Existem pacientes muitos jovens, que fazem muita atividade física, que têm um percentual de gordura muito baixo… e que, em low-carb, vão ter o colesterol LDL em altos níveis.
Eles são pessoas super saudáveis com muito baixo risco cardiovascular.”
No episódio de hoje, trazemos a cardiologista Dra. Roberta Batista para falar de assuntos muito importantes — e que vão na contramão do senso comum.
Falamos de colesterol, risco cardíaco, e até alimentação e jejum na gestação — numa conversa recheada de conteúdo e bons insights.
Por isso, vale muito a pena escute este podcast com atenção para saber tudo sobre:
- como a dra. Roberta Batista descobriu a low-carb para ajudar seu marido (e não saiu mais desse mundo),
- dieta low-carb faz mal para o coração?
- a dieta low-carb pode ser considerada “alta em gordura”?
- como a low-carb pode prevenir problemas cardíacos,
- a verdade sobre o colesterol “bom” e o colesterol “ruim”,
- pessoas hiper-respondentes ao LDL: quando o LDL alto não traz aumento de risco cardiovascular,
- estatinas — quando usar e quando não usar,
- sobre grávidas e low-carb: como a low-carb pode ser extremamente benéfica para algumas gestantes,
- como fazer jejum na gestação,
- alimentação para lactantes,
- alimentação alimentar de crianças e bebês — erros a evitar,
- como não destruir o “paladar natural” dos bebês,
- como implementar uma alimentação saudável para crianças,
- a mensagem final da Dra. Roberta Batista para você,
e muito, muito mais.
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E também a transcrição completa do episódio.
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Tem episódios novos todas às segundas e sextas-feiras.
Conteúdo do post:
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Bem-vindo a mais um podcast do Senhor Tanquinho.
Somos Guilherme e Roney, e aqui a nossa missão é deixar você no controle do seu corpo.
Antes de irmos ao episódio em si, queremos agradecer aos apoiadores que tornam este projeto possível.
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Este podcast é um oferecimento da loja online Tudo Low-Carb.
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Transcrição Completa Do Episódio De Podcast Com A Dra. Roberta Batista
Guilherme – Olá Tanquinho, Olá Tanquinha, sejam muito bem-vindos e bem-vindas a mais um episódio do nosso Podcast. Hoje temos conosco a médica, a Doutora Roberta Batista. Tudo bem, Roberta?
Dra. Roberta Batista – Tudo bem.
Roney – Doutora Roberta, é um prazer tê-la aqui conosco. Vamos começar então te apresentando. Fale um pouquinho mais sobre você, sua história com a cardiologia e também com alimentação low-carb.
Dra. Roberta Batista – Então tá bom. Meu nome é Roberta, sou médica cardiologista. A minha formação é basicamente em cardiologia.
Aí durante ao longo dos anos de faculdade e depois fiz residência, sempre fui muito envolvida com pesquisa. Sempre fui apaixonada com os estudos e pesquisas. Numa época da minha vida, em que já era cardiologista, meu marido me apresentou alguns exames, ele tinha o colesterol absurdamente ruim, tinha feito alguns exames que demonstravam que ele tinha o fígado gorduroso.
Ele estava com obesidade — e aí eu fui naquela minha mania de ler tudo, estudos e fui procurar sobre evidência cientifica sobre assunto.
E eu me deparei com pessoas que estavam fazendo low-carb e que isso melhorava principalmente a perda de peso, melhorava o colesterol e melhorava também o fígado gorduroso.
Então eu não tive dúvidas, depois de estudar, que aquilo era a dieta, o estilo de vida hoje em dia que ele deveria seguir.
Então comecei motivada a ajudar o meu marido, com o que eu descobri nos artigos científicos sobre a low-carb.
Depois disso, a gente vivia o estilo de vida low-carb, e eu também tenho muitos parentes com diabetes, a gente seguiu na low-carb.
E há dois anos atrás eu fui fazer e trabalhar com pesquisas nos Estados Unidos, lá eu tive mais contato com pessoas do mundo low-carb e me apaixonei.
Aí realmente eu falei que tinha que trazer isso quando eu voltasse para os meus pacientes. Aqui estou no Brasil.
Dieta Low-Carb Faz Mal Para O Coração?
Guilherme – Excelente, Roberta! É sabido que a dieta low-carb pode ser sim muito poderosa para tratar gordura do fígado e ajudar as pessoas a emagrecer.
No entanto, existe uma concepção popular de que ela talvez não fosse tão boa para saúde cardíaca. De onde vem essa ideia? Tem fundamento isso a dieta low-carb realmente faz mal ao coração?
Dra. Roberta Batista – Primeiro preciso quebrar o mito.
Não faz mal para o coração. A dieta low-carb é baseada principalmente em comida de verdade.
A gente sabe que o passo número 1 da low-carb é tirar o açúcar.
Seja aquele açúcar que se põe nos cafezinhos, seja o açúcar que está presente, por exemplo, no molho de tomate.
Então é esse açúcar que a gente precisa tirar.
Os outros alimentos, e a maioria deles são produtos que a gente compra no supermercado na parte de hortifruti ou no açougue, pouca coisa é enlatada, caixa ou congelada. É o mínimo.
Só isso já faz muito bem ao colesterol.
Outro mito quebrado é sobre que a gente come muita gordura, realmente é uma dieta rica em gordura, mas são gorduras boas, gorduras presentes na natureza.
Então são gorduras presentes no coco, no abacate, no azeite, na carne.
Não são gorduras feitas pela indústria. Por exemplo, a gordura trans. Não existe gordura trans na natureza. A gente fez.
Ela está presente nos salgadinhos, está presente principalmente nos produtos industrializados: margarina. Isso faz mal. Margarina faz muito mal!
A Low-Carb É “Alta Em Gordura”?
Roney – Perfeito, Roberta! Acho que também tem outra perspectiva de que não é que “a low-carb é mais elevada em gordura”.
Porque a dieta pregada por aí muitas vezes é muito baixa em gordura em detrimento da alta quantidade de carboidratos, especialmente os refinados — que são das piores espécies possível para o ser humano.
Dra. Roberta Batista – Exatamente. A gente compara, a gente fala que a dieta low-carb… Existe até uma questão lá fora esse nome que a gente deveria continuar usando que é a dieta lchf — “low-carb high fat”.
Na verdade, a gente fala que é high fat alto em gordura comparando com a dieta que a gente tem hoje.
Mas se a gente for comparar essa dieta com a que a gente tinha de 100 anos para trás, é uma dieta que todo mundo comia como a gente está comendo.
A quantidade de carboidrato que eles usavam não era tão grande quanto a quantidade de carboidrato e açúcar que a gente usa hoje.
Realmente você está certo, é uma “high fat” em comparação com a dieta de hoje.
Low-Carb Pode Prevenir Problemas Cardíacos?
Roney – Nessas questões de problemas cardíacos, então é possível evitar ou diminuir a incidência dos problemas cardíacos com a low-carb? Se sim, quais tipos de problemas e por que?
Dra. Roberta Batista – Sim, sim. Vou te dar alguns números: por exemplo, as doenças cardiovasculares são as primeiras causas de morte no mundo.
Aqui no Brasil dependendo de estado para estado às vezes o câncer entra como primeira.
Mas a gente pode pensar o seguinte: diminuindo os fatores de risco de doenças cardiovasculares — e a gente chama eles de síndrome metabólica.
Alguns dos principais marcadores dela são
- hipertensão,
- ter um aumento da circunferência abdominal,
- ter sobrepeso, obesidade,
- glicemia alterada,
- colesterol alterado: triglicérides e HDL (o LDL nem entra aqui).
Diminuindo já esses cinco fatores — e a low-carb pode fazer isso e faz isso muito bem e rápido — a gente já diminui o principal fator de risco da doença cardiovascular que é o que mais mata no mundo.
Então isso já é muita coisa que a low-carb faz.
Tem outras doenças, que depois a gente pode conversar sobre elas, mas você diminuindo esses cinco fatores que eu citei, você vai diminuir hipertensão, você vai diminuir infarto, você vai diminuir diabetes que é uma doença vascular… então entra aí também.
Low-Carb Pode Aumentar O Colesterol?
Roney – Muitas pessoas dizem que começaram a fazer low-carb e a low-carb aumentou um pouco o colesterol para algumas pessoas. Aí surge a dúvida “o colesterol aumentou, então a low-carb é ruim, é perigoso, vou ter mais risco de infarto”. Aí será que vale a pena dar estatinas nesse caso?
Dra. Roberta Batista – Eu costumo ter muito cuidado quando o paciente chega para mim e fala: meu colesterol subiu com a low-carb.
Aí eu vou olhar, e não é bem o colesterol que subiu.
A gente sabe e tem um método ideal para medir o colesterol, mas isso é feito em pesquisas, para medir as partículas de colesterol.
A forma comercial que a gente mede o colesterol é uma forma de um cálculo.
Então se você diz que seu colesterol está aumentado baseado apenas no colesterol total isso nem sempre quer dizer que seu colesterol subiu.”
Mesmo que seu colesterol tenha subido — por exemplo, seu LDL subiu — a gente tem que ver seu HDL, a gente tem que ver o seu triglicérides, a gente tem que ver outros fatores de risco que vão poder me dizer se realmente isso é ruim ou bom.
Às vezes esses pacientes que sobem o colesterol, sobem porque realmente o colesterol iria subir consumindo mais gordura.
Mas é uma taxa muito pequena e isso não causa malefício para saúde.
Eu já digo mais: a gente tem estudos agora saindo — e vão sair outros daqui a pouco — que pacientes muitos jovens que fazem muitas atividades físicas, e têm um percentual de gordura muito baixo… em low-carb, eles vão ter o colesterol em altos níveis, falando de LDL.
São pessoas super saudáveis com muito baixo risco cardiovascular.
Então acredita-se que, se você é jovem atleta na low-carb, que o colesterol aumenta — e que isso não é ruim.
Aliás, a gente sabe que colesterol é preciso para o corpo da gente: toda célula nossa tem colesterol. Então isso tem que ser visto com muito cuidado.
Colesterol “Bom” x Colesterol “Ruim”
Roney – Só complementando, Roberta, então meio que não faria sentido falar colesterol bom e colesterol ruim?
Dra. Roberta Batista – Não. Hoje em dia isso é um assunto que tem que ser revisto.
Esta é uma forma simples de explicar para o paciente — mas, com os estudos atuais, a gente sabe que é uma forma inadequada.
Todas as células do nosso corpo precisam ter colesterol.
Queria dar um exemplo: o nosso cérebro é 90% feito de gordura, então a gente precisa de gordura para ter um bom funcionamento do cérebro.
Uma analogia que dou para os pacientes é a seguinte: você vai construir sua casa, você tem a opção de usar ou um tijolo ruim ou um tijolo bom.
Se você comprar um tijolo bom, sua casa vai ser construída com tijolo bom e vai funcionar muito bem.
Mas, se a gente utilizar uma gordura ruim — ou não utilizar um tijolo e fizer uma casa de outra coisa — vai ser um desastre.
A nossa casa é nosso corpo.
Então, se a gente come gordura boa o nosso cérebro é constantemente refeito — e ele vai ser um cérebro feito de colesterol de boa qualidade.
Sobre Pessoas Hiper-Respondentes Ao LDL — Sem Risco Cardiovascular Aumentado
Guilherme – Então eu acho que o medo que as pessoas têm é a respeito das lipoproteínas que carregam o colesterol o HDL e LDL.
Popularmente, o HDL é chamado de colesterol bom e LDL é chamado de colesterol ruim.
O que nem faz muito sentido: como algo que é vital para a gente, necessário para a vida, como LDL a gente chama de ruim?
Mas o medo das pessoas é em relação a esses dois índices: HDL e LDL.
A consequência é que as pessoas têm medo de ver o LDL subindo. Elas acreditam que seria algo ruim, necessariamente, para nós.
No entanto, você mencionou o caso dessas pessoas jovens e atléticas que tem o LDL mais elevado, seriam pessoas que respondem demais alguns estímulos da dieta. Tem o LDL mais alto.
Então eles seriam hiper-respondentes do LDL, porém sem acréscimo de risco cardiovascular. É isso mesmo Roberta?
Dra. Roberta Batista – Exatamente isso.
Algumas pessoas vão responder mais ao consumo de colesterol — geneticamente estão programadas, e além disso são jovens e atletas.
Isso faz o colesterol subir.
Essas pessoas, é importante dizer, no estudo elas foram seguidas durante se não me engano, 20 anos.
E nenhuma delas teve nenhuma complicação cardiovascular com 20 anos de colesterol alto.
Ao contrário: a gente sabe que são super saudáveis.
Então, é preciso tirar esse mito.
Precisamos parar de explicar de forma simplificada (e incorreta) que o LDL é o colesterol ruim e o HDL é o colesterol bom.
Além disso, a gente tem estudos em idosos acima de 60 anos, que avaliaram se o LDL alto levaria a doenças cardiovasculares.
Os pacientes foram também seguidos — e, ao contrário, tiveram a menor mortalidade os pacientes idosos com LDL alto.
Então tem que ter muito cuidado na hora de olhar apenas um pontinho ali, que é o LDL, e traçar que o risco cardiovascular é alto.
Agora, é bom lembrar que estamos falando aqui do LDL. Isso tudo tem que ser olhado em conjunto.
Então essa conversa nossa aqui é para pacientes saudáveis.
Pacientes diabéticos que já tiveram infarto, estão acima do peso, isso é outra história.
A Verdade Sobre As Estatinas
Roney – Exatamente Roberta. É aquilo que a gente sempre gosta de dizer: o paciente não é apenas um número. A gente tem que olhar a obesidade, a circunferência abdominal, olhar os marcadores como todo: triglicérides, colesterol HDL, LDL, hemoglobina glicada, se a pessoa tem síndrome metabólica ou não.
Tudo isso vai configurar um quadro de risco ou não risco. Isso tudo junto. Inclusive, às vezes a pessoa está com colesterol total um pouco elevado para os padrões, para aqueles números e para o que o laboratório tem como “correto”. Mas a gente percebe que o estado dela como um todo é muito bom.
É uma pessoa que malha, tem o triglicérides baixo, não tem uma glicemia muito elevada em jejum, aí não vale a pena, por exemplo, entrar com uma medicação nesse caso provavelmente.
Falando em medicação quais são algumas intervenções que você vê para diminuir o colesterol e quais os possíveis efeitos colaterais indesejados?
Dra. Roberta Batista – A estatina é um medicamento usado para diminuir colesterol e tem essa indicação.
A gente usa a estatina, alguns pacientes precisam da estatina. Por exemplo, pacientes que já tiveram infarto — é uma medicação super importante e correta de usar.
Agora, não é um medicamento que vem sem efeitos colaterais.
Então a gente na medicina sempre pesa o risco e o benefício.
Para os pacientes que têm a estatina muito bem indicada, realmente o benefício vai superar os riscos.
O problema é o paciente que não precisa usar a estatina e usando estatina. Porque não tem benefício. Só vai ter o risco.
O maior efeito colateral da estatina (o principal, que deve atingir 30% das pessoas que usam estatina) é a dor muscular.
Essa dor muscular às vezes é incapacitante, dificulta o paciente fazer atividade física, por exemplo. A gente não quer isso. Então esse é o principal risco.
Mas a gente tem outros. Todos eles associados a diminuição do colesterol, porque o colesterol é vital pra gente.
O nosso cérebro precisa de colesterol.
Então tem algumas pessoas que têm algum esquecimento, percebem algum falha de memória depois que começaram a usar a estatina.
E, se você retirar esse medicamento… é interessante que na maioria das vezes esses efeitos são interrompidos.
É importante identificar o que é pelo medicamento, porque retira-se o medicamento e isso melhora.
Guilherme – A gente nota que muitas vezes as pessoas acabam buscando as estatinas sem ter a indicação como você mencionou, como infarto prévio.
Na verdade, muitas vezes parece que o uso vem muito mais pela vontade “baixar o LDL na marretada” por causa desse medo infundado.
Então, esses assuntos estão intimamente ligados porque a educação a respeito do não risco de não se tornar mais alto está diretamente ligada a prescrição excessiva de estatina.
Dra. Roberta Batista – Na medicina a gente tem uma máxima que é o seguinte: a gente não trata o exame. A gente trata o paciente.
É justamente isso que você falou. Não vale a pena a gente tratar os exames e baixar aquele número de LDL se não for seguido de benefício para o paciente.
Gestantes Podem Fazer Low-Carb? E Quem Está Amamentando?
Roney – Perfeito, Roberta! Agora mudando um pouquinho os rumos do nosso podcast. A gente já falou um tanto de low-carb e seus benefícios.
A gente sabe que você é mãe. Antes da gente começar o nosso podcast, falamos um pouco disso,
E essa é uma dúvida que surge muito pra gente: quem está grávida pode fazer low-carb, quem está amamentando pode fazer low-carb?
Você que está vivendo isso na prática como está sendo sua experiência? O que você poderia falar a respeito?
Dra. Roberta Batista – Eu fui uma grávida low-carb.
E fiz tudo com orientação médica, não fiz sozinha, mesmo sabendo sobre low-carb, sendo especialista em low-carb.
Eu sempre tive médicos que me acompanham. Então isso deve ser feito com acompanhamento médico.
Mas para mim foi fantástico. Eu tive diabete gestacional, eu sou pré-diabética, a gente sabia que o risco de ter diabete gestacional era grande.
Eu já não sou muito novinha mais.
Isso me colocava numa gestação de alto risco. Então eu fiz low-carb durante toda a minha gravidez. Não precisei usar medicamento.
Ficou todo mundo muito emocionado no final. Durante a gravidez toda fiz o meu controle de glicemia. As glicemias foram boas.
Açúcar zero, mas comi doces, tinha sobremesa — eu usava Xilitol nas sobremesas.
Comidas industrializadas raramente eu comia.
Tudo o que eu comia era a gente que preparava, e eu sabia o restaurante que a gente ia comer.
Meu filho nasceu, foi um parto natural, sem nenhuma intercorrência.
Depois eu fui amamentar e também tive que quebrar alguns mitos de amamentar e fazer low-carb — aquele mito de que não ia ter leite, tudo isso foi quebrado.
Ele nasceu saudável, come muito bem, a gente não tem disponível para ele industrializado, açúcar. Ele come sim carboidrato. Mas tudo muito escolhido.
Ao contrário do que muita gente falou, na minha gravidez eu não ganhei peso além do peso devido, e tive um controle da glicemia perfeito.
Amamentação não é fácil, mas acho que a low-carb me deu muita energia e muita disposição.
Acho que são só mitos, e a gente tem que pensar, por exemplo: existem muitos povos, tribos indígenas, esquimós que são low-carb desde sempre.
Lá os meninos nascem na natureza, são amamentados sem intervenção.
Então não é só a gente low-carb moderno que está em cetose e é low-carb, não, tem muitos povos aí em cetose.
Grávidas E O Jejum
Guilherme – Excelente. É uma outra forma de viver, porque a maior parte da humanidade, durante a maior parte do tempo, não vivia comendo um monte de açúcar e farinha o tempo todo.
Nesse sentido, e falando em comer o tempo todo, a gente sabe que muitas pessoas têm medo também de ficar muito tempo sem comer durante a gestação.
Elas têm medo de fazer jejum e acabam fazendo lanchinhos, ceias, e o que mais for, várias vezes ao dia. Como foi essa questão para você?
Dra. Roberta Batista – Durante a gestação não é recomendado fazer jejum daquele tipo que você programa “vou começar agora e vou terminar daqui tantas horas, e quero fazer tanto de jejum”.
Não precisa fazer jejuns seguindo esse objetivo.
O jejum na gestação e na lactação tem que ser feito naturalmente.”
Eu falo o seguinte: está com fome, come.
Eu não estou com fome, então não tem porque ter a obrigação de comer — a obrigação de comer tem que desaparecer.
Então o que acontecia comigo na gestação era eu não ter fome: eu nunca fui uma pessoa que gosta de café da manhã.
Sempre fui forçada a tomar café da manhã. Agora eu estou livre.
Mas então, na minha gestação, quando eu não tinha fome no café da manhã eu não comia.
Na amamentação, a mesma coisa.
Acho que a gente tem que ter mais liberdade, né? Conhecer mais.
Estou com fome e não estou com fome.
O jejum acontece porque você não está com fome. Apenas isso.
Não é porque foi programado.
Roney – Justamente. Ainda mais no período de mais demanda energética e nutricional como é a amamentação e a gestação, a gente não deve ficar fazendo jejum forçado, porque provavelmente isso vai acarretar um déficit de nutrientes essenciais para a mamãe e o neném.
Então é importante isso que você falou de se conhecer e se entender o que é fome e o que não é.
Isso vem de uma maneira até natural quando você começa a se alimentar mais da forma com que a gente evoluiu comendo.
Dra. Roberta Batista – Exatamente. Aí eu queria falar que é uma coisa interessante. Quando na gestação… Eu falei que sou uma pessoa que não toma café da manhã. Mas o que eu notei foi que a maioria dos dias eu acordava com fome. Aí eu comia.
Se eu acordasse sem fome eu não comia.
Mas a grávida naturalmente tem mais fome.
Realmente deve ser um mecanismo de proteção da espécie, crescimento evolutivo nosso para proteger a grávida sempre coma quando a comida está disponível.
Então acho que a gente tem que realmente conhecer o corpo e seguir os nossos instintos.
Introdução Alimentar E Alimentação De Crianças E Bebês
Guilherme – Com certeza. A partir do momento que a gente está mais afinado com o modo de vida adequado à espécie — por exemplo, comendo alimentos que a gente está adaptado evolutivamente a comer — é mais natural que a nossa fome se regule automaticamente também.
Nesse sentido, passando um pouco agora que você até mencionou de passagem… antigamente, as tribos muitas vezes indígenas, inuítes, esquimós, enfim, viviam numa alimentação low-carb, as crianças cresciam nesse contexto.
Como deve ser essa introdução alimentar para as crianças?
Porque a gente vê muitas pessoas hoje em dia amamentando pouco e depois indo direto para as papinhas que são muitas vezes industrializadas.
Então como fica essa questão de colocar comida de verdade para os bebês começarem essa introdução alimentar na vida deles?
Dra. Roberta Batista – É muito interessante, é legal ver como eles são “formados para comer comida de verdade”.
O tipo de alimento que a gente dá é que vai estimular aquela vontade de comer os industrializados, porque são muito doces.
Então, por exemplo, crianças: o low-carb que devem fazer não é um low-carb restritivo.
Então não se restringe frutas, não se restringe a verduras para as crianças.
Também elas podem e devem comer farinhas, arroz, batatas.
Então isso tudo é liberado para as crianças.
O que a gente quer que as crianças façam não é o low-carb, e sim a comida de verdade — independentemente de ser low-carb ou não ser low-carb.
A comida da criança deve ser sem adição de açúcar, sem industrializado que contém muitos produtos químicos, os nitritos, os nitratos, os estabilizantes e os conservantes.”
Então essas crianças amamentam e depois na transição elas começam a comer comida de verdade.
Então cenoura, tomate, elas comem carne, então rapidamente você já introduz a carne para essas crianças. Carnes muito ricas nutricionalmente, como as vísceras por exemplo, coraçãozinho, fígado, são carnes que devem ser oferecidas para as crianças.
Elas não devem comer açúcar — e isso é do entendimento de todos os profissionais, sejam eles low-carb ou não low-carb.
As farinhas devem ser dadas com muita cautela.
Então hoje, por exemplo, eu fiz pão para o Thomas. Um pão feito em casa, eu sei a farinha que usei, eu sei os ingredientes que usei.
Não é um pão de forma que tem muito mais coisa ali, além de farinha, água, fermento e azeite, para fazer o pão.
O “Paladar Natural” Da Criança (E Como Ele É Destruído)
Roney – É interessante que as crianças meio que já têm um paladar naturalmente acostumado para o lado da comida de verdade.
Então realmente ela não vai rejeitar uma carne, claro se for uma das primeiras comidas que você dê para elas.
Ela não vai rejeitar a cenoura, igual você falou, os legumes.
Mas a partir do momento que você começa a acostumar a criança com o paladar mais doce, a papinha processada, ou o pão processado, ou o chocolate, ou o refrigerante… aí fica mais difícil você conseguir fazer essa criança voltar a comida de verdade.
Dra. Roberta Batista – Isso é verdade.
Aliás, isso acontece com adultos também. Eu explico isso no meu consultório.
Eu falo assim: é uma reação química, não é porque é força de vontade, você tem pouca força de vontade que você não consegue dizer não ao segundo pedaço de bolo, ao segundo pedaço de torta. É uma reação química.
Então esses produtos industrializados tem uma porção de açúcar adicionada muito alta.
São carboidratos refinados. Isso faz a nossa glicemia subir.
Quando a nossa glicemia sobe, a nossa insulina também sobe.
Depois a nossa glicemia cai. Quando isso acontece, o corpo quer mais.
Então isso acontece com adultos, acontece com crianças.
Porque consegue olhar a mais a criança, a gente está muito presente ali. E às vezes nós mesmos não sabemos sentir o que está acontecendo com a gente.
Mas isso é uma reação química, de picos de glicemia, depois glicemia em queda, organismo pedindo quero mais! E eu falo o seguinte.
Não existe melhor nome para o chocolate do que “Bis”: o corpo quer bis, quer bis, e a caixa vai embora.”
A Alimentação Das Nossas Crianças É Um Sintoma Da Alimentação Da Sociedade
Guilherme – Muito boa. Engraçado esse nome Bis, porque até denuncia uma pergunta que os pais e mães fazem.
A gente recebe bastante no Instagram @senhortanquinho a pergunta mais ou menos assim.
“Puxa vida, meu filho as vezes quer comer às vezes dois ovos por vez, três, será que não é muito? Parece que às vezes ele quer muita carne.”
Isto denota um medo de dar muito ovo ou carne para a criança.
Mas quando o filho quer duas bolachas recheadas por dia, a pessoa não pergunta “Será que é muito?”.
Em vez disso, o argumento é “ah, tudo bem — são só duas”.
É engraçado como a gente tem dois pesos e duas medidas.
E a alimentação das nossas crianças é um sintoma da alimentação da sociedade.
Dra. Roberta Batista – É muito engraçado, como a gente se preocupa com isso: o adulto que não come doce e farinhas refinadas é saudável, mas a criança que não come doce é “coitada”.
É uma questão de a gente ter perspectiva e ver de que lado você está olhando.
E também de questionar: será que ele é coitado de não comer doce?
Olhar como você falou: dois biscoitos versus dois ovos.
Eu acho que o ovo é muito nutritivo. Vem um ser vivo dali. Consegue formar um pintinho. Tem muito nutriente ali para conseguir fazer um ser vivo.
O biscoito tem farinha refinada, transgênica, tem gordura trans e não é nutritivo. Pensa!
Tem um certo tipo de iogurte que se dá muito para criança, que tem que ser fortificado. Porque os ingredientes que estão lá não trazem nenhum nutriente. Então eu acho que a gente tem que questionar mais né.
Roney – Com certeza, Roberta. Engraçado que o iogurte foi incentivado para criança, mas não o iogurte natural, dois ingredientes, que é azedinho, com gordura boa, não.
É aquele iogurte cheio de corante, açúcar e aromatizante que vai deixar a criança viciada em açúcar. Depois ela não vai para o natural.
Dra. Roberta Batista – É muito perigoso.
Se a gente for ver, a gente está treinando as nossas crianças desde cedo a ter um paladar muito puxado para o doce.
Uma das coisas na introdução alimentar do meu filho a gente fez foi oferecer outros sabores para ele.
Então, por exemplo, a gente dá coisas azedinhas — a gente já deu até limão para ele.
Porque ele tem que saber que existe esse sabor azedo e que ele está presente em alguns alimentos.
E uma preocupação que a gente teve foi de não fazer aquela carinha do azedo. Para ver a reação dele. A reação dele é a mesma se come doce ou azedo.
É um sabor a mais.
Então, durante a introdução alimentar das crianças a gente tem que oferecer a máxima quantidade de variedades de sabores para não ser um adulto que conheça só dois sabores: açúcar e salgado.
Então é bom dar o azedo, é bom a gente dá vários outros tipos de sabores — variar não só as texturas, mas também o sabor.
A Alimentação De Crianças Em Idade Escolar
Roney – Incrível, Roberta, muito bom mesmo. Como você vem preocupada em acostumar o seu filho com comida de verdade, sabores naturais, a pergunta agora é com relação ao futuro.
Por enquanto ele está mais amamentando como você falou. Como você acha que vai ser a infância dele, como você imagina isso no futuro em relação à alimentação — daqui a pouco tem a escolinha, tem amigos, tem festinhas de amigos, essas pessoas vão está comendo… isso de que a gente falou mal até agora é o que ele vai encontrar.
Como você vê isso para os próximos anos?
Dra. Roberta Batista – É uma preocupação que a gente conversa. Mas eu acho que ele tem que ser introduzido de forma natural a esses alimentos.
A gente também. Estamos no lockdown, numa pandemia, então a nossa oferta de alimentos diminui muito porque a socialização está sendo restrita.
Mas assim que os restaurantes abrirem, as festinhas começarem, e ele for para a escola, ele vai estar em contato com comidas que a gente evita em casa.
O que eu penso? Que a nossa maior parte do tempo a gente deve tentar comer o melhor que a gente deve.
Claro que vão existir exceções, aí que a gente quer ensinar para ele.
Ele vai comer esse tipo de alimento durante as exceções.
Então vai ser numa festinha, vai ser num aniversário, vai ser em datas comemorativas.
Eu acho que mesmo assim não vai ser tudo que ele vai gostar.
Por exemplo, eu acho — e isso vem de experiências de outras pessoas, outros filhos que não fizeram uso de refrigerante, nunca consumiram refrigerante — que a criança que nunca consumiu, quando consome não gosta.
Então eu acho que essa mudança de paladar que a gente está tentando fazer nele que vai fazer as escolhas.
Por exemplo, um chocolate ao leite para ele vai ser muito doce — assim como é para mim.
Outro dia eu queria um doce, estava ansiosa com essa situação de pandemia.
Ah, vou comer um doce. Aí fui lá e comprei o chocolate 60% cacau e comi.
Que coisa! Eu sinto que 60% é tão doce, como é que pode comer ao leite?
Então é um treino de paladar.
Acho que com ele desde pequenininho vai ser assim.
Talvez ele vai comer um chocolate ao leite e vai falar: hum, não gostei!
Ou vai deixar o chocolate ao leite só para situações de estresse, por exemplo, não sei.
Os Hábitos Saudáveis Da Dra. Roberta Batista
Guilherme – Que legal, Roberta. Faz muito sentido isso, o paladar sendo treinado vai rejeitar muita coisa excessivamente doce. R
oberta, você mencionou bastante da alimentação ao longo desse podcast tem o hábito saudável na sua vida e que também está passando para o seu filho. Isso tudo é muito legal.
Quais são os outros hábitos saudáveis além da alimentação que você acredita que são importantes para o seu bem-estar físico, social e mental?
Dra. Roberta Batista – Eu sempre fui uma pessoa que fez atividade física.
Assim a gente sabe que atividade física tem pouca ajuda em perda de peso, essa ajuda que ela tem é mais em bem-estar, fortalecimento muscular.
Mas faz muito bem para a mente.
Estou sofrendo com essa situação que a gente está porque eu nado, eu faço natação, então as piscinas estão fechadas, eu sou uma pessoa que nada quase todos os dias.
Tentei me adaptar na corrida, e caminhei durante a gestação toda.
Mas atualmente estou sedentária sofrendo com sedentarismo.
Outra preocupação minha é em relação ao sono. Durmo muito bem.
Mas tenho que admitir que estou precisando melhorar e tirar as telas na parte da noite, pelo ao menos uma hora antes de dormir — essa está sendo a minha meta para a gente poder ter muita melatonina para poder dormir.
A Mensagem Final Da Dra. Roberta Batista Para Você
Roney – Ótimos hábitos Roberta.
O sono acho que é um problema bem comum, muita gente busca melhorar essa parte.
E, agora, a gente está indo para a parte final, Roberta.
A gente queria que você deixasse suas mídias sociais para onde o pessoal pode te acompanhar. Também uma mensagem final se você tiver.
Dra. Roberta Batista – Então o meu Instagram é @doutora.robertabatista.
Eu tenho um site também que é: https://robertabatistadra.com.br/.
Lá eu dou muitas dicas, e passo o meu dia a dia low-carb. Uma mensagem final que eu queria dizer para vocês: percebam o corpo de vocês e só comam se tiverem fome. Acho que isso é a dica principal.
Eu acho que a gente não tem que ter a obrigação de comer em três e três horas. Não faz sentido.
Ninguém deveria ser obrigado a comer se não está com fome. Isso é uma coisa muito séria.
A gente passa para a sociedade como real, mas de forma alguma deveria acontecer isso.
A gente não obriga crianças a comer, a gente nunca deveria obrigar um adulto a aprender a comer sem fome.
Roney – Com certeza Roberta — mensagem simples, mas fundamental.
Coma se tiver com fome e se não tiver com fome não precisa se esforçar. Nossa, é tão simples.
Dra. Roberta Batista – Como a gente conseguiu mudar isso?
Não tem nenhum bicho que come porque deu o horário de comer.
Ele come se tiver com fome.
A gente também deve seguir essa evolução natural.
As crianças, os bebês, só comem se estão com fome. Mas a gente passa isso como saudável, e o ser humano tem medo de não ser saudável, o que pode acontecer. E uma das coisas que falaram pra gente foi comer de três em três horas.
Então a gente está seguindo a regra do que falaram pra gente — a regra do humano, e não a da natureza.
Roney – Nessas horas que a gente vê que o marketing é incrível.
Convence a gente de fazer uma coisa menos prática, menos fácil, menos natural, até menos gostosa e convence de que isso é saudável.
A gente tem que ficar argumentando de que isso não é o saudável e natural.
Dra. Roberta Batista – É. É fantástico como chegamos nesse ponto.
Roney – Então, Roberta, a gente chegou a parte final do nosso podcast. Muito obrigado, muito obrigada pela sua presença, pela entrevista, ficou incrível. Com certeza quem escutar até aqui vai adorar.
Dra. Roberta Batista – Obrigada a vocês. Foi um prazer estar aqui e conversar.
Adoro conversar sobre low-carb, sou uma pessoa que adora falar sobre low-carb, o pouquinho que eu sei.
Roney – Com certeza ficou ótimo. Deu para ver que você gosta mesmo do assunto. E aplica no seu dia a dia que é mais importante.
Dra. Roberta Batista – Eu falo que o low-carb — às vezes a gente fala dieta, mas low-carb é para mim um estilo de vida — não tem volta. Não tem. E nem quero!
Então realmente sou uma pessoa melhor depois do low-carb.
Com mais disposição, mais saúde.
Eu era uma pessoa, eu não falei, mas só de curiosidade se eu tiver um tempinho. Eu tinha muita enxaqueca. Tomava medicamento para enxaqueca, profilaxia, todos os dias tomava medicamento.
Depois da low-carb eu não tenho enxaqueca, raro é o dia que eu tenho, quando tenho é porque o estresse está alto.
Tive uma gestação sem enxaqueca que era a minha preocupação. Ela piora na gestação. Mas a minha não voltou. Isso foi graças ao low-carb.
Roney – Incrível. Roberta! Fica aí mais um bom motivo que muita gente reclama de enxaqueca, dores de cabeça do nada. Mas foi num dia que ela tomou um caldo de cana, comeu uma barra de chocolate.
Dra. Roberta Batista – Sim. Exatamente.
Roney – Bom motivo para quem ainda não começou a low-carb e ainda está derrapando e dá para ver que dá para transformar o estilo de vida com muitos benefícios para o presente e para o futuro.
Dra. Roberta Batista – Dá sim.
Roney – Muito obrigado, Roberta! E muito obrigado também a quem nos ouviu até aqui: muito obrigado pela sua audiência.
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A gente se fala num próximo episódio. Um forte abraço.