Você sabe a diferença de cetose e cetoacidose?”
Atualmente, a cetose e a dieta cetogênica são assuntos que estão bastante na moda.
Isso acontece porque cada vez mais pessoas têm resultados de perda de peso e ganho de saúde seguindo essa dieta.
(Como a Vânia, a Marcela, e muitos outros.)
Porém é comum que muitos iniciantes se confundam no que diz respeito a conceitos importantes da alimentação baixa em carboidratos.
Isso acontece no caso da cetose e da cetoacidose.
Mas você pode ficar tranquilo(a).
Porque, lendo este texto até o final, você vai saber exatamente:
- qual a diferença entre cetose e cetoacidose,
- por que algumas pessoas confundem esses termos, e
- o que uma conspiração para roubo de cadáveres no século XIX tem a ver com tudo isso.
Então leia atentamente.
Porque você tem muito a ganhar ao obter este conhecimento.
E, ao final da leitura, vai saber mais sobre cetose e cetoacidose do que 95% das pessoas.
Sendo que vamos de cara desmistificar a diferença entre cetose e cetoacidose.
Conteúdo do post:
Cetose E Cetoacidose: Qual A Diferença?
De maneira resumida, a diferença principal entre cetose e cetoacidose é a seguinte.
A cetose é um estado metabólico natural do corpo, que pode ser atingido por pessoas saudáveis.
Enquanto a cetoacidose é um estado de emergência do corpo, muito perigoso — e que é atingido, basicamente, somente por pessoas “doentes”.
Nós já vamos ver em quais condições a cetoacidose pode acontecer.
Primeiro vamos falar sobre como entrar em cetose.
Como entramos em cetose
A cetose pode ser atingida quando você restringe a disponibilidade de glicose no seu corpo.
Isso pode acontecer de algumas maneiras.
Por exemplo, você pode induzir a cetose em seu corpo ficando em jejum por uma boa quantidade de horas — cerca de 36 horas ou mais.
Porque dessa forma você depleta suas reservas de glicogênio.
Sendo que o glicogênio é a forma em que nosso corpo armazena glicose (principalmente no fígado e entre as células musculares).
Também é possível induzir a cetose nutricional ao restringir bastante o consumo de carboidratos por alguns dias — na chamada dieta cetogênica.
Em ambos os casos, o seu corpo passa a usar as gorduras como fonte principal de energia.
Ou seja: você passa a ser uma pessoa que queima gordura como combustível.
E você pode ficar tranquilo — porque a cetose nutricional é realmente segura.
Pois seu corpo consegue produzir glicose em quantidade suficiente para regular os seus níveis de glicemia no sangue, e ainda alimentar seu cérebro.
Sendo assim, a cetose nutricional é um estado saudável e que pode ser naturalmente atingido.
E, olhando por uma perspectiva histórica, podemos perceber que entrar em cetose devia ser algo relativamente comum.
Pois, durante a história da humanidade, por muitas vezes nossos antepassados ficavam longos períodos sem comer — ou então alimentando-se apenas de carnes.
Portanto, se a cetose nutricional não fosse um estado saudável, provavelmente não estaríamos tendo essa conversa agora.
Resumindo: a cetose nutricional é um estado natural e saudável do nosso metabolismo.
Historicamente, muitas populações passaram por longos períodos em cetose nutricional — e isso não está associado a nenhum prejuízo de saúde.
Esses fatos fazem com que a cetose seja bem diferente da cetoacidose.
Como entramos em cetoacidose
A cetoacidose não é um estado natural do nosso corpo.
Sendo que ela pode até mesmo ser mortal.
Mas quando a cetoacidose acontece?
De maneira resumida, a cetoacidose só acontece em pessoas que não conseguem produzir insulina corretamente.
Estamos falando principalmente de diabéticos do tipo 1.
Mas isso pode incluir diabéticos do tipo 2 que estejam com o pâncreas bastante danificado.
(A nutricionista Paty Ayres mencionou esses fatos numa entrevista exclusiva para nós.)
Nesses casos, o que pode acontecer é o diabético em questão ter muitos corpos cetônicos na corrente sanguínea…
Ao mesmo tempo em que também tem altos níveis de glicose no sangue.
É nessa configuração que a cetoacidose acontece.
Mas note: isso não acontece porque uma pessoa diabética começa a seguir uma dieta cetogênica.
(Muito pelo contrário: a dieta cetogênica parece ser bastante adequada para tratar diabéticos.)
E sim porque ele não consegue produzir insulina — e a dosagem de insulina que ele utilizou está inadequada.
Pois uma pessoa incapaz de produzir insulina deve estar tomando medicações, sob supervisão médica.
O que aconteceria em qualquer dieta que ela estivesse fazendo.
Seja ela cetogênica, low-carb, high-carb, vegetariana, de baixo índice glicêmico…
Em todo esses casos, ela deveria ser acompanhada por um médico, que ajustaria suas medicações.
Só quando essa estranha e rara condição (alta quantidade de corpos cetônicos, e alta quantidade de glicose circulante) acontece é que uma pessoa tem cetoacidose.
Que é uma condição na qual o pH do seu sangue diminui muito, tornando-se ácido.
O que pode levar a complicações de saúde e mesmo à morte.
Por isso, se o pH do seu sangue começar a baixar demais e bruscamente, você precisa receber tratamento médico imediato.
E, nesse caso, não estaria em condições de ficar lendo artigos como este na internet. ?
Resumindo: A cetoacidose é uma condição altamente perigosa, que acontece especialmente em diabéticos incapazes de produzir insulina.
Ela não é induzida por meio da alimentação.
E não acontece em pessoas saudáveis que seguem uma dieta cetogênica para emagrecer (ou porque se sentem bem com ela).
Então por que há tanta confusão?
Até agora, vimos que a cetose é algo normal e saudável.
Que pode acontecer com pessoas saudáveis ao restringir a ingestão de carboidratos de alguma maneira.
E que a cetoacidose é algo realmente perigoso.
Que só acontece com pessoas que não conseguem produzir insulina.
Mas então… por que as pessoas se confundem tanto?
Nós não encontramos registros definitivos sobre como essa confusão surgiu.
Mas acreditamos que essa confusão entre cetose e cetoacidose lembra bastante um outro erro grave da história da medicina.
É uma história que envolve morte súbita de crianças, roubo de cadáveres, e tratamentos radioativos.
Você provavelmente vai ficar tão chocado quanto eu fiquei quando a conheci.
Senta Que Lá Vem História
Aprendi a história que vou te contar agora lendo um livro chamado “Por que as zebras não têm úlceras?”.
O nome é engraçadinho, mas o livro é muito bom.
(Ele fala sobre estresse, fisiologia, psicologia e evolução. Recomendo.)
Sendo que a história é mais ou menos a seguinte.
Bebês mortos sem causa aparente
No século XIX, cientistas e médicos se depararam com um problema de difícil solução.
O fato de que alguns bebês morriam subitamente enquanto dormiam.
Isto é: as crianças iam se deitar à noite, e no dia seguinte elas estavam mortas.
Sem nenhuma explicação.
A primeira hipótese foi a de maus tratos por parte dos pais.
Mas isso foi investigado e isso não acontecia.
Simplesmente ninguém entendia o que causava essa Síndrome da Morte Súbita Infantil.
Sendo que esta é uma condição médica real, e que acontece até hoje.
E mesmo atualmente a ciência ainda não esclareceu completamente o porquê desse fenômeno.
(E, se hoje em dia nós não sabemos, imagina no século XIX.)
Mas nossos bravos cientistas e médicos não iam desistir assim tão fácil.
Então, eles começaram a realizar necropsias nas criancinhas mortas.
A ideia era comparar com as necropsias de crianças que morreram de outras causas.
Para tentar descobrir quais eram as diferenças entre elas.
E assim criar hipóteses sobre o que estaria acontecendo nos casos de Morte Súbita Infantil.
Aí é que está o pulo do gato.
[As criancinhas que não morreram de Morte Súbita Infantil morreram de outras causas.
Óbvio, né?
Mas existe um detalhe importante sobre essa época.
Ladrão que rouba caixão
À época, não era muito fácil você poder contar com bons cadáveres para estudar.
Porém, as faculdades estavam precisando deles — então havia uma demanda para isso.
E, com essa demanda, começou a surgir um mercado ilegal para cadáveres.
Isto é: começou a surgir um novo tipo de ladrão.
Que invadia as covas das pessoas, “assaltava” cemitérios e hospitais, furtava velórios…
Enfim, roubava os cadáveres das pessoas — para depois vendê-los para estudantes de Medicina.
Além de médicos e cientistas em geral que queriam explorar a anatomia humana.
(Inclusive, as pessoas ricas da época compravam caixões “blindados”, para garantir que seus familiares não fossem violados por esses ladrões.)
Agora, é claro que toda essa situação causou a maior comoção pública.
(Afinal, nem a morte respeitam mais?)
E isso levou os governos de alguns países da Europa a definirem certas leis.
Essas leis determinaram o seguinte.
Que as pessoas que morressem em asilos de pobres, ou nos hospitais para pessoas pobres, ou que não fossem reclamadas por familiares, teriam seus cadáveres doados para a ciência.
Isso deveria suprir a demanda por cadáveres — e com isso por um fim a essa onda de crimes nefastos.
Então, o que aconteceu?
Stress, hormônios e radioatividade
Aconteceu que a maioria dos cadáveres investigados e dissecados pelos estudantes, médicos e cientistas eram de pessoas pobres — inclusive os bebês.
Isso significava que eram criancinhas pobres, que morreram com poucos meses de idade.
Elas morreram de causas como desnutrição, diarreia, ou tuberculose.
Ou seja: condições bem desfavoráveis de estresse prolongado.
Porém o estresse prolongado causa encolhimento de uma glândula chamada timo, que fica próxima à garganta.
(Isso é uma resposta aos hormônios glicocorticóides liberados em tempos de estresse — mas não vamos entrar em detalhes agora.)
Pois tudo o que você precisa saber é o seguinte.
Em condições de estresse — como nessas condições adversas — por tempo prolongado, há uma diminuição do tamanho do timo.
Então ocorria um problema de interpretação.
Os médicos dissecavam os bebês que morriam de Morte Súbita — e estes tinham uma glândula timo normal.
(Uma vez que não houve um estresse prolongado. Afinal, a criança morreu subitamente.)
Porém eles comparavam o cadáver com o de um bebê que morreu após semanas ou meses de estresse.
E estas crianças tinham a glândula menor do que aquela das crianças que morreram de morte súbita.
Você entende onde quero chegar?
Os médicos acreditaram que aquele tamanho encolhido era a glândula timo “normal”.
Porque o viam em praticamente todos os cadáveres — exceto nos de morte súbita.
Então, ao examinar a criança de morte súbita, achavam a glândula timo dela “grande demais”.
E, até pelo fato de essa glândula ficar perto da garganta, foi possível pensarem algo mais ou menos assim.
“As crianças que morrem subitamente têm a glândula timo muito grande… maior do que o normal. Deve ser isso que as está matando sufocadas.”
Foi quando eles resolveram que uma “ideia brilhante” seria diminuir o tamanho da glândula timo.
E o que eles fizeram: resolveram usar radiação nas crianças para fazer isso de maneira preventiva.
Esse costume de irradiar a garganta das crianças durou muitas décadas.
Por isso, até o começo do século XX (e mesmo até a década de 1940), muitas crianças receberam essa irradiação.
Baseada na errada crença de que isso preveniria a morte súbita infantil.
Sendo que hoje — décadas depois — sabemos que isso levou a milhares e milhares de casos de câncer na tireoide.
Pois a tireoide é uma glândula muito importante, e que fica ali próxima ao timo.
Então ela foi impactada por essas sessões de radiação — que não preveniram nada, e ainda causaram problemas no futuro.
Resumindo: Não irradie a garganta das crianças. Isso não vai prevenir Morte Súbita Infantil e pode causar problemas na tireoide.
Relacionado: a dieta cetogênica faz mal para a tireoide?
Fascinante essa história, não é mesmo?
Mais incrível ainda é pensar que isso tudo aconteceu de verdade.
Voltando Para A Cetose
Porém agora é possível que você esteja se perguntando:
Mas Senhor Tanquinho, o que isso tem a ver com a cetose?”*
Essa história tem bastante a ver com cetose — especialmente com os corpos cetônicos.
Isso porque os corpos cetônicos inicialmente foram verificados, no contexto clínico, justamente em pessoas com diabetes que estavam em cetoacidose.
Ou seja, um raciocínio comum pode ter sido algo como o seguinte.
“Essas pessoas estão morrendo, e elas têm um monte de corpos cetônicos no sangue.
Logo, corpos cetônicos devem ser algo ruim.”
Porém foi ignorado o fato de que ter corpos cetônicos devido à dieta cetogênica ou à prática de jejum intermitente é algo bem diferente de estar em cetoacidose.
E essa crença errada é que levou à disseminação de vários mitos sem fundamento, como:
- “a ausência de carboidratos é prejudicial para a saúde”;
- “jejum faz mal”;
- “devemos comer pelo menos 130 gramas de carboidrato por dia”;
dentre outros.
Que estão errados pelo seguinte motivo.
O fato de que os corpos cetônicos, em concentrações normais (aquelas atingidas pela cetose nutricional, em pessoas saudáveis), não são perigosos.
E mesmo alguns autores afirmam que os corpos cetônicos são na verdade uma forma de combustível mais interessante para alguns tecidos do nosso corpo.
Veneno Ou Remédio — Depende Da Dose
Mas se eles são tão bons para a saúde, por que causam estragos em pessoas na cetoacidose?
A verdade é que os corpos cetônicos são como qualquer outra substância ou nutriente.
Pois eles podem ser bons ou ruins para nosso organismo — dependendo de sua quantidade em nosso sangue.
Ou seja, os corpos cetônicos podem sim ser perigosos (como no caso da cetoacidose).
Mas só em um contexto muito específico: quando atingem altas concentrações em pessoas que não produzem insulina corretamente.
Em pessoas saudáveis, eles não causarão mal.
E você pode notar que esse tema se repete para vários compostos — inclusive para a glicemia (açúcar no sangue).
Pois, como você talvez saiba, é importante que tenhamos um nível de açúcar mais ou menos estável em nosso sangue.
Se você tiver muito pouco açúcar no sangue (hipoglicemia) você pode passar mal e morrer.
Ao mesmo tempo, se você tiver muito açúcar no sangue (hiperglicemia) por muito tempo, você pode também pode ter efeitos negativos.
Mas pessoas saudáveis, comendo comida de verdade, não sofrerão com essas oscilações extremas de glicemia.
Pois a glicemia até pode aumentar ou cair — mas dentro de uma faixa de valores mais ou menos estável e segura.
Sendo que o mesmo acontece com os corpos cetônicos.
As concentrações de corpos cetônicos que acontecem quando você é um adulto saudável são da ordem de 0,5 mmol/L até 3,0 mmol/L de sangue.
(Isso no caso de se fazer uma dieta cetogênica de forma 100% correta.)
Ou mesmo atingir uns 4 a 5 mmol/L, se você estiver fazendo uma cetogênica terapêutica.
Na qual você praticamente está queimando só gordura como fonte de energia.
Mas uma dieta cetogênica “para emagrecimento” ou “para estilo de vida” provavelmente não passará dos 3 mmol/L de sangue.
(No caso, a dieta cetogênica terapêutica é aquela prescrita para pessoas que tratam alguma condição de saúde, como epilepsia ou outras condições neurológicas, por exemplo.)
Este post no nosso Instagram fala de algumas condições que podem se beneficiar de uma dieta cetogênica.
https://www.instagram.com/p/Br8b_BHBcc4/
(Lembre-se de nos seguir no Instagram também!)
Por outro lado, se você só quer emagrecer com saúde, não tem porque comer 80-90% das suas calorias de gordura.
Então você provavelmente vai ter suas cetonas entre 0,5 e 3,0 mmol/L.
(Mas sem ficar refém dessas medições.)
E sua glicemia estará normal e saudável.
Já no caso da cetoacidose, as concentrações podem chegar de 15,0 a 25,0 mmol/L.
Com a glicemia elevada.
Ou seja: estamos falando de concentrações de corpos cetônicos de 10 a 50 vezes maiores do que aquelas obtidas naturalmente com a dieta.
Então, como diz o médico canadense Peter Attia, num resumo brilhante.
A cetose está para a cetoacidose assim como a lareira da sala está para um incêndio que destroi sua casa.”
Isto é: tanto a cetose quanto a lareira podem ser úteis — porque são elementos úteis da natureza, e que estão sob nosso controle.
Podemos utilizar ou não — mas mal elas não fazem.
Enquanto a cetoacidose e o incêndio representam um caos generalizado — pelo qual você nunca vai querer passar.
Resumindo: cetose e cetoacidose são coisas muito diferentes.
A cetose é segura e sem perigo para sua saúde.
Enquanto a cetoacidose não vai acontecer se você não é diabético do tipo 1 (ou tipo 2 com o pâncreas bastante estragado) — e você também não quer que aconteça.
Se acontecer, você tem que receber cuidados médicos imediatos.
É a diferença entre tomar água para matar sua sede… e se afogar no Rio Amazonas.
Conclusão E Palavras Finais
Neste artigo, vimos a diferença entre cetose e cetoacidose.
Aprendemos que a cetose é segura e adequada para adultos saudáveis.
E que a cetoacidose acontece com diabéticos e pode ser fatal.
Você também aprendeu uma fascinante história real sobre roubo de cadáveres, erros médicos, e mortes sem causa aparente.
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Pâncreas estragado? 🤦🏻♀️😒
Boa tarde Vivian!
Isso, exatamente. Poderia substituir essa palavra por “danificado”, ou afins.
Forte abraço.
Ótimo conteúdo, estou fazendo cetogenica acompanhada de nutricionista e hoje bateu 3.9 depois de fazer AEJ, tomar TCM e fazer treino de força, tudo em jejum (18h no total). Senti bastante falta de ar e taquicardia, mas não me preocupei porque imaginava que era só controlar aumentando um pouquinho o carbo.
Na cetogenica normal, como é o meu caso, quais seriam os níveis muito altos? E quais seriam os perigos desses níveis altos (levando em consideração que não é cetoacidose, por sou saudável)?
Olá Simone!
O que seu nutri disse de tudo isso?
Eu nao me preocuparia com niveis abaixo de 8 ou 9 – ainda mais com você não sendo diabética
Possivelmente me preocuparia com eletrolitos (sodio, magnesio, potassio)
Mas fale com seu profissional !
Amigo (os) do site, acompanho vcs a mto tempo e sinto firmeza no que trazem de informação!
Gostaria se possível da sua ajuda com uma opinião, em especial porque onde moro não tenho acesso a médicos que conhecem a cetogênica.
Acontece que eu estava diabético a 5 anos atrás, quando iniciei a cetogënica e perdi 30 quilos revertendo totalmente a diabetes tipo 2, minha glicemia se estabilizou e mantive níveis normais de 70 a 80 por alguns anos seguintes, inclusive entrava mto em cetose nutricional tipo até 3.
Acontece que a pouco mais de 1 ano acabei descontrolando a dieta (que era cetogênica terapeutica) e comecei a consumir mais carbos, tipo numa low carb mas nunca passando de 100g de carbos diários, sempre tive mto cuidado para não misturar gorduras com carbos dentre outras coisas, só que eu comecei a jacar mtas vezes com produtos alimentícios, comecei infelizmente a não rejeitar doces, farináceos em alguns eventos sociais como fazia antes.
O resultado é que a minha glicemia em jejum passou a ficar por volta de 190 e ao anoitecer 150.
Comecei a restringir mais os carbos mas ainda levei um bom tempo para eventualmente parar de jacar.
Esse quadro piorou a ponto de por exemplo eu almoçar arroz com carne e salada e a glicemia ir parar nos 400 e demorar incontáveis horas até baixar.
Acontece que o meu metabolismo parece ter modificado o padrão da glicemia para um número maior, atualmente depois do médico receitar glifage para estabilizar a glicemia e eu estar utilizando o remédio conforme orientação, fazendo caminhada quase todos os dias, me alimentando super limpo em uma dieta cetogênica e por até entrando na carnívora por alguns dias e voltando pra cetogênica notei que a minha glicemia se estabilizou em 150, como se fosse o set point, e em jejum 160 ou 170… acho isso muito estranho pois apesar da glicemia elevada verifiquei hoje que entrei em cetose nutricional que medi e deu 1,7 (por meses venho acompanhando a cetose no meu aparelho e sempre a medição acusava 0,1 ou 0,2).
Qual a conclusão que você teria a respeito dessas informações?
Obrigado.
Bom dia! Tudo bom? Obrigado pelo comentário e confiança em nosso trabalho.
Infelizmente acho que não podemos ajudar no seu caso em específico.
É muito delicado, e a principal recomendação nossa é que siga as orientações do seu médico, ou então procure por uma segunda opinião.
Peço desculpas em não poder ajudar desta vez.
Forte abraço.