fazer uma dieta um pouco mais restrita em carboidratos e um pouco mais liberal em gordura saturada”.

Eles se assustam ou você tem um jeito diferente em falar  para passar uma outra impressão para eles?

Como é essa primeira reação?

Fabio Rieger: A primeira reação é de susto mesmo.

A maioria dos meus paciente me procuram objetivando um emagrecimento.

Então já são aqueles pacientes que apresentam síndrome metabólica, níveis de colesterol,  triglicerídeos e glicemia altos.

E a reação inicial é de susto: “Esse médico deve ter algum problema, eu estou com colesterol e triglicérides, e o médico está mandando eu cortar açúcar e comer mais gordura saturada!”.

É trabalhoso, estamos batendo contra o sistema, o que vocês que possuem uma grande vivência em dieta low-carb também veem como é difícil mudar esse pensamento!

Tenho diversos amigos médicos que me criticam.

Tenho pacientes que eventualmente consultam com cardiologistas, os quais receitam estatina, e após consultarem comigo novamente, digo que não é preciso fazer o uso deste medicamento.

É muita conversa e orientação.

Por isso tento nas minhas redes sociais passar informações a respeito desses temas: porque num primeiro momento realmente assusta.

Mas a partir do momento que os pacientes vão vendo os resultados após aderirem a dieta low-carb — benefícios para saúde, o emagrecimento, a melhora da disposição — eles começam a concordar, analisar e estudar.

E isto é o mais interessante: a maioria das pessoas que entram numa dieta low-carb torna-se estudioso.

Com muita paciência e dedicação conseguimos convencer que essa é a maneira correta de obter uma vida saudável.

Como Criar Hábitos Saudáveis

Guilherme: E como é o trabalho de mudança de hábitos?

E neste momento não estou dizendo apenas da dieta, mas também sobre quais ferramentas, atitudes e conversas são mais produtivas para ajudar as pessoas a adotarem hábitos mais saudáveis.

Fabio Rieger: Normalmente, as primeiras consultas tendem a ser muito complexas e mais demoradas, buscando mostrar todo esse lado positivo da alimentação low-carb.

Mas muitos pacientes me procuram por terem visto as mudanças dessa dieta em mim.

Então, eu acabo servindo como exemplo, e acho isso muito bacana, pois acabo criando empatia.

Minha relação com a medicina depois da low-carb mudou completamente, assim como minha relação médico-paciente.

Hoje vejo a medicina de outra maneira: ressalto a importância de uma boa alimentação e bons hábitos para a saúde.

Eu sirvo como exemplo e mostro para os pacientes que já fui como eles, descrente — e uso a empatia a meu  favor.

E assim posso dizer que na minha prática diária em relação ao emagrecimento, consigo que grande parte dos pacientes saiam do consultório felizes em seguir a recomendação dietética.

Eles não querem tomar medicações.

E saem crentes de que seguindo uma alimentação e criando bons hábitos vão conseguir perder peso, melhorar a qualidade de vida e melhorar os indicadores inflamatórios.

Então é muita conversa sim, e também mostrar que no dia a dia sou um exemplo.

É dessa forma que consigo convencer. E como disse: eles vendo benefícios começam a acreditar também.

Colesterol: Uma Questão Histórica

Roney: Antes de começarmos gravar, a gente conversou sobre essa questão histórica envolvendo o colesterol.

E queríamos que você falasse a origem desse medo tão arraigado nos dias de hoje com relação a essa temática (colesterol relacionado à ingestão de gordura).

Fabio Rieger: Isso começou mais ou menos na década de cinquenta.

Para ser mais exato, isso tudo piorou muito após um presidente americano, o Eisenhower, que em 1955 sofreu um infarto no dia 23 de setembro.

E logo após esse episódio, ele e seu médico (Dr. Paul Dudley White)  deram uma entrevista coletiva dizendo que o motivo seria devido o hábito de fumar e consumir gordura saturada com colesterol.

Então, eles jogaram isso na mídia.

E, curiosamente, mesmo retirando as gorduras saturadas, ele morreu de uma doença cardíaca em 1969.

Entra também nessa história um médico pesquisador de nutrição de Minnesota, o Ancel Keys.

E o Ancel Keys (ninguém sabe dizer ao certo, mas provavelmente com o apoio do marketing da indústria alimentícia e do açúcar) fez um estudo pegando dados entre 1958 e 1964, o qual conhecemos como “estudo dos sete países”.

Nesse estudo entraram países como Japão, Finlândia, Holanda, EUA, Grécia, Itália e Iugoslávia, sendo publicado em 1970, demonstrando a relação entre o consumo de gordura, colesterol e doença cardíaca.

Curiosamente, ele deixou de fora dois países, Alemanha e França, que comiam pouco carboidrato e muita gordura saturada, nos quais as pessoas não infartavam.

E o Ancel Keys era uma pessoa que falava muito bem, se impunha, e tinha um poder de convencimento muito grande.

E (provavelmente com a indústria alimentícia por trás) ele conseguiu convencer todo o setor médico e nutricional durante todas as décadas subsequentes.

E isso se tornou praticamente uma lei, quem o desafiasse era praticamente destruído.

Não é à toa  que existe um médico, John Yudkin, que escreveu um livro em 1972 intitulado “Puro, branco e fatal”, em que apontava o açúcar como o verdadeiro vilão.

E o Ancel Keys destruiu a moral desse médico.

E desde a década de 1950 até 1990 toda indústria alimentícia, medicina e nutrição falam mal da gordura.

Esse cenário começou a mudar no início dos anos 2000 e agora nessa década, em que começamos a ver alguns estudos demonstrando que “não é bem por aí”.

Até porque tivemos uma queda no consumo da gordura e um aumento no consumo de carboidratos, os quais levaram a piora de quase todos os índices de saúde (obesidade, infarto, diabetes etc.).

Agora que estã vindo à tona, e as pessoas mesmo assim são extremamente criticadas por boa parte do mundo científico quando falam mal do açúcar e que o colesterol não faz mal.

Ainda temos um grande caminho pela frente para conseguir mudar esses 50 anos de terrorismo nutricional.

Essa é a história, tanto o Ancel Keys como o presidente dos EUA fizeram juntos essa revolução com apoio da indústria alimentícia.

Guilherme: Com certeza é muito mais fácil criar e espalhar um mito do que desfazê-lo após décadas e décadas com este mito ocupando o imaginário das pessoas.

Fabio Rieger: Exatamente!

Colesterol E Genética: A Hipercolesterolemia Familiar

Guilherme: E falando em tópicos que confundem as pessoas, queremos te perguntar sobre a hipercolesterolemia familiar.

Você poderia falar um pouco sobre ela, por favor?

Fabio Rieger:  Claro. A hipercolesterolemia familiar (HF) é uma doença genética, inclusive esse tema deu origem a um prêmio Nobel em 1985 para dois médicos norte americanos, Michael S. Brown e Joseph L. Goldstein.

Mas foi em 1973 que eles descobriram a HF, na qual algumas pessoas e famílias teriam a tendência de terem níveis muito altos de colesterol e doenças cardiovasculares em idade precoce (30-40 anos).

Isso seria resultado de defeitos num receptor presente nos hepatócitos — o receptor que tem a função de captar o LDL do sangue e jogar para dentro dos hepatócitos (para ser metabolizado).

Portanto, as pessoas portadoras da HF não conseguem capturar o colesterol presente no sangue e metabolizá-lo.

Então há um acúmulo do colesterol no organismo em níveis altíssimos e, assim, apresentam elevado risco cardíaco.

Não é à toa que grande parte dessas famílias têm histórico de infarto e derrames precoces. Foi em 1973 que houve esse diagnóstico, rendendo um prêmio nobel de Medicina.

Resumindo a questão do colesterol, o que deve ficar claro para as pessoas é que se baseando numa alimentação com “comida de verdade”, menos açúcar, menos processados e farinhas refinadas…

Em suma, numa alimentação low-carb — não é necessário ter medo do colesterol. 

Apenas devem ter medo se, além de comerem as gorduras naturais / saturadas, apresentarem uma alimentação rica em carboidratos.

Isso sim é uma receita para a catástrofe.

Então, uma alimentação low-carb, com comida de verdade, você não precisa se preocupar.

Se isso ficar claro para as pessoas que estão nos ouvindo, já ganhamos a noite.

Inflamação Celular E Doença Cardiovascular

Roney: É verdade! Até porque  muitos desses carboidratos refinados e açúcares são pró-inflamatórios, né?

E aí surge outro motivo de preocupação para as pessoas, muito mais que o colesterol — que muitas das vezes está lá para corrigir esse problema inflamatório dos carboidratos.

Fabio Rieger: Exatamente, os açúcares são substâncias inflamatórias com poder de oxidação.

Como exemplo, pacientes com consumo elevado dos carboidratos  podem ser detectados nos exames de prova inflamatoria (PCR, VHS, ácido úrico etc.).

O açúcar é que é o real vilão da nossa saúde (e faz até cair cabelo).

Roney: E o que seria essa inflamação?

Imagino que as pessoas estejam bastante acostumadas com o termo inflamação quando possuem um machucado ou dor de garganta.

Mas como funciona essa “inflamação interna do organismo”, que é crônica e faz mal, podendo levar a problemas cardíacos no futuro?

Fabio Rieger: O excesso de açúcar causa um processo crônico de inflamação nas nossas artérias, e associado ao LDL ruim ocasionado pelo consumo dos carboidratos, facilitam as lesões de endotélio (que são as lesões nos vasos sanguíneos, principalmente nas artérias).

E com isso vão gerando um acúmulo de gorduras, de células inflamatórias e do LDL denso, os quais aos poucos ocasionam obstruções dos vasos e o aumento do risco de infartos e derrames.

Então, o fato de o corpo estar mais inflamado abre espaço para lesões do tecido endotelial, que seria a parede interna dos vasos sanguíneos.

Fazemos essa oxidação dos vasos — inflamação —, predispondo a trombos e futuramente a riscos cardíacos.

Roney: E como isso se relaciona com o colesterol, que possui muitas das vezes a função de tentar reduzir essa inflamação, e com isso acaba se acumulando próximo às veias perto do coração?

Fabio Rieger: A questão é justamente essa, muito pela densidade do colesterol: o colesterol pouco denso não tem a capacidade de grudar nas paredes das artérias.

Agora, se ele é um colesterol mais denso, o qual não desliza facilmente dentro das paredes dos vasos sanguíneos, ele acaba causando atrito e lesões dentro das paredes do endotélio.

E, aos poucos, isso favorece a formação de trombos com o acúmulo de mais gordura e células inflamatórias.

É um mecanismo relativamente complicado, mas basicamente seria isso.

Guilherme: Com certeza é complicado e não é intuitivo.

Para as pessoas é muito mais fácil pensar: “ah, eu comi gordura, e tinha gordura nas artérias. Então é a gordura que causa problemas cardiovasculares”.

Sendo que nosso corpo não costuma ser tão simplista assim…

Alimentação E Longevidade: Como Viver Mais E Melhor

Roney: Fabio, mudando um pouco o rumo do podcast, entrei no seu site e li uma palavra logo no início: longevidade.

Eu gostaria de perguntar, como todos assuntos que discutimos até o momento e as mudanças nos hábitos alimentares (redução dos carboidratos pró-inflamatórios, aumento do consumo de gorduras boas) podem influenciar na longevidade dos pacientes?

Imagino que esse seja um dos objetivos das pessoas que buscam uma consulta com você: melhorar a qualidade de vida no presente e no futuro.

Fabio Rieger: Como já conversamos, sobrepeso e obesidade estão relacionados com o processo inflamatório crônico e com o consumo de açúcares.

Esse é o primeiro ponto: uma alimentação baseada na redução dos carboidratos e do próprio glúten diminuirá essa inflamação crônica e a possibilidade de eventos cardiovasculares (trombo, infarto e derrame).

Mas não só, a partir do momento que seguimos uma alimentação mais equilibrada com comida de verdade temos uma série de benefícios para o nosso corpo que vão estender nossa vida para além do emagrecimento.

Incluindo a diminuição da pressão arterial.

Até porque a diminuição da sua massa corporal reduz do  trabalho do coração, reduz o impacto do diabetes e as suas consequências (olhos, rins etc.).

Tudo isso impacta de uma forma positiva.

Vocês vão concordar comigo que, junto à dieta low-carb, fazemos um pouco de jejum intermitente

Então a low-carb é um tipo de alimentação que estimula bons hábitos.

Por exemplo, como nos sentimos bem, iniciamos a prática de atividade física (melhora o condicionamento físico, a função cardíaca, a função pulmonar etc.)…

Uma alimentação pouco calórica propicia a renovação celular que favorece a longevidade.

Esse tipo de alimentação está relacionada a diminuição da incidência de alguns cânceres — isso vem sendo estudado.

Todos estes fatores associados (prática de atividade física, perda de peso, jejum intermitente), com toda certeza, irão impactar positivamente na sua expectativa de vida.

A partir do momento que eliminamos as doenças associadas ao excesso de peso e aos carboidratos, automaticamente impactamos nossa longevidade, vivendo mais.

Os Hábitos Saudáveis Do Dr. Fabio Rieger

Guilherme: Com certeza … esses são ótimos hábitos saudáveis para se ter.

Tanto se abster de comer de vez em quando quanto a prática de exercícios, passando é claro por uma alimentação baseada em comida de verdade.

Sabemos que você pratica todos esses hábitos.

Entretanto, queríamos saber quais outros hábitos saudáveis para além desses você inclui na sua rotina, pois sabemos que você passou por uma transformação por meio da low-carb e que muitas vezes isso traz consigo outras atitudes saudáveis.

Fabio Rieger: Eu sigo realmente uma alimentação low-carb, alterando as vezes com uma alimentação cetogênica ou carnívora.

Mas todos esses tipos de alimentação são low-carb.

Sigo essa prática alimentar há mais de três anos, sendo que sempre tinha sido sedentário e após iniciar o emagrecimento fui estimulado a fazer atividade física.

Comecei a frequentar a academia, fazer musculação, passei a jogar tênis novamente — era um esporte que fazia na adolescência e que parei quando estava obeso.

Faço jejum intermitente —  entre 16 a 18 horas por dia. Habitualmente realizo duas refeições diárias: almoço e jantar.

E, fora isso, consigo dormir muito melhor — sendo que consegui reverter um quadro de apneia do sono com o emagrecimento.

Foi dessa maneira que a low-carb mudou a minha vida.

Consegui reverter várias doenças com essa estratégia.

E hoje posso dizer que tenho uma vida saudável, não tomo nenhuma medicação e tenho meus exames bem controlados.

Busco levar para meus pacientes que a mudança é possível e pode impactar muito positivamente a sua vida.

A Mensagem Final Do Fabio Para Você

Roney: Você é mais um exemplo de transformação por meio da alimentação, e imagino que tenha outros inúmeros exemplos entre seus pacientes.

E qual seria uma mensagem final que você deixaria para as pessoas que nos escutou até o momento?

Depois dela, deixe também seus contatos e mídias sociais para que os ouvintes possam entrar em contato com você, ou acompanhar suas postagens e aprender mais sobre esses assuntos.

Fabio Rieger: Eu aprecio que eu possa ser um exemplo para as pessoas diante de todas essas transformações que vivenciei na minha vida.

E não é fácil: mudar de hábitos exige sacrifícios.

Entretanto, garanto a vocês que mudar vale muito a pena.

Ganhamos qualidade de vida, saúde e longevidade. Ganhamos anos de vida!

Então, esse sacrifício de mudar os hábitos será recompensado no num futuro muito próximo.

Vale a pena mudar, e enfrentar os sacrifícios para se adaptar a esse novo estilo de vida.

E é um estilo de vida muito bom em que não comemos mal, comemos muito bem — vocês dois são ótimos cozinheiros (e eu já fiz várias receitas de vocês).

É um estilo de vida que trará apenas benefícios, valendo todos sacrifícios.

E para quem quer me seguir,  a minha mídia principal é o Instagram @dr.fabiorieger.

Possuo um canal no Youtube e uma página no facebook com o mesmo nome.

Sou radicado em Joinville — Santa Catarina. Então quem tiver interesse basta procurar meus contatos no Instagram.

E como vocês já citaram, tenho ainda um podcast com o dr. Ricardo Schneider. Me sigam. E espero ter esclarecido as dúvidas em relação ao colesterol.

Guilherme: Com certeza esclareceu!

Foi bacana, pois falamos tanto sobre pontos que serão importantes para quem está iniciando a dieta low-carb, de forma a ficarem mais tranquilos.

(Por exemplo, o fato de que um aumento do colesterol LDL, mas com HDL aumentando e os triglicerídeos diminuindo juntamente não é motivo para desespero.)

Quanto algumas questões mais avançadas: como os mecanismos do metabolismo do colesterol que muitas pessoas provavelmente não conheciam.

Então, acredito que tenha ficado muito rico.

Gostaria de te agradecer, Fabio, por disponibilizar uma hora do seu tempo para explicar esses assuntos para nossos ouvintes. Muito obrigado!

Fabio Rieger: Eu que agradeço! Foi um prazer… Garanto que boa parte do que me tornei até hoje tem a responsabilidade de vocês.

Vocês serviram de exemplo para mim e hoje tento fazer o mesmo…

Vocês foram fundamentais para o surgimento desse novo doutor Fabio.

Roney: Ficamos muito felizes por saber que ajudamos na sua mudança de vida e que você repassa para outras pessoas.

É muito gratificante, afinal é por isso que fazemos esse trabalho.

Então, muito obrigado pela sua presença, o episódio ficou incrível!

Fabio Rieger: Sempre me coloco à disposição quando precisarem para outros assuntos, podem contar com minha presença!

Guilherme: Muito obrigado pela disposição! 

Reforço as palavras do Roney, ficamos muito felizes e honrados por termos feito parte dessa transformação, e imagino que você se sinta igualmente emocionado quando impacta e ajuda quem te segue e seus pacientes.

E para quem não segue o dr. Fabio, fica aqui a dica: sigam!

Obrigado a todo mundo que escutou e escuta a gente.

E lembrando que toda segunda-feira tem episódios novos. 

Alternamos entrevistas com especialistas com episódios em que somos somente eu e o Roney falando sobre tópicos de interesse.

Vale a pena você escutar todos!

Para isso é só você se inscrever na sua mídia favorita, pode ser:

Seja qual for sua mídia favorita, o nosso podcast está lá!

A gente se fala na segunda-feira que vem.

Um forte abraço, do Senhor Tanquinho.

6 comentários em “Podcast #062 – Colesterol, Longevidade E Alimentação Low-Carb, Com Dr. Fabio Rieger”

  1. Muito obrigado pelo link da matéria, caras.
    O doutor Fabio sanou todas minhas dúvidas e ainda aprendi que existe dois tipos de ldl.
    De qualquer forma é só cortar os carboidratos refinados e os açúcares em geral que o colesterol fica perfeito. e boa essa fórmula para calcular se o ldl é do tipo B ou A.
    Assim fica mais fácil saber se as coisas estão bem.
    Muito obrigado novamente, Guilherme e Roney. Vocês são feras!

    1. Guilherme e Roney

      Oi Robb, tudo bom?

      Exatamente – foi uma verdadeira Aula do Dr. Fábio!

      E vemos que ao final, tudo leva ao mesmo caminho: comer comida de verdade, não ter medo gordura natural dos alimentos e fugir dos carboidratos refinados a qualquer custo!

      Forte abraço!

  2. Gostaria de saber se uma vez que ja tomo medicaçao para colesteril e pressão alta, seguindo a dieta, como é feito o diagnostico para suspensao dos medicamentos e comprovaçao que o corpo esta equilibrado e nao precisa mais deles.

  3. AUREA WROBLEWSKI STARKE

    Boa tarde, li o artigo sobre o colesterol.
    tenho uma dúvida. Ldl era ano passado 347 o total deu 427,8 HDL 65 trigliceridso 79,2
    Mas sou uma pessoa que como pouco farinha e quase nada de acucar. me alimento bem, muita verudra muita fruta pouca carne. faço a 20 anos atividade fisica , venho trabalhar de bicicleta. anocoma nada de pacote. saldinhso bolachas nada disso.
    como explicar este colererol tao alto. tenho 60 anos a peso 1.63.

    1. Bom dia Áurea, tudo bom?

      Em primeiro lugar, obrigado pelo comentário.

      Mas vale lembrar que inúmeros fatores determinam os números do colesterol, incluindo estresse, genética e alimentação próxima a coleta da amostra de sangue. A gente não tem como apontar a distância as causas dos números do seu exame.

      De toda forma, com certeza aumentar o consumo de carne, ovos, azeite e gorduras naturais, e zerar o consumo de farinha e açúcar, iria melhorar muito a sua saúde cardiovascular.

      Espero ter ajudado – forte abraço!

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