No episódio de hoje, conversamos com a Paty Ayres.
A Paty é uma entusiasta do estilo de vida low-carb / cetogênico, e graças a essa paixão por estudar já está concluindo a graduação em nutrição.
Durante a entrevista, falamos sobre:
- a história da Paty de resistência a insulina e dietas sofridas,
- como ela conseguiu superar esses problemas (e você pode superar também),
- como separar o que é fome real e o que é “vontade de comer”,
- os benefícios da dieta cetogênica,
- por que não tem problema comer ovo com gema mole,
- qual o problema com as medições de corpos cetônicos,
e muito, muito mais!
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Transcrição Completa
Guilherme: Bem-vindo a mais um podcast do Senhor Tanquinho. Eu sou o Guilherme.
Roney: E eu sou o Roney. E aqui a nossa missão é deixar você no controle do seu corpo.
Guilherme: Olá, Tanquinha! Olá, Tanquinho!
Sejam bem-vindos a mais uma edição do nosso podcast.
Roney: E hoje a gente conta com a presença da ilustre Paty Ayres.
Oi, Paty, e aí, tudo bem?
Paty Ayres: Tudo joia, gente. Beleza?
Guilherme: Paty, para quem não te conhece, para quem não acompanha os grupos de Facebook, não lê o Blog do Souto – se é que existe alguém que não lê – conta um pouco de você.
O que as pessoas podem querer saber? Como você se interessou por esse estilo de vida?
Paty Ayres: Pois é, assim, na verdade eu sempre tive problemas com essa questão de peso. A minha família toda tem problema e luta contra a balança. A gente sempre brigou com a balança, então eu sempre pesquisei sobre o assunto, sempre gostei do assunto e aí um belo dia nessas pesquisas, nessas idas e vindas (porque eu não sei se vocês sabem, eu já fiz milhares e milhares de dietas, como todas as pessoas que têm problema com peso)…
Então eu já contei calorias, já contei pontinhos, já fui vegetariana, já fui vegana, já fui crudívora, já fiz de tudo… e aí um belo dia estudando sobre o assunto, caiu um livro do Doutor Atkins na minha mão e eu comecei a ler aquilo ali porque o Atkins é fantástico. Titio Atkins é maravilhoso! E ele fala muita coisa baseada em ciência mesmo.
Lendo aquelas coisas, eu entrei nos grupos de Atkins e nos grupos de Atkins falavam de Paleo e Low Carb e aí eu fui atrás do que era isso. E ainda bem, quando eu fui atrás disso, eu caí no Blog do Doutor Souto e aí eu digo que aquilo ali para quem gosta de estudar, para quem gosta de ciência, aquilo é um oásis, né?
Guilherme: Com certeza.
Paty Ayres: E quando eu caí ali, eu nunca mais saí. Dali eu nunca mais saí. Aí desde então eu estou nessa empreitada de Low Carb.
Roney: Eu tenho a impressão que o Doutor Souto é o caminho para a maioria das pessoas aqui no Brasil, quem fala português, a entrar nesse mundo Low Carb. Parece que todo mundo sempre tem uma passagem por ali.
Paty Ayres: Para quem gosta de ciência é impossível não conhecer o Doutor Souto. É impossível.
E depois disso, eu tenho assim, uma resistência muito grande à insulina, uma dificuldade muito grande em emagrecer e pesquisando mais sobre o assunto eu descobri a Cetogênica e comecei a me apaixonar mais ainda por todas as nuances da cetose.
Então é um assunto que eu gosto, que eu gosto muito, a Low Carb, Cetogênica também e por culpa dele, eu falo que ele é o culpado, eu comecei a fazer Nutrição por conta disso.
Roney: Você está cursando Nutrição no momento? Está em que ano?
Paty Ayres: Eu estou no último período. Esse ano eu me formo e aí eu vou começar já atender. Do meio do ano para a frente…
Roney: Olha só, que maravilha!
Paty Ayres: Não vejo a hora, gente!
Roney: Mais uma Nutri Low Carb é muito bom! É sempre bom ter profissionais atualizados.
Paty Ayres: Verdade!
Guilherme: E fala, Paty, de todas essas dietas que você fez, que você citou várias: vegetariana, crudívora, vegana… o que você achou de mais diferente quando você mudou para Atkins e depois para a Cetogênica e Paleo? O que você acha que separa esse tipo de alimentação das outras que você já tinha tentado antes?
Paty Ayres: Olha, assim, o principal mesmo é que você não passa fome.
A pessoa que tem que lidar o tempo inteiro de ficar se vigiando e contando calorias, vigiando o que pode, o que não pode; olha, isso é muito triste, gente. É muito triste. Isso é muito dificultoso e só piora a situação.
Essa coisa de ter que comer de três em três horas… por exemplo, eu nunca gostei de café da manhã, então quando falava assim: “É obrigado tomar café”, aquilo para mim era um suplício, sabe? Era um desespero e ter que sair com uma barrinha de cereal na bolsa… ai, olha… É uma espécie de controle muito desnecessária e não é nem natural, né? Não é nem natural.
Então assim, todas essas outras dietas eu não vejo outra saída para quem quer fazer esse tipo de controle, que não seja realmente isso: anotar tudo, e pesar, e controlar, e comer de três em três horas… porque você sente fome mesmo, o tempo inteiro, porque não é uma coisa que te satisfaz, que te deixa bem, né?
Então, acho que o pior de tudo era isso e aí quando eu li Atkins, quando eu comecei a ver Low Carb, falei: “Nossa, eu NÃO PRECISO comer quando eu não tenho fome, que maravilha! E quando eu tenho fome eu posso comer sem ficar contando quantidade, pesando e medindo… nossa… É só fazer as escolhas boas, as escolhas certas. É isso?”.
Então assim, era até simples. É ridiculamente simples. Chega a ser constrangedor. O Doutor Souto fala isso: “Constrangedor de tão simples que é a Low Carb”. Então isso para mim foi assim, uma… Eu sempre falo isso para as pessoas: para mim foi a libertação, sabe? Foi uma sensação de liberdade maravilhosa.
Guilherme: Com certeza.
Essa questão do simples é muito interessante.
Porque muitas vezes a gente tem essa impressão de que algo, para funcionar, tem que ser complexo, ter várias camadas de explicação e um monte de preocupação com mecanismo de como as coisas são, só que muitas vezes é o simples que funciona, até porque o simples é mais fácil de você seguir no dia-a-dia.
Paty Ayres: Pois é!
E a gente vai pensar nos nossos ancestrais… não precisa nem pensar na época Paleolítica. Se a gente pensar nos nossos avós, que geralmente também eram refeições simples, repetitivas, não tinha uma coisa muito elaborada, uma coisa super complicada e eles viviam bem, tinham uma saúde boa, né? Se a gente for pensar nessas coisas todas…
É que eu acho que às vezes o ser humano pensa que para ter algum ganho, ele tem que sofrer: “Ah, tem que ser um trem sofrido, tem que ser um negócio suado. Se não for assim não presta!”, quando na verdade, na maioria das vezes, na grande maioria dos casos, não é assim.
Guilherme: É verdade, Paty.
Você me lembrou quando eu comecei a mudar a minha alimentação, parei de comer de três em três horas, tirei os carboidratos refinados… eu estava seguindo a dieta Slow Carb na época, foi a primeira que eu conheci. E eu lembro que, para mim, foi uma superação o fato de poder comer até eu ficar saciado. Nada de sair da mesa com 70% de fome. Tinham umas histórias assim antes.
E eu lembro que um amigo meu falou: “Mas isso nunca vai dar certo! Você come cada pratão!”, eu falei: “É, eu como”, aí ele falou: “Mas você tem que passar fome para emagrecer” e na época eu também achava isso, mas eu não estava passando fome e estava emagrecendo.
Paty Ayres: Gente, tinham umas estratégias, eu lembro assim, louquíssimas, né? “Ah, coloca num prato menor para você ter a sensação de que você está comendo muito…”, sabe aquelas coisas que, gente, para que complicar tanto, meu Deus?
Guilherme: Ah, e também tinha aquela de tomar, não sei, meio litro de água logo antes da refeição para ficar mais cheio… Mas depois não podia tomar água junto com a refeição!
Paty Ayres: Isto! Você ficava mais cheio, ficava saciado…
E eu acho que essas coisas todas, gente tem, sei lá, 50 anos que esse sistema vem emburrecendo a gente, na verdade, porque foi ensinado o tempo inteiro que você tem que comer de três em três horas, tem que comer isso ou aquilo, não pode isso, isso; que muitas pessoas, a gente que vive nessa blogoesfera, dos grupos e tudo… a grande dificuldade das pessoas de perceber o que é fome, do que não é fome, do que é estar saciado, do que não é estar saciado…
Eu já tive muitas pessoas perguntando: “Paty, mas o que é fome?”, eu falo: “Nossa, que coisa absurda, né?”. A gente foi tão condicionado esses anos todos a comer tudo do jeito que as pessoas mandam, que nós esquecemos de olhar para a gente e entender o que é fome… complicado isso.
Roney: Verdade.
Nesse ponto uma coisa que nós falamos para as pessoas é: “Pensa numa comida que você não gosta muito e pensa…
Paty Ayres: Essa estratégia é ótima!
Roney: … se você comeria ela.
Eu acho até que você ou a Nanda Muller que citou na palestra também alguma coisa semelhante.
Eu falo do caso do ovo cozido, que é uma comida que eu peguei um pouco de trauma uma época que eu comia muito… hoje em dia já passou, mas…
Paty Ayres: E devia ser sem sal, né? Ovo cozido, sem sal, para ser… porque sal também não pode, senão mata todo mundo, né? Infarta.
Guilherme: E também com a gema bem dura!
Paty Ayres: Olha, uma outra coisa que eu acho que é interessante também, é que assim, muitas vezes como essa lavagem cerebral é muito forte, às vezes as pessoas confundem fome com sede, que é uma coisa comum também. Então ela está com alguma sensação, ela acha que aquilo é fome e às vezes pode ser simplesmente sede, então eu também falo para o pessoal: “Deu essa sensação? Bebe alguma coisa”. Alguma coisa não calórica, claro. Um chá, um café, uma água, enfim, bebe alguma coisa e dá uns minutinhos. Espera uns 10, 15 minutos. Se continuar, é fome!
Aí você pensa assim, é o que você falou, pensa no que você não gosta de comer muito. Eu, se pensar em ovo cozido, eu vou comer porque eu adoro ovo. Amo ovo. Mas uma coisa que você não curte muito comer, uma coisa meio insossa. Se você salivar, é porque está com fome.
Guilherme: É a resposta do corpo, né? Você não tem que ficar: “Mas quantas horas será que faz?” nada de ficar fazendo conta.
Paty Ayres: Não! Não precisa fazer conta. O corpo da gente é muito inteligente.
Roney: A gente costuma subestimar a inteligência do nosso corpo achando que ele vai queimar músculo, que precisa ficar pondo ele no relógio…
Paty Ayres: Verdade.
Roney: Mas não bem é assim, senão a gente não teria chegado até aqui, em primeiro lugar.
Paty Ayres: Então, né? Quando as pessoas começam a falar: “Nossa, mas eu não vou comer um café da manhã bom, reforçado?”, eu falo: “Gente, pensa bem, como é que a gente estaria aqui agora se nossos antepassados, das cavernas… o que ele fazia? Acordava de manhã e abria a geladeira e falava: ‘Bom, o que eu vou comer hoje? Deixa eu ver se tem uma plantação de biscoito por ali ou um pezinho de pão para eu poder pegar…”. Não!
Roney: Exatamente.
E por que você acha que as pessoas têm querido cada vez mais aderir a Dieta Cetogênica? Qual você vê como grandes vantagens da Cetogênica que fazem as pessoas aderirem bem a ela?
Eu acho que você até citou não sentir fome, é um dos grandes fatores…
Paty Ayres: Sim. Eu vejo que a Cetogênica tem despertado muito interesse das pessoas, mesmo porque quando nós vamos olhar Atkins, o Atkins era basicamente Cetogênico, né? A Dieta Atkins era bem Cetogênica e a questão da saciedade na cetose é uma coisa impressionante e a simplicidade também eu acho que é uma coisa que cativa também demais na Dieta Cetogênica.
E, assim, os benefícios que quem está em cetose se sente bem disposto, se sente ligado, sabe? Quem está em cetose entende o funcionamento do corpo muito bem, consegue lidar melhor com essas questões de alimentação, começa a comer menos calorias sem perceber, naturalmente.
São coisas que a Low Carb também traz para a gente e muitas pessoas, às vezes, estão em Low Carb, tem um nível bem reduzido de carboidratos, às vezes elas estão em cetose, só não estão sabendo, só não estão medindo, só não estão controlando, entendeu? Mas acontece! Acontece. Todos esses benefícios acontecem, entendeu?
Guilherme: Com certeza.
Acho que um benefício que acontece, eu já verifiquei comigo e vejo relatos de algumas pessoas também, é que com níveis mais baixos de carboidratos, mais para o Cetogênica e não tanto para uma Low Carb mais liberal, diminui muito a vontade de doce também.
Paty Ayres: Sim, a questão dos corpos cetônicos, eles saciam. Eles saciam e as pessoas relatam isso: “Eu consigo ficar no controle”. Até têm várias opiniões sobre essa questão de restrição para quem tem problemas com compulsividade, mas na maioria dos casos, as pessoas que fazem Cetogênica relatam que elas se sentem mais no controle da situação, que é o que eu falei, elas conseguem lidar melhor com essa questão da alimentação, de não ter o abuso. Para muitas pessoas a Cetogênica é uma solução para isso.
Roney: E por outro lado tem algumas pessoas que logo num primeiro momento que ouve falar de Low Carb/Cetogênica, já pensam: “Nossa, mas isso é muita restrição! O que eu vou comer nessa dieta?!”. O que você costuma dizer ou pensar quando você vê alguma coisa desse tipo?
Paty Ayres: Isso é muito engraçado, sabe? Porque vocês também que vivem pela blogoesfera, vocês já devem ter ouvido falar disso. Às vezes tem gente lá no blog que fala: “Olha, eu agora que estou em Low Carb, estou em cetose, eu como mais vegetais do que quando eu não fazia dieta”. Então você vê: “Cadê a restrição?”.
Na verdade, eu penso que Cetogênica é uma dieta, sim, de escolhas inteligentes. Não é uma questão de ultra restrição. Vegetais de baixo amido você já vai optar por eles normalmente numa dieta Low Carb, né? Agora, vai ter que restringir um pouco mais de frutas? Vai, vai precisar restringir um pouco mais de frutas, mas é uma coisa que você vai falar: “Nunca mais eu vou comer nada?”. Também não! É uma questão das escolhas inteligentes. Se tem um dia que você realmente quer comer uma fruta que é um pouco mais doce e tal, você vai maneirar nas outras coisas, né? E que eu vejo que não é muito complicado e nem muito diferente assim da Low Carb.
Então eu fico olhando assim, a restrição está onde? Porque a pessoa quando tinha problema com peso e que… todo mundo que tem problema com peso não restringia nada. Muito pelo contrário.
Por exemplo, tem gente que fala assim: “Ah, mas eu não vou poder comer fruta?” “Mas você comia fruta todo dia?”. “Não”. “Então por que agora quer comer fruta todo dia, toda hora?”. As pessoas quando começam a fazer dieta começam a caçar coisas, querem fazer coisas que elas nunca fizeram, às vezes.
Guilherme: É verdade.
Paty Ayres: “Ah, porque é saudável! Fruta é saudável!”. “Ok, mas verduras também são saudáveis, hortaliças também são saudáveis e não têm o açúcar que as frutas têm. Então se o seu problema agora é o açúcar, por agora não vai ser possível isso, né?”.
Precisa ter as escolhas inteligentes.
Guilherme: Com certeza.
E uma coisa que nós vemos quando as pessoas se queixam disso, parece que elas reclamam de uma aparente falta de variedade na dieta, mas se você for ver a dieta que elas seguiam antes, provavelmente não era mais variada que uma Cetogênica pode ser.
Eles comiam todo dia arroz e feijão, uma carne ou um macarrão. No café da manhã sempre pão com leite. Não tem muita variedade. Às vezes um suco. Não é um festival de variedade! E também na Cetogênica você não está restrito em variedades nos tipos diferentes de vegetais, de carnes, de ovos, de jeitos de preparar.
Paty Ayres: Exatamente!
Gente, quando você falou que não gosta de ovo cozido, né? Quem não gosta de ovo?
Roney: Eu tive essa fase, mas agora já superei, estou comendo normalmente hoje.
Paty Ayres: Mas beleza, você não gostava do ovo cozido, mas quantas variedades de ovos a gente pode ter?
Roney: Exatamente.
Paty Ayres: Quantas variedades de ovos, não, gente, desculpa. Quantos modos de preparar ovos, né? A gente tem zilhões de formas, então assim, é o que eu digo: “O que é mais monótono: comer pão de 10, 30, 40 mil grãos? É tudo pão, tudo é pão. Margarina é tudo margarina. Leite é tudo leite. Agora ovos. Vamos pensar em ovos. Você pode fazer mexido, você pode fazer cozido, você pode fazer estralado… Quer dizer, mistura com queijo, coloca um vegetal, faz uma gemada, que é uma delícia, faz com ovo inteiro”.
Quer dizer, poxa, é muito mais rico, assim, eu penso que realmente essa questão que falam que é monótona, que é limitante, eu não consigo enxergar isso.
Guilherme: Nós temos até um vídeo lá no canal, que a gente mostra a nossa lista de alimentos, a gente mostra um monte de vegetal e as pessoas… a ideia foi fazer até um brincadeira com: “Ah, essa dieta é só carne” e aí tem a mesa lá e em cima um monte de vegetal, só os que a gente compra, sem contar os que estão na feira e nós não compramos, estão no mercado e nós não compramos e fala: “Poxa, só carne, né?”. Não tem como ser monótona.
Paty Ayres: Não, não tem.
Roney: Essa questão que você falou do ovo de gema mole, que a gente está falando aqui, da gemada, também é uma coisa que gera bastante polêmica no pessoal.
Paty Ayres: Ah, gera uma controvérsia isso, meu Deus do céu! Meu coração corta quando eu vejo assim: “Tira a gema”, eu falo: “Não! Não faça isso, por favor! Não!”. Me corta o coração. E também a questão da gema mole, de todo o problema de “Não pode”. Novamente os “Não pode”, né, meninos? Não pode, não pode, não pode.
Eu não sei vocês, mas eu não sou uma pessoa novinha, né? A minha família é mineira e mineiro tem uma tradição com comida que é uma coisa de família, histórica, é uma coisa assim. Eu não sei quantas vezes na vida a minha mãe já fez aquele ovinho cozido mole para eu comer de manhã. Mole mesmo! Eu não tenho problema nenhum com isso. Tem gente que olha e acha nojento e tal, mas gente, é uma forma super gostosa de comer ovo, super delicioso. É muito gostoso!
Roney: Ovo frito de gema mole nem se compara com quando fica aquela gema dura.
Paty Ayres: Gente, eu gosto de tudo meio cru, sabe? Carne, eu posso morder o boi no pasto que eu acho delicioso. O ovo, para mim, quanto mais cruzinho, mais gostoso. E fazer essas coisas, então, gemada e tal, nossa, eu acho uma delícia!
Guilherme: E por que as pessoas acham que não pode a gema mole e por que elas estão enganadas com essa proibição absoluta da gema, Paty?
Paty Ayres: Então, eu acho que por aquela questão da salmonela, né? As pessoas têm aquele medo da salmonela, mas a salmonela não é só pela casca do ovo. Não é só isso. Ela também pode ser através de verduras mal lavadas, então quer dizer, eu acho que arriscado é viver. A gente vivendo tem riscos de um monte de coisas, né? Mas se é demais e tal, dá uma pasteurizada no micro-ondas, que é rapidinho e, enfim… se você acha que realmente tem problema com isso e tudo, faz isso, mas pouco tempinho de cozimento você já neutraliza isso e ainda assim pode aproveitar a sua gema mole.
Roney: Perfeito.
Inclusive, uma época, eu tinha parado de comer gema mole. Isso não tem a ver com o ovo cozido, mas enfim, eu tinha parado de comer gema mole eu voltei a comer gema mole, sei lá, no ano passado, depois de ver em algum lugar que você falava sobre isso. Acho que foi na entrevista para o Mojo Já.
Paty Ayres: Ah, deve ter sido!
Guilherme: O Guilherme sempre comia com gema mole também e aí eu falei: “Ah, vou voltar a comer também, que não tem problema nenhum”. Risos.
Paty Ayres: Ah, mas é muito mais gostoso, gente!
Guilherme: Muito mais!
Paty Ayres: Igual carne, eu sempre falo: “Não mata o bicho! Não termina! Deixa meio vivinho! É tão bom!”.
Guilherme: Muito bom, Paty!
Nessa questão dos iniciantes, eles podem se assustar com esse tipo de conselho… não é nem um conselho, mas esse tipo de observação de que as pessoas comem as coisas… não uma gema dura, não jogam fora a gema, mas também por estar mais popular essa dieta, tem muito mais gente falando sobre Cetogênica/Low Carb, inclusive gente que não sabe muito bem o que está falando.
Qual é o engano muito comum que você vê para os iniciantes nesse estilo alimentar?
Paty Ayres: É, vocês mesmos já citaram um que é a questão da restrição: “Ah, essa dieta é extremamente restritiva” e esse é um dos enganos.
Eu não sei, talvez assim, um outro engano comum seja a questão das frutas: “Nunca mais vou comer fruta na minha vida”, sendo que foi o que eu falei, dá para fazer escolhas inteligentes. Você não tem que se limitar a esse ponto. E são frutas gostosas, falando em Low Carb, você pode até comer mais frutas do que a Cetogênica. Pode comer mesmo, por exemplo, uma laranja, de preferência como sobremesa, depois do almoço.
E, deixa eu pensar, o que mais, hein, gente? Talvez a questão da cetoacidose. A questão da cetoacidose talvez, isso é bem complicado.
Doutor Souto fez um post muito bom sobre cetose, quebrando esse paradigma da Dieta Cetogênica causar a cetoacidose, mas é impossível alguém que não tenha Diabetes tipo 1, tenha um pâncreas completamente dançado, ter cetoacidose, então assim, é só nesse caso mesmo.
E, infelizmente, isso a gente vê às vezes na faculdade falando. Profissionais da área de saúde falando. Gente, é fisiologicamente impossível para qualquer pessoa que tenha um pâncreas funcionando minimamente…
Guilherme: Porque o mínimo de insulina já resolve.
Paty Ayres: Sim, é impossível! Então assim, ou é um diabético tipo 1 que não tratou nada, ou um diabético tipo 2 que está ficando muito mal, entendeu? Mas fora isso, impossível. Impossível. Então esse é um paradigma que o Souto também falou bem sobre ele – o post do Souto falando sobre cetose é muito esclarecedor também.
Eu acho também que tem a questão da: “Ah, não dá para viver sem carboidrato!”.
Guilherme: A questão de eles serem essenciais, você diz?
Paty Ayres: Não. “Carboidrato é energia! Não dá para viver sem!”, né? E aí eu volto naquela mesma questão: Tá bom, pensando evolutivamente, não tem como a gente falar de Biologia, de Bioquímica, sem falar em evolução. Como é que a gente estaria vivo aqui agora?
Então não é assim. Nós não existe carboidrato essencial e também aí eu não estou falando que você não vai comer carboidrato. Não, não é isso. São, novamente, as escolhas inteligentes que nós precisamos fazer para podermos ganhar saúde e manter nosso corpo bem, nosso corpo legal.
Roney: E acho que também tem o medo das pessoas de comer muita gordura. Não que é muito, mas é muito para o que elas estavam acostumadas ou sempre ouviram falar. Pode ser um choque num primeiro momento.
Paty Ayres: Pode. E aí eu vejo que é outra coisa, aquilo que eu estava conversando com vocês, se a gente for falar com os nossos avós, falar: “Você não pode comer muita gordura”, ele vai perguntar: “Mas o que é muita gordura?”. Porque, com certeza, eles nunca pararam para pensar que eles estariam exagerando em alguma coisa, se eles simplesmente estavam comendo comida. Se é comida de verdade, gente, não tem nem o que falar, né? Não tem muito o que se preocupar.
Guilherme: É só ver algumas gerações atrás, se alguém jogava fora a pele do frango, a gema do ovo… esse desperdício não existia.
Paty Ayres: Jogar a pele do frango fora devia ser passível de processo. Pururuca de frango, gente! Tem coisa mais gostosa do que aquilo?!
Guilherme: Não tem.
Paty Ayres: Lá em Minas a gente disputava as pelinhas de frango no tapa! Porque a minha avó ia fazendo aquilo, assim, ela pegava o frango, fritava o frango primeiro, aí ela tirava a pelinha e depois ela continuava refogando e aquilo ali ficava na beirada do fogão, ah, aquilo ali era coisa de honra para o avô. Se alguém mexesse naquilo ali, aquilo seria um crime!
Roney: Com relação à faculdade, você falou que ainda ensinam o conceito errado de cetoacidose, você sofreu muito lá, ou teve que engolir muita bobagem? Porque você já tinha esse conhecimento antes, né?
Paty Ayres: Já.
Eu tive pouquíssimos professores que, aliás, essa é uma dica legal para quem está começando a fazer Nutrição agora, sabe? Não vá de encontro aos seus professores. Isso é uma bobagem. Eu acho que por mais que eles estejam, de certa forma, enganados, a gente tem que ter respeito por quem passou anos e anos estudando e está ali na frente da gente.
Então eu nunca bati de frente com os meus professores. Pelo contrário, porque eu chegava, eu ia conversar, eu trazia os artigos, falava da minha posição, mas de uma forma científica. E assim, eu vou te falar que nesses anos todos, se eu tive um ou dois professores que não foram muito com a minha cara, foi demais. A maioria gostava de conversar, gostava de discutir, apesar de continuar ensinando o que precisa ser ensinado, né? De continuar preso no paradigma da pirâmide e tudo.
E olha que, assim, foi no meio do meu curso, logo no começo do meu curso, que saiu o novo Guia Alimentar Brasileiro que foi um avanço maravilhoso. Maravilhoso.
Guilherme: Tchau, pirâmide, né?
Paty Ayres: É! E ele foi considerado o melhor guia do mundo, sabe? Então assim, se você for olhar para o guia, eu acho que uma Nutricionista Low Carb consegue, sim, trabalhar bem com muitas coisas ali do guia, sabe?
Então assim, eu não posso reclamar. Eu não posso reclamar porque eu tive professores maravilhosos, que entenderam a minha posição e era muito legal porque às vezes estava dando aula e falava alguma coisa assim, que não era muito, que não casava muito com a Paleo ou com a Low Carb, olhava assim para mim: “Mas eu sei que existem outras abordagens…”. (Risos.)
Então era muito gostoso ver isso e poder discutir com eles a nível científico. Muitos me pediam artigos, muitos começaram a ler o Blog do Doutor Souto… porque eu não acho que é brigando e partindo para cima… eu não acho que é por aí, sabe?
Guilherme: Com certeza.
Acho que você, abrindo mão dessa postura de combate, conseguiu criar um diálogo, ao invés de criar anos e anos de um batendo de frente com o outro.
Paty Ayres: E foi muito legal. Esse é o último semestre e eu não tenho, até agora, eu não tenho nada a reclamar. Nada a reclamar.
Guilherme: Ah, que ótimo.
Roney: Maravilha.
Guilherme: E você mencionou o Blog do Doutor Souto, que nós sabemos que é um site super legal e super bem escrito e você tem o Pérolas do Doutor Souto. Conta para a nossa audiência um pouco mas sobre isso.
Paty Ayres: Ah, gente, o Pérolas anda meio esquecido, meio parado, mas o Pérolas foi assim, quando… porque o Souto tem um humor genial, fantástico e quando ele dava umas respostas muito legais, muito bem humoradas, eu pegava isso e colocava lá no Pérolas, né?
Mas estava complicado de moderar tanta coisa, de olhar tanta coisa, então ele está em suspenso, por enquanto. Já faz um tempinho que ele está em suspenso. É muita coisa! É muita coisa para estudar, é muita coisa para ajudar a tomar conta. Não dá. Então a gente tem que colocar prioridades.
(Observação: um perfil que está atualizado e que contém frases bacanas do Dr Souto é o Instagram @soutando.o.verbo. Aproveite e nos siga lá também.)
Mas ele está lá, sim. Tem muita coisa no Facebook também que tem citações do Souto e agora a gente tem, ainda, os podcasts, né, que fica recheado de Pérolas. Acho que não dava nem tempo de ficar catando tudo o que o Souto fala de genial. [Risos.]
Roney: Realmente é muita coisa, ainda mais com podcast, só ali uma hora, meia hora, pelo menos, do Doutor Souto falando um monte de conteúdo bom.
Paty Ayres: Ah, é maravilhoso, né?
Roney: Paty, antes de nós finalizarmos, tem alguma outra coisa de Dieta Cetogênica que nós deixamos passar que você acha que é importante falar, seja para quem está seguindo ou pensando em seguir, mas que a gente acabou não falando?
>>> Relacionado: A dieta cetogênica é para todo mundo?
É claro que tem toda a parte técnica, mas acho que a gente não precisa entrar tanto nisso aqui porque já tem um monte de texto no nosso site, no Doutor Souto, enfim.
Paty Ayres: Sim, eu gosto muito do texto que vocês colocaram no site, eu achei assim, bem completo, bem legal, sim. Mas assim, eu acho que vocês abordaram a maioria das questões e dizer assim que, eu acho que para quem quer tentar uma Cetogênica, e mesmo na questão da Low Carb, parar de se preocupar com percentuais.
Guilherme: Certo.
Paty Ayres: Tem gente que: “Ah, tem que ter no máximo 5% de carboidrato, não sei quanto de proteína e não sei quanto de lipídio”. Não. O controle ideal é feito por gramas porque esses percentuais, dentro de uma dieta, de um total calórico, vai fazer muita diferença. Ele vai variar demais. Então o foco, mesmo, é a questão de diminuir a ingestão de carboidratos, entendeu? É isso.
Guilherme: Sim, com certeza.
A gente percebe essa preocupação nas pessoas, até porque a Cetogênica, classicamente definida, é muitas vezes para propósitos terapêuticos, né? não para você, que é saudável, viver bem, viver feliz, viver melhor. Senão as pessoas ficam muito obcecadas com o percentual e acabam esquecendo que o foco é reduzir carboidratos, comer comida de verdade, não fugir da gordura (que é um erro comum da low-carb).
Paty Ayres: Exato e no ano passado falei sobre isso lá na Tribo Forte, vocês estavam lá, vocês viram… mostrei que o Phinney quebrou um monte de paradigmas, falou sobre questões de medições e tal. Eles têm feito… eles não param nunca de fazer estudos e experimentos, então, muitos conceitos foram reformulados nessa coisa de ficar lá competindo quem tem mais níveis de cetonas.
E isso é uma bobagem enorme! Isso é uma bobagem enorme, aliás, muitas vezes você pode estar lá com os níveis super altos e isso não é vantagem nenhuma porque o seu corpo não está usando bem as suas cetonas, né?
Então a busca, o alvo, a meta é resultados, não é corpos cetônicos. Então parar com essa coisa de ficar competindo com níveis de corpos cetônicos no sangue, que é uma bobagem.
A não ser naquele caso que você estava falando, se é uma Cetogênica que é terapêutica, se tem uma indicação específica, mas aí é uma coisa que vai ser feita com um profissional da área, com um médico que vai estar te orientando, que vai entender do assunto, que vai te programar para fazer o que precisa ser feito, quantos corpos cetônicos você vai precisar… enfim, é outra história, né?
Guilherme: Com certeza.
Roney: Sim, claro.
Nós até estamos fazendo um texto exatamente sobre isso falando que você não precisa ficar tão bitolado em ficar medindo as fitinhas lá de cetose.
Guilherme: Ainda mais as de urina, que ainda são mais imprecisas e as pessoas ficam atrás de ficar fazendo xixi na fitinha e define a autoestima dela de acordo com a cor lá. É quase igual a pessoa que fica na balança e fica definindo se ela é feliz.
Paty Ayres: É igual!
Eu ainda queria fazer um estudo com pessoas e mostrar essa variação de peso, como que é absurdo, principalmente para as mulheres, gente, que assim, a gente obedece muito a questão do nosso ciclo menstrual e, assim, as pessoas acham que: “Só na TPM que eu incho”. Não é! Não é! Entendeu?
Então assim, as mulheres, subiu na balança, aumentou 100 gramas, acabou o dia delas. Acabou o dia, ela pensa: “Nossa, acabou!”, aí no outro dia ela sobe, a balança baixa meio quilo e ela: “Mas como? Esse povo quer me deixar louca! Essa balança está toda louca!”. Não é! É assim! É desse jeito!
Quem já viu aquele mapa metabólico numa aula de Bioquímica, se você bater o olho naquilo ali, não tem como. Não é 1 + 1 = 2 jamais, jamais! Então as pessoas ficam esperando que o corpo vai dar o resultado de calculadora. Não vai. Não vai. E as fitinhas de cetose são a mesma coisa.
Eu acho assim: tudo depende do objetivo da pessoa. E muitas vezes partir para uma Cetogênica, de olho, pode não ser uma coisa boa. Eu acho que a pessoa que quer fazer Cetogênica… a Cetogênica é uma dieta para quem gosta de se planejar, de pensar no que vai comer, de testar seus limites, de entender como é que o corpo funciona, como reage com tal alimento, fazer medição, anotar… bom, é diferente porque é algo muito personalizado. Às vezes o que vai subir, o que vai atrapalhar a minha cetose, não atrapalha a de vocês… é muito personalizado.
E assim, a questão de medição, o pessoal fica muito focado, muito louco em cima daquilo. As fitinhas mesmo, de urina, eu já perdi um tubinho inteirinho porque deu umidade e não funcionava. Eu achei que eu não estava cetose, as minhas fitinhas de sangue não chegavam e eu medindo só pelo xixi: “Como assim? Saí da cetose assim?”. Medi uma, medi duas e depois eu descobri que a fitinha eu tinha perdido inteirinha por causa de umidade dentro do armário. E por causa disso: “Ah, vou chutar o balde agora também!”? Não! Não é assim.
Eu acho assim, coloriu a fitinha, você está em cetose. Não tem que ficar preocupado em medir de manhã. Outra também: “Ah, medi de manhã e não deu, aí medi de tarde, deu”. Gente, claro que vai ser assim. É óbvio que vai ser assim. Isso com qualquer coisa. Se você fizer um exame de sangue agora, daqui uns cinco minutos fizer outro, vai dar tudo diferente! vai dar alteração, né?
Foi o que eu te falei: nós não somos calculadora.
Roney: Perfeito.
Eu acho que nós encerramos bem com essa parte das fitinhas. Realmente foi bom você ter tocado nesse assunto, Paty.
E para finalizar mesmo, deixa os seus contatos, os grupos ou as mídias sociais onde as pessoas podem te seguir.
Paty Ayres: Ah, legal.
Então, no Instagram é @patyayres.insta e os grupos do Facebook tem o Cozinha Ancestral (que é de receitas) e tem o Paleo Primal Low Carb/High Fat Saúde e Ciência (que é mais de artigos e discussões).
E é isso. Por aí vocês me encontram. Ah! E no Blog do Doutor Souto, que eu estou sempre por ali.
Guilherme: Sempre moderando ali, sempre ajudando os iniciantes.
Paty Ayres: É, que bom! Fico muito feliz de estar lá.
E também na Tribo. Na Tribo Forte também.
Roney: Você posta as receitas lá?
Paty Ayres: Então, lá na Tribo eu também faço moderação, também ajudo o Doutor Souto nas respostas, porque lá tem uma parte só de Pergunte ao Doutor Souto, também ajudo nessa parte e assim, vocês me acham assim, gente. Não é difícil me encontrar não, viu?
Roney: Então eu acho que era isso.
Gostei bastante da conversa, foi bem descontraído, né?
Paty Ayres: Foi! Curti demais!
Guilherme: Ah, que bom, Paty!
A gente gostou muito de ter você, obrigado pelo seu tempo, por ter separado esse tempinho para falar com a gente.
Paty Ayres: Eu que agradeço.
Gostei demais!
Um beijo para as Tanquinhas e para os Tanquinhos!
Guilherme: Perfeito, Paty!
Obrigadão e depois a gente colhe o feedback também dos Tanquinhos e Tanquinhas e se eles tiverem dúvida, tal, a gente traz você para uma segunda rodada.
Nós falamos assim em todos os episódios. A gente quer falar com todo mundo de novo!
Paty Ayres: Ah, volto com o maior prazer! Com certeza!
Guilherme: Ah, que ótimo! Obrigado, Paty!
Paty Ayres: Tá joia.
Um beijinho para vocês.
Guilherme: Um beijão para você.